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sexta-feira, fevereiro 28, 2003
 
by the way, not living, just killing time.


 
A arte de ser feliz

É curioso pensar que Arthur Schopenhauer, célebre por seu pessimismo, tenha deixado uma série de máximas sobre o que ele chamava de sabedoria de vida, ou eudemonologia. Esta doutrina ensinaria como se “viver da maneira mais feliz possível”, rejeitando tanto o estoicismo quanto o maquiavelismo, ou seja, “sem grandes renúncias e esforços para superar a si mesmo, e sem ver os outros apenas como possíveis meios para se alcançar os próprios objetivos”.

Estas máximas foram reunidas em um livro, editado no Brasil pela Martins Fontes sob o título “A arte de ser feliz”.

Schopenhauer chama, em primeiro lugar, a atenção para o fato de que “a felicidade completa e positiva é impossível; em vez dela, pode-se esperar apenas um estado relativamente menos doloroso”.

Mas suas recomendações para se atingir esse "estado relativamente menos doloroso", listadas na apresentação do livro, e que ele aprofunda em suas máximas, parecem muito simples:

1. “serenidade de espírito, temperamento feliz, que determina a capacidade de sofrer e de sentir alegria”;

2. “a saúde do corpo, estreitamente ligada ao temperamento, constituindo uma condição quase imprescindível para ele”;

3. “paz de espírito" [“a vida mais doce está em não ter nenhuma preocupação” – Sófocles];

4. “bens exteriores em medida muito pequena”.

Taí uma ótima leitura pra esquecer desse tal (argh) “reinado de Momo”.




 
Pensando no que Angie escreveu sobre a felicidade lembrei mais uma vez de Schopenhauer e não posso resistir à citação:

"A felicidade e o prazer são apenas quimeras, mostradas a distância por uma ilusão, enquanto o sofrimento e a dor são reais e manifestam-se diretamente por si, sem a necessidade da ilusão e da espera".

Porém...

"A principal verdade da arte de ser feliz continua sendo a de que tudo depende muito menos daquilo que se tem ou representa do que daquilo que se é. ´A personalidade é a felicidade suprema`. Em todas as ocasiões possíveis usufrui-se na verdade apenas de si mesmo: se o próprio eu não vale muito, então todos os prazeres são como vinhos excelentes em boca azedada com fel".

Sim, eu sei como é.



quinta-feira, fevereiro 27, 2003

 
"O céu por cima do porto tinha a cor de uma TV que saiu do ar".

William Gibson, Neuromancer, tradução de Maya Sangawa e Sílvio Alexandre

The Barnes & Noble Review

In the first sentence of his first novel, William Gibson penned one of the most memorable lines in the last quarter century of science fiction or, indeed, any literature: “The sky above the port was the color of television, tuned to a dead channel.” Gibson invented cyberspace, envisioned the “matrix.” Imagine what he could do with the present.
Well, imagine no more. Pattern Recognition is a wild ride through a world of Hotmail accounts, Tommy Hilfiger displays, Pilates studios: our world. Your protagonist: Cayce Pollard, whose talent consists of a truly extraordinary allergy to brands, trademarks, and fashion. Which, inevitably, makes her invaluable to marketers everywhere on earth.

But this assignment…this one doesn’t merely involve reacting to a logo design. This one is a sprawling mystery. Where do those odd video posts to the Internet come from? Why do they inspire such fanatic loyalty? And who is it that really wants to know -- enough to break into Cayce's apartment, hack her computer, threaten her life?

Walk away? Cayce Pollard has her father’s stubbornness: a former intelligence agent, he was last seen in a taxi headed toward the World Trade Center on September 11, 2001...

This is a story we couldn’t stop reading and can’t forget.

Bill Camarda



 
William Gibson tem um blog!



Aliás ele acaba de lançar um livro que parece excelente: Pattern Recognition.



quarta-feira, fevereiro 26, 2003
 


Estou bebendo Guinness, um presente de Gobira e Tyr, vindo de Londres, e que me foi entregue por Marlene (irmã de Tyr, cunhada de Gobira). Uma cerveja repleta de significados.

Cheers!


terça-feira, fevereiro 25, 2003


 
Ótima notícia

No dia 27 chega às bancas a revista número 1 da versão em quadrinhos dos Simpsons



E a Abril, que pretende vender os 50 mil exemplares que vão para as bancas de todo o país, vai publicar a partir do primeiro número da série americana,que começou em 1993.


 


Acaba de ser lançado mais um livro sobre o genial Woody Allen, de autoria da jornalista e crítica de cinema Neusa Barbosa. O que este livro, da coleção "Gente de Cinema" (Ed. Papagaio), tem de especial, são as referências do cineasta ao Brasil: nunca imaginei que Woody Allen fosse fã de Noel Rosa (ele teria dito que Noel faz música do seu tempo) e de Machado de Assis! Disse Allen sobre o narrador de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" : "Ele fala exatamente igual a mim".



segunda-feira, fevereiro 24, 2003
 
Mais do at ease

Release dates revealed? [23-02-03]

Radiohead new album will be released on June 9, according to reports. The record, the group's sixth, has been given working titles '2+2=5' and 'Are You Listening'. The group have recently been back in LA with producer Nigel Godrich, putting the final touches to the record. According to Teletext in the UK, the record will be released on June 9, with a single preceding it on May 16.


[from nme.com]


 


99X Live X 8 -- Hidden

The 8th disc in the 99X Live X CD series, Live X 8 will be available February 25th.
99X Live X 8 features songs from Coldplay, Hoobastank, R.E.M., Jack Johnson, Butch Walker, Cake, Remy Zero, Seether, 30 Seconds To Mars and Puddle of Mudd.

Radiohead's Thom Yorke created the artwork on this year's cover.

Available for $9.99 (plus tax) at all Atlanta Best Buy locations beginning February 25th.

Net proceeds to benefit the "I Am" 99X Foundation.

Check out this track listing:

Coldplay -- Yellow
Hoobastank -- Running Away
R.E.M. -- Losing My Religion
Jack Johnson -- Flake
Butch Walker -- Sober
Cake -- Comfort Eagle
Remy Zero -- Save Me
Seether -- Fine Again
30 Seconds to Mars -- Capricorn
Puddle of Mudd -- Control


Thanks to at ease



 
Man in black



R$ 42,00 na banca da esquina. Ainda bem que estava sem meu cartão de crédito.

Ou não?



 
planejamento . [De planejar + -mento.] S. m. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemoração. 3. Processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações (pelo governo, pela direção de uma empresa, etc.) visando à consecução de determinados objetivos. 4. Elaboração de planos ou programas governamentais, especialmente na área econômica e social: Ministério do Planejamento.

Aurélio


 
Como disse um grande amigo, a palavra é: planejamento.

Quando vou aprender?


sábado, fevereiro 22, 2003
 
Pra mim chega?


 
Hoje eu vi, em uma rua de São Paulo, um ônibus novinho em folha, da Scania, com passageiros dentro e tudo. Na lateral dava pra ver que pertencia à Viação Santa Brígida. Alucinação? Delírio? ... ??? Waal.


sexta-feira, fevereiro 21, 2003

 
soundtrack

Rubber Ring

Morrissey/Marr

A sad fact widely known
The most impassionate song
To a lonely soul
Is so easily outgrown
But don't forget the songs
That made you smile
And the songs that made you cry
When you lay in awe
On the bedroom floor
And said : "Oh, oh, smother me Mother..."
No ...
Rubber ring, rubber ring, rubber ring, rubber ring
La ...

The passing of time
And all of its crimes
Is making me sad again

The passing of time
And all of its sickening crimes
Is making me sad again
But don't forget the songs
That made you cry
And the songs that saved your life
Yes, you're older now
And you're a clever swine
But they were the only ones who ever stood by you


The passing of time leaves empty lives
Waiting to be filled

The passing of time
Leaves empty lives
Waiting to be filled
I'm here with the cause
I'm holding the torch
In the corner of your room
Can you hear me ?
And when you're dancing and laughing
And finally living
Hear my voice in your head
And think of me kindly
No ...
Rubber ring, rubber ring, rubber ring, rubber ring
La ...
No ...
Rubber ring, rubber ring, rubber ring, rubber ring


Do you
Love me like you used to ?
Oh ...
Rubber ring, rubber ring, rubber ring, rubber ring
La ...


You're clever
Everybody's clever nowadays
You're clever
Everybody's clever nowadays


You are sleeping
You do not want to believe
You are sleeping
You do not want to believe
You are sleeping
You do not want to believe
You are sleeping





 
Esse (?) verbete ("dor") parece, digamos, prosa poética. Ou coisa que o valha.


 
palavra do dia

dor 1 (ô). [Do lat. dolore.] S. f. 1. Med. Sensação desagradável, variável em intensidade e em extensão de localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especiais. 2. Sofrimento moral; mágoa, pesar, aflição: Grande foi sua dor com a morte do pai. 3. Dó, compaixão, condolência: sentir dor da pobreza de alguém. [Pl.: dores (ô). Cf. dóris, pl. de dóri, e Dóris, antr., mit. e top.] Dor cansada. 1. Dor surda. Dor ciática. Med. 1. A que se manifesta ao longo do trajeto do nervo ciático. Dor fulgurante. 1. Designação comum a certas dores intensas e rápidas. Dor referida. Med. 1. A que é percebida em local outro que não o em que se situa a sua causa; telalgia. Dor surda. 1. Dor que nem é forte nem aguda; dor cansada. Dor terebrante. Med. 1. Designação comum a certas dores que dão a impressão de que se está produzindo uma perfuração.

por Aurélio


 
I have never failed to feel

Cada dia dói pelo menos uma parte do corpo. Aliás é um alívio quando dói apenas uma parte. E, claro, a dor não se limita ao corpo. Duh.


quinta-feira, fevereiro 20, 2003
 


Atrasado como sempre...

GLASTONBURY FESTIVAL

Radiohead look set to headline the Saturday night (June 28).

Encontrada no at ease




 
Angie me fez lembrar disso aqui:

“Para a paciência na vida e para suportar serenamente os males e os homens, nada pode ser mais útil do que uma recordação budista deste tipo: ‘Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar?’ Quero prescrever a cada um que repita isto quatro vezes por dia, conscientemente”.

Arthur Schopenhauer, em Parerga e Paralipomena.

Pode parecer contraditório e/ou paradoxal, considerando meu humor atual (atual? ha.) mas, ora, vamos lá, fora borocochozisseAngie).



quarta-feira, fevereiro 19, 2003
 
Meu herói



Black Letter Day

Frank Black and The Catholics

Everyday I work
Everyday's the same
The sun is going down when I get home
And everyday gets worse
Everyday I curse the one who left me here alone

Every night I take
Something for my sleep
Every night I dream the world away
And when the morning breaks
I wake and see it's just another long black letter day

Don't cry
Don't start
Don't fret your poor heart
You know it's just another long black letter day

You know it's just another long black letter day


Excuse me please
Do you have the time?
And can you tell me what's it matter anyway?

Please pardon me sir
Do you know the date?

What is the number?

It's just another long black letter day





 



Falando em guitarras... por outro lado, o disco de estréia de Johnny Marr + The Healers me decepcionou. Claro que posso mudar de idéia, como já aconteceu tantas vezes antes. Mas ouvi uma vez e não tive vontade de repetir. Frustrante. Eu diria que o último disco do Electronic, Twisted Tenderness, colaboração entre Marr e Bernard Summer, tinha mais e melhores guitarras. É uma pena. Por que ele não volta pro Morrissey...? Provavelmente lhe faria bem.


 
Mary Star of the Sea

Ontem sonhei que tinha ingressos para um show do Zwan. Mas o sonho acabou antes que eu fosse ao show,enquanto eu tomava cerveja, me preparando pra ir... Por coincidência, logo ao acordar, com o timer da TV, estava passando o vídeo de "Honestly", na MTV.

Talvez o sonho se deva ao fato de que tenho ouvido o disco ("Mary Star of the Sea") o tempo todo. Guitarras!!!

"Honestly", "Ride a Blak Swan", "Settle Down" e "Yeah", principalmente", não saem da minha cabeça.





 
Diogo Mainardi, em entrevista ao Jornal do Brasil:

"O Brasil não vai melhorar, nem piorar. Vai continuar a ser uma grande porcaria".



terça-feira, fevereiro 18, 2003
 


O livro,aliás (que pode ser comprado aqui) parece ser muito divertido, considerando-se o "Table of contents":

Introduction: Debunking the Hard Work Myth
About the Author: Lazy to the Core
Chapter 1 Work???
Chapter 2 In Praise of Laziness
Chapter 3 In Search of Effortlessness
Chapter 4 How to Succeed Without Working
Part 1: Fun & Games
Chapter 5 How to Succeed Without Working
Part 2: Passion
Chapter 6 Finding Your Calling in Life
Chapter 7 The Ultimate Performance
Chapter 8 The Lazy Way to Power and Effectiveness
Chapter 9 The Lazy (and Only) Way to Solving Problems
Chapter 10 The Lazy Way to Effortless Leadership
Chapter 11 The Lazy Way to Good Luck
Chapter 12 The Lazy Secret to Blinding Flashes of Genius
Chapter 13 Finding Success in Failure, Accidents, Mistakes, Obstacles, and Hardships
Chapter 14 How to Do Nothing and Accomplish Everything
About the Author
Part 2 The Easiest Way to Do Nothing


 


Virei fã de Fred Gratzon , um consultor americano, que se orgulha de se dizer "o homem mais preguiçoso da América do Norte". O Valor Econômico de hoje traz um texto, de Roberta Lippi, sobre o livro "The Lazy Way to Sucess - How to do nothing and accomplish everything".

(Infelizmente é preciso ser assinante do jornal para ler o texto online)

"O trabalho é anti-natural. Ele traz consigo ataques do coração, úlceras, dores de cabeça, alcoolismo, abuso de drogas, congestionamentos no trânsito, brigas em família e má digestão", diz Gratzon.

E mais: "Se você analisar a relação entre trabalho e dinheiro verá que, quanto mais duro e exigente é o trabalho, menos ele paga".

Gratzon começou como professor de meditação transcedental, o que pode explicar seu lado, digamos, "preguiçoso".

Em 1979 ele criou uma companhia de sorvetes, The Great Midwestern Ice Cream Company, que, em 1984, foi considerada pela revista People, responsável pelo melhor sorvete nos EUA. Gratzon não tinha experiência alguma no ramo.

Em 1989 ele fundou uma empresa de telecomunicações, a Telegroup, que começou funcionando em um quarto vago de sua casa. A Telegroup chegou a ter mais de mil empregados e faturar R$ 400 milhões por ano.

Ambas as experiências fracassaram, e levaram Gratzon a escrever o livro. Para ele, quando uma empresa se torna grande, perde-se o elemento da diversão, o que se torna prejudicial para todos.

Pois sinto na pele O que ele diz sobre a a maioria das corporações: "O medo restringe a criatividade e a inteligência de um empegado. A melhor forma de gerenciar isso é criar uma situação em que as pessoas sejam motivadas, criar uma atmosfera em que elas participem e se divirtam com isso".

E pensar que um dia eu já me diverti trabalhando...

As ilustrações são do cartunista inglês Lawrence Sheaff.

Aqui há uma resenha do livro que se encerra com a "filosofia" de Gratzon:

"Success is financial, but it's also good health, fulfillment, happiness. No matter the definition, the principle to success is the same: Take the easy way."

Seja qual for o resultado prático dessa "filosofia", aplicada por diferentes preguiçosos mundo afora que se empolguem com ela, concordo inteiramente com o que Fred Gratzon diz na entrevista ao Valor:

"Gosto de ser bem-sucedido mas não considero que trabalho para o sucesso, porque o sucesso não vem através do trabalho forçado. Quando você ama o que faz, isso definitivamente não é trabalho".



 
"Há uma coisa que a computação nos ensina, que é que não vale a pena recordar tudo. O importante é ser capaz de encontrar as coisas".

Daniel, personagem de Microserfs, de Douglas Coupland.


 
Capa do caderno Informática etc, do jornal O Globo de segunda-feira, 17.02.2003:

Google: como explorar melhor o mais completo site de buscas da internet, eleito "Marca do Ano de 2002"




"Somos uma companhia jovem e inovadora, que trabalha duro para cumprir sua missão: organizar o mundo da informação".

David Krane, diretor de Comunicação do Google, em entrevista a O Globo.




segunda-feira, fevereiro 17, 2003
 
E falando em História...

Plan Approved To Save U.S. Digital History

"We are in danger of losing history itself. If we don't save it, chances are nobody else will either."


James H. Billington, bibliotécario do Congresso norte-americano.








 
Peraí, onde estive nas últimas horas que só agora fico sabendo disso:

Google Buys Pyra: Blogging Goes Big-Time

Encontrado no rafainc.com


 


Hey Viviane I also need a design for life.

Manic Street Preachers é demais.

Fiquei com vontade de ouvir "This is my truth, tell me yours".

Dói ouvir esse disco. Pois que doa, então.

I'm happy being sad.

(Although I'm sick of being sick)


"My Little Empire"

My little empire
Has risen and it's set
My little empire
Is as good as it can get
My little empire
Is coming around
My little empire
It don't make a sound

My royalty it does not exist
It is extinct for the eye to see
My ideology it is dead and gone
Almost forgotten for the eye to see

My little empire
I'm sick of being sick
My little empire
I'm tired of being tired
My little empire
I'm bored of being bored
My little empire
I'm happy being sad

All of my sins are attempts to fill the voids
All of my voids they are filled with sin
All of my demons they are kept within
And all my violence it does not exist

My little empire
I'm happy being sad
My little empire
I'm fucked with being fucked
My little empire
I'm done with being dumb
My little empire
I'm happy being sad
Happy being sad
Happy being sad
Happy being sad




 
Reflexão perfeita para este Domingo

“O tédio está finalmente baseado no tempo, no horror do tempo, no medo do tempo, na revelação do tempo, na consciência do tempo. Os que não têm consciência do tempo não se entediam; a vida só é suportável se não houver consciência de cada momento que passa, se não for assim está tudo perdido. A experiência do tédio é a consciência do tempo exasperado”.

Emil Cioran



domingo, fevereiro 16, 2003
 
too hard on the brakes again
what if these brakes just give in?
what if they don't get out of the way?
what if there's someone overtaking?
I'm going out for a little drive
and it could be the last time to see me alive
there could be an idiot on the road
the only kick in life is pumping his steel
wrap me up in the back of the trunk
packed with foam and blind drunk
they won't ever take me alive
cause they all drive killer cars

don't die on the motorway
the moon would freeze
the plants would die
i couldn't cope if you crashed today
all the things i forgot to say
i'm going out for a little drive
could be the last time to see me alive
there could be an idiot on the road
the only kick in life is pumping his steel
wrap me up in the back of the trunk
packed with foam and blind drunk
they won't ever take me alive
cause they all drive killer cars
wrap me up in the back of the trunk
packed with foam and blind drunk
they won't ever take me alive
cause they all drive
they all drive killer kars
they all drive killer cars

words by radiohead


 
Killer cars

A tese de mestrado de minha amiga Alessandra Olivato inspirou uma bela matéria no jornal "O Estado de S.Paulo" de hoje (com entrevista), assinada por Marisa Folgato, sobre o inferno que é o trânsito na capital paulista.

Alessandra entrevistou motoristas de ônibus, de carro, perueiros, taxistas, motoboys e pedestres, e concluiu, basicamente, que (me perdoe, Alessandra, se eu estiver sendo simplista demais!), no trânsito de São Paulo, o espaço público é utilizado segundo uma lógica privada. Ou seja, vigora a lei do "cada um por si", e ninguém se julga responsável por seus atos.

Eu, como pedestre que odeia automóveis e que sofro com o indigente transporte público desta cidade, sinto isso na pele. Motoristas estacionando em cima da faixa de pedestres (isso quando param) é coisa mais que corriqueira, e das que mais me irritam. Muitas vezes os motoristas param no meio de um cruzamento, aliás. Raro é ver um que respeite essa regra, tão básica. Motoboys ocupam cada espaço livre possível. "Perueiros" (palavrinha horrível) guiam de maneira absolutamente irresponsável.

Um "perueiro" (palavrinha grotesca), aliás, entrevistado pelo Estado mostra bem o ânimo que reina na "selva" do trânsito: "Ele considera os motoristas, em geral, egoístas". "Ou você é assim ou não sobrevive nesta área. Tem de ser mais do que o outro, forçar, impor respeito."

E a prefeitura da cidade de São Paulo, segundo o Jornal da Tarde, ainda considera a hipótese de que os "perueiros" (...) assumam o transporte por ônibus da cidade, caso os empresários que atualmente controlam o sistema se recusem a participar da nova licitação.

Segundo o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, "Pode parecer irônico, utilizar os perueiros para substituir os empresários, mas muitas cooperativas estão extremamente bem organizadas e podem desenvolver o trabalho de muitos empresários".

Claro.

Tsc, tsc, tsc.

Os donos das empresas de ônibus desta cidade são péssimos. E o conluio deles com os motoristas e cobradores, ultimamente, tem sido revoltante. Merecem perder as linhas. Mas para empresários de outras cidades, de outro país, de outro planeta, sei lá. Trocá-los por "perueiros" não parece irônico, parece brincadeira, de péssimo gosto.

...

E, claro; Alessandra, parabéns pelo trabalho!


 
Timão ê ô ...

Com gol de Edu, Arsenal bate Manchester na Copa da Inglaterra

Ah; no primeiro gol a bola resvalou no spiceboy; e foi de autoria de Edu o passe para o segundo gol.

Manchester United 0 Arsenal 2


Manchester United's uniquely ambitious quadruple is no more, but Arsenal's double Double is still very much on.


sábado, fevereiro 15, 2003
 


Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.



sexta-feira, fevereiro 14, 2003

 
Apesar de tudo, um belo dia.


 
Como é mesmo o nome do melhor disco do ano passado?
"Everyone who pretended to like me is gone".
Ha.


 
Isolation

Ian Curtis/ Joy Division

Be clear every day, every evening
It calls here aloud from above
Carefully watched for a reason
Mistaking devotion and love
Surrendered to self-preservation
From others who care for themselves
But life as it touches perfection
Appears just like anything else

Isolation
Mother, I tried, please believe me
I'm doing the best that I can
I'm ashamed of the things
I've been put through
I'm ashamed of the person I am

Isolation
But if you could just see the beauty
These things I could never describe
Pleasures and wayward distraction
Is this my wonderful prize?
Isolation



 
undead

o velho eu agoniza, faz muito, muito tempo. que morra logo - embora não haja garantia alguma de que um "novo eu" apareça, pelo contrário. morra logo. eu só não aguento mais carregar esse moribundo eu.


 
eu odeio sacarina.

eu amo dipirona sódica.


 
vontade de repetir cada palavra, muitas e muitas vezes, negrito nelas, como se fossem minhas, and i don't care what the people say.

Between The Bars

Elliott Smith


Drink up, baby, stay up all night
The things you could do, you won't but you might
The potential you'll be that you'll never see
The promises you'll only make

Drink up with me now and forget all about
The pressure of days do what I say
And I'll make you okay and drive them away
The images stuck in your head

People you've been before
That you don't want around anymore
That push and shove and won't bend to your will
I'll keep them still

Drink up, baby, look at the stars
I'll kiss you again between the bars
Where I'm seeing you there with your hands in the air
Waiting to finally be caught

Drink up one more time and I'll make you mine
Keep you apart deep in my heart
Separate from the rest where I like you the best
And keep the things you forgot

The people you've been before
That you don't want around anymore
That push and shove and won't bend to your will
I'll keep them still


quinta-feira, fevereiro 13, 2003
 
vamos lá, de volta à datilografia.


 
where's my nurse
I need some healing
I've been paralysed
By a lack of feeling


nick cave



 
As they say...

we are accidents waiting,
waiting to happen.

we are accidents waiting,
waiting to happen.




quarta-feira, fevereiro 12, 2003
 
um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante

carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha

ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra

paulo leminski


 
track me

Ibope testa medidor ambulante de audiência

O Ibope apresentará ao mercado ainda neste mês um aparelho que deve mudar completamente a medição de audiência no rádio. Trata-se de uma espécie de pager para acompanhar o ouvinte o dia todo, registrando toda vez que ele ouvir alguma estação, inclusive por walkman.



 
Esperando pela frente fria

Depois de dias e mais dias de muito calor, com os termômetros oscilando em torno dos 33° C, a meteorologia prevê um refresco para o próximo fim de semana.

Fiquei intrigado com o texto da capa: "A previsão de que a onda de calor dará um refresco neste fim de semana é comemorada por muitos, mas não agrada a todos os paulistanos". Como assim, quem é que gosta dessa onda de calor? Que vão pro Senegal, ora!


 
Life in Hell

(Surrupiado do nunca plantávamos coentro)

[...] O inferno dos viventes não é alguma coisa que será ; se há um, é aquele que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que formamos estando juntos. Temos dois modos para não sofrer. O primeiro é fácil para a maioria: aceitar o inferno e tornar-se parte dele ao ponto de não vê-lo mais. O segundo é arriscado e exige atenção e aprendizado contínuos: procurar e saber reconhecer quem e o que, em meio ao inferno, não é inferno, e fazê-lo durar, e dar-lhe espaço.

[...] L’inferno dei viventi non è qualcosa che sarà; se ce n’è uno, è quello che è già qui, l’inferno che abitiamo tutti i giorni, che formiamo stando insieme. Due modi ci sono per non soffrirne. Il primo riesce facile a molti: accettare l’inferno e diventare parte fino al punto di non vederlo più. Il secondo è rischioso ed esige attenzione e apprendimento continui: cercare e saper riconoscere chi e cosa, in mezzo all’inferno, non è inferno, e farlo durare, e dargli spazio.

Italo Calvino - LE CITTÀ INVISIBILI



 
Seasick, yet still docked

S. Morrissey

I am a poor freezingly cold soul
So far from where
I intended to go
Scavenging through life's very constant lulls
So far from where I'm determined to go

Wish I knew the way to reach the one I love
There is no way ...
Wish I had the charm to attract the one I love
But you see, I've got no charm
Mmm...

Tonight I've consumed much more than I can hold
Oh, this is very clear to you
And you can tell I have never really loved
You can tell, by the way, I sleep all day

And all of my life no-one gave me anything
No-one has ever given me anything
My love is as sharp as a needle in your eye
You must be such a fool
To pass me by




 
"A felicidade é sentir-se envolvido, é uma reminiscência do ventre materno. Por isso, quem é feliz nunca pode saber que o é. Para dar-se conta da felicidade seria necessário sair de dentro dela. Quem afirma ser feliz está mentindo, e, ao invocar a felicidade, peca contra ela. Só quem afirma: "fui feliz" é fiel à felicidade. A única relação da consciência com a felicidade é a da gratidão: nisto consiste sua incomparável dignidade".

Theodor Adorno, citado por Marcelo Coelho, no excelente texto Dois poemas sobre a dificuldade de ser feliz, publicado na Folha de S. Paulo de hoje.


 
Nós, macacos, somos gente muito esquisita.


terça-feira, fevereiro 11, 2003
 
[replay, delay]

Alone

Edgar Allan Poe

From childhood's hour I have not been
As others were; I have not seen
As others saw; I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I loved, I loved alone.
Then–in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life–was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold,
From the lightning in the sky
As it passed me flying by,
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.




(tradução de João Moura Jr.)

Desde criança nunca fui como outros foram
Nem meus olhos nunca viram o que outros viram,
Já que minhas paixões não têm a mesma origem,
Não vêm da mesma fonte as dores que me afligem.
Também o prazer era de outra natureza -
Tudo que amei ninguém amou, tenho certeza.
Lá - no despontar de um viver atormentado -,
Do âmago do bem e do mal foi arrancado
Esse mistério que ainda me traz prisioneiro:
Da cascata e da torrente - do ocre do outeiro -
Do sol a desfilar sua outonal majestade
E da nuvem que a meus olhos tomou o perfil
De um demônio naquele céu azul anil.






 
Um corvo no porão

Nicolau Sevcenko comenta de maneira magistral a fusão dessas duas visões sombrias, na última edição da revista Carta Capital:

"Em vez de louvar os horizontes sem fim da grande potência nascente (os EUA), os contos de Poe revelam um mundo enclausurado de porões, criptas, mansões labirínticas em que, quanto mais seus personagens se movem, mais eles se afundam, se perdem, se destroem. Ao contrário do otimismo dos mentores do ideal americano, Emerson, Thoreau, Whitman, Edgar sempre suspeitou que algo de profundamente errado latejava no íntimo de uma cultura puritana apoiada no materialismo, no individualismo e na escravidão. No seu tempo, talvez sua única alma irmã tenha sido a de Melville, outra voz cáustica clamando contra uma cupidez que só poderia levar ao desequilíbiro e à ruína.

Lou Reed, em suas letras, sempre compartilhou dessa visão atormentada. Em vez de olhar a América cintilante das vitrines de Nova York, ele voltou sua atenção para os becos, os covis e as sarjetas. Na verdade é uma grande família: Poe influenciou Baudelaire, que inspirou Rimbaud, que afetou Lou Reed. São todos flores do mal".


 
POEtry, um musical criado por Lou Reed, em parceria com Robert Wilson, para a Brooklin Academy of Music, baseado na vida e obra de Edgar Allan Poe, resultou em um conjunto de dois CDs, do qual participam entre outros, David Bowie, Laurie Anderson, Ornette Coleman, Willem Dafoe (que lê o poema The Raven) e Steve Buscemi. The Raven reúne textos e poemas de Poe, e versos e música de Lou Reed.



 
These are the stories of Edgar Allan Poe/Not exactly the boy next door

Lou Reed





segunda-feira, fevereiro 10, 2003
 
Ah, quem me dera...

w.a.s.t.e is very pleased to announce that Radiohead will be headlining the following date:

Les Eurockennes de Belfort Festival, France on the 4th July 2003

The Belfort Festival, France runs from the 4th until the 6th July 2003


Ticket Information

- 1 day ticket costs 30 euros (plus booking fees)
- 3 day ticket costs 64 euros (plus booking fees)
Free entry for kids up to 10 years old
To buy tickets - Fnac shops network : www.fnac.com

Telephone : 0892 68 36 22 (within France only)
International phone number:00 33 1 42 31 32 28

Ticket net shops network: www.ticketnet.fr
Address:
Belfort Festival
Base de loisirs du Malsaucy
90350 Sermamagny
France
info line : 0033/ (0)3 84 22 46 58
website: www.eurockeennes.fr
or e-mail festival@eurockeennes.fr

Tickets will be on sale between mid and end of February.

Information on buses from all over France and 2 towns in Germany can be found on:
www.new-east.fr.
or go to festival website for map www.eurockeennes.fr

Where to stay:
Free camping on site
Hotels in Belfort (info on 0033/ (0)3 84 55 90 90) - tourist board

Regards.

All@waste


 


Pois é, gabi, a reportagem de capa da edição da revista você s/a que acaba de chegar às bancas está perfeita pra mim:

"Depressão pós-férias - seu corpo voltou, mas a cabeça continua longe. Por que é tão difícil retornar ao trabalho"?

Segundo a psicóloga Marilda Lipp, entrevistada pela revista, “a inércia típica do período pós-férias é semelhante à que um leão sente logo depois de ter abatido e devorado sua presa”. Ha!

“Com o tempo, as coisas tendem a entrar nos eixos. Tanto que a readaptação à rotina não costuma levar mais que duas semanas".

Ah, bom. Então, como disse a minha chefe, estou dentro do prazo...

Mas... "se a letargia durar mais que isso, é bom ficar atento”.

Sei não, mas tenho a sensação de que a letargia não vai passar tão rápido.


 
Ah, agora já sei qual é o meu problema: abulia ou abulomania.

abulia [De a- + -bulia.] S. f. Psiq. 1. Falta de desejo ou de vontade; incapacidade de tomar decisão; abulomania, disbulia. [Cf. abolia, do v. abolir.]


 


Então a Globo exibe The Fly hoje. Um dos melhores filmes do formidável David Cronenberg, remake de um ótimo filme de 1958, que, no Brasil, recebeu o incrível título "A mosca da cabeça branca".

Muitos críticos viram no filme, realizado em 1986, como uma metáfora sobre a AIDS. Em entrevista para a Uncut de fevereiro de 2003, Cronenberg disse:

"Even though AIDS was a known quantity when I did The Fly , I wasn't thinking so much of AIDS as ageing. I mean, the disease that we all suffer from is mortality.So even if you don't get AIDS or syphilis or gonorrhea, you've still got a problem with being human. So I'm thinking more generally of dealing with mortality, the body betraying you by basically dying on you, how do you deal with that? The AIDS thing wasn't specifically on my mind, because the disease that Seth Brundle has is human mortality" .


 
sunday's soundtrack

Broken Dreams

Basement Jaxx

I'll tell you how my day has been
How the sun has caught my face
How I lull myself to sleep
Waving shadows on my face

Chasing dreams that just passed by
Broken dreams, I'm just too late
Chasing dreams that just passed by
Broken dreams, I'm just too late

Chasing dreams, chasing dreams, chasing dreams
Chasing...... chasing broken dreams
Chasing dreams, chasing dreams, chasing dreams
Chasing....... ( oh oh ) chasing broken dreams

If only you could keep me warm
If only you could keep me from harm
If only you could.............

Chasing dreams that just passed by
Broken dreams, I'm just too late
Chasing dreams that just passed by
Broken dreams, I'm just too late

Chasing dreams, chasing dreams, chasing dreams
Chasing........chasing broken dreams
Chasing dreams, chasing dreams, chasing dreams
Chasing.......... ( oh oh ) chasing broken dreams

Broken dreams


sábado, fevereiro 08, 2003
 
A Better Resurrection

Sylvia Plath

I have no wit, I have no words, no tears;
My heart within me like a stone
Is numbed too much for hopes or fears;
Look right, look left, I dwell alone;
A lift mine eyes, but dimmed with grief
No everlasting hills I see;
My life is like the falling leaf;
O Jesus, quicken me.

(inspirado por Angie - thank you so much)


 
yep, I am evil
and I lie
and if I should die
you may feel slightly sad
(but you won't cry)


(fanx mozz)


sexta-feira, fevereiro 07, 2003
 
o ódio entalado te faz engatilhar

Falando em vida lôca, esta semana ouvi pela primeira vez, na íntegra, o novo disco do Asian Dub Foundation, "Enemy of the Enemy". E não tenho parado de ouvir. É sério candidato a estar na minha lista dos cinco melhores de 2003 desde já. Dá vontade de sair pogando por aí e de participar de manifestação contra o FMI. "1000 Broken Mirrors", cantada por Sinead O'Connor, ficou belíssima - eu realmente tinha medo do que poderia sair dessa colaboração. Mas a melhor de todas, sem dúvida, é "19 Rebellions", com vocal de Edy Rock, dos Racionais MC´s (e tem até a voz da jornalista Gloria Maria, falando sobre o massacre do Carandiru e as rebeliões comandadas pelo PCC em 2001). É mais do que música, é um documento inestimável pra quem um dia for contar a história da (na falta de melhor expressão) cultura pop mundial do final do século XX/ começo do século XXI. E tenho dito! (duh!)



 
Martin Scorsese sobre a trilha sonora de "Gangues de NY": "era uma escolha óbvia, uma vez que os integrantes do grupo U2 são os mais famosos filhos da Irlanda da atualidade".

E disse ele, em entrevista a Marcelo Bernardes: "Mostrei uma versão mais longa do filme para Bono e ele disse que se tratava da história do bom ladrão. E eu perguntei o que ele queria dizer com isso e Bono respondeu: 'Martin, o Leonardo é o bom ladrão, aquele que morreu ao lado de Jesus Cristo!'"

Ah, tô ligado; então o personagem do Leonardo Di Caprio era meio que o Dimas, o primeiro vida lôca da história! Mano, o barato é lôôôôco...


 
Que me perdoem os espanhóis mas... pede, Carlinhos, pede!!!

Carlinhos Brown vai pedir asilo cultural à Espanha

SALVADOR - Pressionado pelos moradores do Bairro Jardim Brasil e pelo Ministério Público do Meio Ambiente, o músico Carlinhos Brown anunciou em audiência pública que pretende cancelar, a partir do próximo ano, os shows de verão da Timbalada em Salvador e fechar o Candyall Guetho Square, casa de shows construída no bairro onde ele nasceu e desenvolve projetos comunitários, o Candeal Pequeno. A casa já thavia sido fechada no ano passado por determinação do Ministério e só deveria reabrir com tratamento acústico. Brown perdeu a cabeça na audiência e aventou a possibilidade de pedir "asilo cultural na Espanha".


 
I'm a bad motherfuckin' DJ/ That's why I walk and talk this way

Li na Folha de S. Paulo que, hoje, o programa AMP (MTV, 23h00), vai exibir um especial sobre black music. Vai ter simplesmente entrevista com Afrika Bambaataa e o vídeo da histórica "Planet Rock". E mais: um minidocumentário produzido por DJ Shadow , autor de um dos melhores discos do ano passado, The Private Press.

Então...

Rock rock to the Planet Rock , don't stop
...
Everybody just rock it, don't stop it, gotta rock it Don't stop
Keep tickin' and tockin'
Work it all around the clock
Everybody just rock it, don't stop it
Gotta rockin don't stoppin, Gotta rock it, don't stop


 
Drink!

(para ver e ouvir)

..."and if you find that you´ve got troubles
then have a little drink
and if you find sleeping hard
then have a little drink
it is your friend
your only friend"...

by Rob Manuel

and he says...

Some stuff I want you to learn

You know that silly idea you thought up in the pub and made your mates laugh? Build it.
It doesn't matter if you can't draw.
Look at stuff that works. Ask yourself why you like it. Your responses will be instructive.
It doesn't matter if you can't sing.
Talent? Technique? Forget it. Throw enough mud at a wall and some of it will stick.
People respond to people. The web is a conduit from the creator to the viewer. Leave the personality in.
Sarah Miles drinks her own piss.




quinta-feira, fevereiro 06, 2003
 
Waal! Paulo Francis, enfim, na internet, por iniciativa de sua viúva, Sônia Nolasco.
Fiquei sabendo através do blog de Cesar Valente.
Francis é, de certa forma, responsável por minha mania de guardar jornal velho. Aliás, antes de tocar fogo nas montanhas de papel que acumulo há anos, preciso salvar as páginas com as colunas e textos que ele escrevia para a Folha de S. Paulo e, depois, O Estado de S. Paulo.


 
Everything Flows

Teenage Fanclub

We get older every year
But you don't change
Or I don't notice you're changing
I think about it every day
But only for a little while
And then I feel it

I'll never know which way to flow
Set a course that I don't know
I'll never know which way to flow
Set a course that I don't know

The wind's blowing in my face
Lately find it hard to keep the pace
And I'm looking for a place to go
But only for a little while
And then the feeling

I'll never know which way to flow
Set a course that I don't know
I'll never know which way to flow
Set a course that I don't know




 
My Heart

Neil Young

Down in the valley
the sheperd sees
His flock is close at hand
And in the night sky
a star is falling down
From someone's hand

Somewhere, somehwere,
I gotta get somewhere
It's not too late,
it's not too late
I've got to get somewhere

This time I will
take the lead somehow
This time you won't
have to show me how

When dreams come
crashing down like trees
I don't know what love can do
When life is
hanging in the breeze
I don't know what love can do

My heart, my heart
I've got to keep my heart
It's not too late,
it's not too late
I've got to keep my heart

My love, I will give
to you, it's true
Although I'm not sure
what love can do

Somewhere, somewhere
I've got to get somewhere
It's not too late,
it's not too late
I've got to get somewhere

Somewhere someone
has a dream come true
Somehow someone
has a dream come true



quarta-feira, fevereiro 05, 2003
 
Yes, I know my luck too well.


 
...Let me take you by the hand
And lead you through the streets of London
...

Achei no Terceira Base.


 
What should I do with my life

O que é que eu faço dessa minha vida, afinal? Venho me fazendo essa pergunta faz muito tempo. Mas mais do que nunca, ultimamente. Já que o tempo passa e uma hora vai ser tarde demais para encontrar a resposta - se é que já não é. Assim sendo foi uma feliz coincidência encontrar este artigo, uma adaptação do livro "What should I do with my life", de PO Bronson. Cheguei ao link há alguns dias, via Slashdot. Achei o título interessante, mas ao ler as primeiras linhas do artigo fiquei com a impressão de que seria algo do tipo "auto-ajuda para geeks" e deixei pra lá. Hoje, um outro post tratava do livro e resolvi ler o artigo. E gostei bastante. Durante dois anos PO Bronson entrevistou mais de 900 pessoas que se fizeram A Pergunta, e escolheu 70 para conhecer melhor. Destas, ouviu histórias impressionantes, como a de um advogado que resolveu se tornar motorista de caminhão, com o objetivo de passar mais tempo com seu filho. Aliás, o autor diz, em uma entrevista, que uma história como essa ajuda a pessoas que estão pensando em mudar radicalmente suas vidas, para que saibam que não estão sozinhas, que outras pessoas tomarão essa iniciativa e estão felizes.
Um dos trechos de que mais gostei foi esse, com o qual me identifiquei totalmente: "...today's confused can be tomorrow's dedicated. The current difficult climate serves as a form of reckoning. The tougher the times, the more clarity you gain about the difference between what really matters and what you only pretend to care about. The funny thing is that most people have good instincts about where they belong but make poor choices and waste productive years on the wrong work".
Perfeito.
Acho que estou precisando ouvir/ler coisas assim. Bem, eu sei que estou sempre atrasado, mas... talvez não seja ainda tarde demais. Talvez.
Aqui é possível ler um capítulo do livro e, aqui, comprá-lo. Este é o site oficial do escritor.




terça-feira, fevereiro 04, 2003

 
Manifesto Contra o Trabalho

Grupo Krisis - Contribuições para a crítica da sociedade das mercadorias (página oficial)

*em português*



 
"Sejamos preguiçosos em tudo, exceto em amar e em beber, exceto em sermos preguiçosos." LESSING



 
old school

"O trabalhador só se sente consigo mesmo fora do trabalho, enquanto que no trabalho se sente fora de si. Ele está em casa quando não trabalha, quando trabalha não está em casa. Seu trabalho, por isso, não é voluntário, mas constrangido, é trabalho forçado. Por isso, não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio de satisfazer necessidades exteriores a ele mesmo. A estranheza do trabalho revela sua forma pura no fato de que, desde que não exista nenhuma coerção física ou outra qualquer, foge-se dele como se fosse uma peste."

(Karl Marx – Manuscritos Econômico-Filosóficos, 1844)


segunda-feira, fevereiro 03, 2003
 
"O trabalho tem cada vez mais a boa consciência ao seu lado: atualmente a inclinação para a alegria chama-se 'necessidade de recreação' e começa a ter vergonha de si mesma. 'Deve-se fazer isto pela saúde' – assim se diz quando se é surpreendido num passeio pelo campo. Pois logo poder-se-á chegar ao ponto em que a gente não mais ceda a uma inclinação para a vida contemplativa (isto é, a um passeio com pensamentos e amigos) sem má consciência e desprezo de si."

(Friedrich Nietzsche – Ócio e Ociosidade, 1882)


 
Pois é, estou precisando de férias.


 
No caderno de empregos do Jornal da Tarde de hoje foi publicado um texto intitulado “Não deixe que uma crise de nervos destrua sua carreira”, acompanhado de um teste de nível de estresse. O resultado que obtive foi um tanto óbvio: “quase-estresse” (embora eu imaginasse que obteria o pior resultado, classificado como "Sr. estresse").

“Apesar de não ter sido internado ainda, você está no caminho certo para um colapso. Está na hora de fazer algum tipo de relaxamento, tirar férias, dar mais importância a sua vida familiar, social e afetiva. Conselho: reveja suas prioridades e seu lazer. Diga não ao excesso de trabalho, aos lanches rápidos, ao ficar sem dormir. Seu corpo e sua carreira agradecerão”.

Pode deixar, direi sempre não! ao excesso de trabalho.


 
De volta ao pavilhão 5, depois do pior período de férias dos últimos anos.
Voltei com a sensação de estar mais cansado do que antes.




 
* Resposta com tamanho zero


 
O gosto do nada

Charles Baudelaire

(Tradução de Guilherme de Almeida)

Morno espírito, antigamente afeito à luta,
A Esperança, que te esporeava outrora o ardor,
Não te cavalga mais! Deita-te sem pudor,
Cavalo que tropeça em tudo e em vão reluta.

Dorme, ó meu coração; desiste, ó massa bruta!

Espírito vencido, em ti, velho impostor,
Já não tem gosto o amor, nem o tem a disputa;
Não mais a voz do cobre ou da flauta escuta!
Deixa esta alma sombria, o Prazer tentador!

Perdeu a Primavera o seu cheiro de flor.

E o tempo me devora em marcha resoluta,
Como a ampla neve um corpo rijo de torpor;
Contemplo do alto o globo túmido e incolor;
E nele nem procuro o abrigo de uma gruta!

Vais levar-me, avalancha, em tua queda abrupta?


 
I need advice, I need advice, nobody ever looks at me twice.


domingo, fevereiro 02, 2003
 
"the first act of revolution is destruction
and the first thing to destroy is the past.
scary
like falling in love
it reminds us we're alive".

Carmela


 
A propósito, neste excelente site há um programa que traduz do nadsat (linguagem utilizada no livro "Clockwork Orange", e criada por seu autor, Anthony Burgess) para o inglês e vice-versa. Também há fotos, sons e o script do filme dirigido por Stanley Kubrick. Well, there was me, that is nemo, and I will firegold firegold now, droogs. I do deserve.


 
E, claro, eu só poderia ser o Alex, droogs!
tolchok
You are Alex, from Clockwork Orange.
You have a very base personality. You take pleasure
in all that life has to offer, and expect
instant gratification. You don't really have a
sense of morality, but you do have a deep
passion for beautiful music.


Which Malcolm McDowell character are you?
brought to you by Quizilla


 
Viviane e Gabi: não trapaceei no teste... e, de fato, que outra frase poderia escolher? Shite! Mas, afinal, as opções são escassas. E nem há a opção "londoner"!
(encontrei o teste no blog da Viviane, que o encontrou no da Helo)

You are Irish
You are a Dubliner.


What's your Inner European?
brought to you by Quizilla


 
perfect soundtrack for this saturday night

t.v. party tonight. t.v. party tonight. t.v. party tonight. t.v. party tonight. we're gonna have a t.v. party tonight... alright. we're gonna have a t.v. party... alright... tonight. we've got nothing better to do, than watch t.v. and have a couple of brews.