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quinta-feira, agosto 30, 2007
 
[note to self]

A única tradição que podemos experimentar é o momento presente. E, no entanto, passamos a maior parte de nossa vida esperando ansiosamente que iremos mudar - planejando coisas - e fazendo tudo o que é possível para impedir que tal aconteça. Isso explica que só relaxemos realmente, que só estejamos de fato à vontade, em períodos de transição, quando conseguimos deixar que o tempo faça seu trabalho.

Infidelidade é a outra palavra que temos para designar "mudança", a única forma de mudança que conhecemos, e que é um mudar de crença. Cada um de nós viceja às custas da deslealdade para consigo próprio.


Adam Phillips


 
[a reminder]

...

Then old age and experience, hand in hand,
Lead him to death, and make him understand,
After a search so painful and so long,
That all his life he has been in the wrong.


...

Então, de mãos dadas, a experiência e o envelhecer,
Conduziram-no à morte e fizeram-no compreender,
Após o caminho tão longo e penoso que percorreu,
Que durante toda a sua vida no erro permaneceu.


...

A Satyr against Reason and Mankind

John Wilmot, 2nd Earl of Rochester

[Tradução : Wolfgang Leo Marr]


terça-feira, agosto 28, 2007
 

tôkyô monogatari

[viagem a tóquio]


kyoko: a vida não é uma decepção?

noriko: [sorrindo] sim, ela é.


sexta-feira, agosto 24, 2007

terça-feira, agosto 21, 2007
 
Caminhando para espantar demônios

Em um post de dias atrás, a jornalista e vereadora Soninha fala de como a maneira como nos deslocamos pode nos inspirar de maneiras diferentes.

Ela prefere ônibus a táxis, e se mostra adepta da caminhada:

Andar a pé também desencadeia torrentes de idéias, é impressionante. Parece que elas acompanham a transpiração, perdendo também algumas de suas toxinas pelo caminho.

Soninha cita uma entrevista que Ingmar Bergman deu ao New York Times pouco antes de morrer, e que foi reproduzida por um jornal de São Paulo. Falando dos demônios que tentou exorcizar em seus filmes, o cineasta disse:

Eles sabem que podem me alcançar de manhã cedo e, se fico na cama, me invadem por todos lados. Mas eu os engano porque me levanto. E eles odeiam ar fresco. Caminho rapidamente em todo tipo de tempo, e eles odeiam isso.

Falando em cineastas, e em demônios, me lembrou Werner Herzog, em seu livro Caminhando no Gelo, no qual descreve sua caminhada de mil quilômetros, de Munique a Paris, para encontrar a historiadora Lotte Eisner, então doente:

"Tanta coisa acontece pela cabeça de quem caminha", ele diz, logo no começo, sentindo comichão não apenas nos pés mas também na língua, "a imaginação trabalha à solta". E mais:

"...O quanto nos tornamos parecidos com os carros em que andamos...".

E ainda:

Quando percebo que estou no caminho errado, não tenho paciência de voltar atrás, prefiro me corrigir com outro erro. Na verdade, estou seguindo uma linha imaginária mais ou menos reta, só que nem sempre posso observá-la atentamente. De forma que meus desvios não são assim tão significativos.

...

Note to self: não deixar de caminhar amanhã cedo.


sexta-feira, agosto 17, 2007
 
Após 63 anos de existência, Cine Marabá fecha no centro de São Paulo

da Folha Online

Famosa sala de exibição na avenida Ipiranga, na região central de São Paulo, o Cine Marabá encerra suas atividades nesta sexta-feira (17), por tempo indeterminado. Segundo o grupo PlayArte, responsável pelo Marabá, o cinema passará por reformas, como a ampliação para cinco salas e o restauro de áreas internas.

Tombado pelo patrimônio histórico, o imóvel precisa ter seu projeto de renovação aprovado pela Prefeitura de São Paulo, onde tramita há três meses. A nova arquitetura é assinada pelo arquiteto Ruy Ohtake. O Cine Marabá foi inaugurado no dia 20 de maio de 1944.


terça-feira, agosto 07, 2007
 
O artista escondido

Sabe o que é filmar uma árvore, o vento batendo nela e fazer com que entendam que você está tratando da memória? É o Bergman em Morangos Silvestres.

Nelson Soares de Carvalho, ex-projecionista do Cine Bijou, em São Paulo.

A frase está em um belo perfil, de autoria de Laura Greenhalg, publicado no caderno Aliás, do jornal O Estado de S. Paulo do último domingo.

Nelson ocupou a cabine do Cine Bijou de 1971 a 1996:

Não me casei. Os amigos falam ´Nelson, você precisa de uma mulher´, mas fui me acostumando à solteirice e me doei para o cinema. No tempo do Bijou, se tive dois Natais foi muito. Eram cinco sessões diárias, a primeira às 14 horas, a última à meia-noite. Dizem que operador é o peão do cinema, mas prefiro pensar que é o artista escondido.

O cinema foi arrendado para grupos de teatro, e provavelmente não voltará a existir, mesmo com a revitalização da praça.

Nelson tem hoje 65 anos, está desempregado, vivendo com R$ 700,00 por mês, uma hérnia e sua coleção de 142 DVDs.

Como diz o título da matéria: com o cinema na alma.


sexta-feira, agosto 03, 2007
 


O HSBC Belas Artes, em São Paulo, está exibindo O Sétimo Selo, em homenagem a Ingmar Bergman, em sessão única, às 19h10, na sala 6/Mario de Andrade.

Claro que concordo que é uma obra-prima. Mas eu prefiro Morangos Silvestres.


 


A vida é assim mesmo: cada um tem de se arranjar o melhor que puder.

Frase da mãe de Ingmar Bergman, usada pelo cineasta para encerrar seu livro de memórias Lanterna Mágica.

[citado por Sérgio Rizzo, na Folha de S. Paulo de terça-feira passada.]


 
divulgacao magaiver

Magaiver: o único blog em que a gambiarra é profissional.

[Palavras do Eduf]

Mais explicações no próprio.

Ou no release.