o trabalho liberta

verba volant, scripta manent

email



Check me out!


audioscrobbler

my del.icio.us

Weblog Commenting by HaloScan.com
Get Firefox!
This page is powered by Blogger. Isn't yours?
sexta-feira, janeiro 31, 2003

 
i have a thirst.



 
wish i could float dowh the liffey right now.



 
How to disappear completely

Radiohead

that there
that's not me
i go, where i please
i walk through walls
i float down the liffey
i'm not here
this isn't happening
i'm not here
i'm not here
in a little while i'll be gone
the moment's already passed
yeah, it's gone
yeah, it's gone
yeah, it's gone
strobe lights and blown speakers
fireworks and hurricanes
i'm not here
this isn't happening
i'm not here
i'm not here
i'm not here


 
Sometimes you just have to crawl away.

You Know You're Right

Pixie Meat, aka Kurdt

I will never bother you
I will never promise to
I will never follow you
I will never bother you

Never speak a word again
I will crawl away for good

I won't move away from here
You won't be afraid of fear
No thought was put into this
Always knew it would come to this

Things have never been so swell
I have never failed to fail


Pain
You know you're right

I'm so warm and calm inside
I no longer have to hide
There's talk about someone else
Sterling silver begins to melt

Nothing really bothers her
She just wants to love herself

I won't move away from here
You won't be afraid of fear
No thought was put into this
Always knew it would come to this

Things have never been so swell
I have never failed to fail


Pain
You know you're right



quinta-feira, janeiro 30, 2003
 
Não foi fácil, mas, após uma sessão de escavações no sítio arqueológico aqui de casa, achei o disco.

El Diablo En El Ojo

Tindersticks

I wouldn't shut your eyes just yet
I wouldn't turn the lights down yet
`Cos there's things you've gotta see here
There's things you've gotta believe of me

I wouldn't turn the sound down yet
Don't even touch the dials, not yet
`Cos there's things you've gotta hear here
There's things you've gotta believe of me

I wouldn't say a word just yet
Don't even open your mouth, not yet
`Cos there's things I've gotta say here
There's things you wanna hear from me



 
soundtrack

Talking dirty, for a hobby it's fine
So pour another glass of wine
I'll think of England this time


quarta-feira, janeiro 29, 2003

 
"Progress and catastrophe are the opposite faces of the same coin".
Hanna Arendt (1968)

" 'Contemporary civilization differs in one particularly distinctive feature from those which preceded it: speed. The change has come about within a generation,' noted the historian Marc Bloch, writing in the nineteen-thirties. This situation brings in its wake a second feature: the accident. The progressive spread of catastrophic events do not just affect current reality, but produce anxiety and anguish for coming generations".
Paul Virilio

Unknown Quantity

The Museum of Accidents


 


© AFP/Robert Laberge

January 9, 1998, Montreal, Canada

Power lines crushed with the weight of four days accumulated frost in Boucherville, near Montreal
Some 3 million people without power across Canada




terça-feira, janeiro 28, 2003
 
Inspirado por Gabi , estive ouvindo canções dos Beatles hoje. Mas em versões de outros artistas, como Echo & The Bunnymen, Marianne Faithfull,
Gene, Al Green e Teenage Fanclub, que fez a melhor versão desta coletânea, claro. Linda canção.

Tell Me What You See

(Lennon/McCartney)

If you let me take your heart I will prove to you,
We will never be apart if I'm part of you.
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me.

Big and black the clouds may be, time will pass away.
If you put your trust in me I'll make bright your day.
Look into these eyes now, tell me what you see.
Don't you realise now, what you see is me.

Tell me what you see.
Listen to me one more time, how can I get through?
Can't you try to see that I'm trying to get to you?
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me.

Tell me what you see.
Listen to me one more time, how can I get through?
Can't you try to see that I'm trying to get to you?
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me.


 
Em apoio à CAMPANHA POR UM VERÃO FRIO E CHUVOSO, lançada por Psychofreud: Viva Tlaloc, o Deus da chuva!



segunda-feira, janeiro 27, 2003
 
Acho que preciso fazer uma (?) reforma em minha construção fictícia.


 
Uma existência sem sujeito

por Maria Rita Kehl

(Trecho)

O psiquismo, acontecimento que acompanha toda a vida humana sem se localizar em nenhum lugar do corpo vivo, é o que se ergue contra um fundo vazio que poderíamos chamar, metaforicamente, de um núcleo de depressão. O núcleo de nada onde o sujeito tenta instalar, fantasmaticamente, o objeto perdido -objeto que, paradoxalmente, nunca existiu.
A rigor, a vida não faz sentido e nossa passagem por aqui não tem nenhuma importância. A rigor, o eu que nos sustenta é uma construção fictícia, depende da memória e também do olhar do outro para se reconhecer como uma unidade estável ao longo do tempo. A rigor, ninguém se importa tanto com nossas eventuais desgraças a ponto de conseguir nos salvar delas. Contra esse pano de fundo de "nonsense", solidão e desamparo, o psiquismo se constitui em um trabalho permanente de estabelecimento de laços -"destinos pulsionais", como se diz em psicanálise- que sustentam o sujeito perante o outro e diante de si mesmo.
Freudianamente falando, a subjetividade é um canteiro de ilusões. Amamos: a vida, os outros e sobretudo a nós mesmos. Estamos condenados a amar, pois com essa multiplicidade de laços libidinais tecemos uma rede de sentido para a existência. As diversas modalidades de ilusões amorosas, edipianas ou não, são responsáveis pela confiança imaginária que depositamos no destino, na importância que temos para os outros, no significado de nossos atos corriqueiros. Não precisamos pensar nisso o tempo todo; é preciso estar inconsciente de uma ilusão para que ela nos sustente.
A depressão é o rompimento dessa rede de sentido e amparo: momento em que o psiquismo falha em sua atividade ilusionista e deixa entrever o vazio que nos cerca ou o vazio que o trabalho psíquico tenta cercar. É o momento de um enfrentamento insuportável com a verdade. Algumas pessoas conseguem evitá-lo a vida toda. Outras passam por ele em circunstâncias traumáticas e saem do outro lado. Mas há os que não conhecem outro modo de existir; são órfãos da proteção imaginária do "amor", trapezistas que oscilam no ar sem nenhuma rede protetora embaixo deles. "A depressão é uma imperfeição do amor", escreve Andrew Solomon, autor de "O Demônio do Meio-Dia", vasto tratado sobre a depressão publicado nos EUA e traduzido no Brasil no final de 2002 [ed. Objetiva". Faz sentido, se considerarmos o sentido mais amplo da palavra amor.



sexta-feira, janeiro 24, 2003
 
São Paulo

449? waal.

Blaise Cendrars

Enfim algumas fábricas um subúrbio um bondinho simpático
Condutos elétricos
Uma rua cheia de gente que vai fazer suas compras da tarde
Um gasômetro
Enfim chegamos na estação
Saint-Paul
Imagino que estou na estação de Nice
Ou que desembarco em Charing Cross em Londres
Encontro todos os meus amigos
Bom dia
Sou eu


Le Hâvre – Saint-Paul, fevereiro de 1924.




 
Esta semana eu comprei três discos de Nick Cave: "Henry's Dream", "Kicking Against the Pricks" e "Tender Prey" (os dois últimos eu já tinha em vinil). Agora, dos "LP"s da discografia oficial com The Bad Seeds (sem contar participações em trilhas sonoras e coisas do tipo) só me faltam "The fisrst born is dead", "Your funeral... my trial" (que título!) e "The best of". (Será que algum dia eu consigo completar a coleção com "The Boys Next Door" e "The Birthday Party"?) É o que tenho mais ouvido nos últimos dias. Não é fácil, eu sei. Talvez por isso esse meu humor sinistro. Mas quem se importa?

Na falta de melhor atividade resolvi fazer uma lista (old fashioned me) dos meus cinco discos favoritos do grande compositor e cantor; ele não está entre meus cinco artistas favoritos mas tem lugar garantido entre os ... vinte primeiros da lista. É difícil definir em ordem, do quinto ao primeiro, mas vou tentar. Thanx very much to this brilliant site for the lyrics and stuff.

Então é o seguinte:

5.Murder Ballads (1996)


A definição da revista Mojo não poderia ser mais perfeita: "More deaths than a Sam Peckimpah movie". Participam PJ Harvey ("Henry Lee") e Kylie Minogue ("Where The Wild Roses Grow"). Em entrevista a Vox, em março de 1996, Nick Cave comentou a canção na qual faz dueto com Kylie:

"The song ('Where The Wild Roses Grow') is a murder ballad, but it's also a song about the way I feel about Kylie. It's not that I wanted to kill her like I did in the song - there's a kind of expression of love which goes through the lyrics."

E que letra:

On the last day I took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
And I kissed her goodbye, said, "All beauty must die"
And lent down and planted a rose between her teeth


Ah, o vídeo... cadê o dicionário de sinônimos? Esgotei os adjetivos.

4. Tender Prey (1998)


Cave escreveu na contracapa: "This album is dedicated to Ferdinand Ramos, better know as 'Pixote'. Remembered for his brilliant performance in the film of the same name. Killed by São Paulo police in November 1987, age 19".

E foi em São Paulo que ele conheceu Viviane Carneiro, que o levou a morar aqui por um tempo e com quem ele teve um filho. Foi em São Paulo que ele escreveu (a maior parte) e gravou "The Good Son", de 1990, que começa com uma versão de um hino evangélico ("Foi na Cruz"). Frequentemente ouço esse hino sendo entoado por "crentes" na Praça da República. Impossível não pensar em Nick Cave, perambulando pelo centro desta cidade. Que pena que nunca o encontrei.

Minhas favoritas deste disco são "The Mercy Seat", "Sunday's Slave" e "Slowly Goes the Night".

3. The Boatman's Call (1997)


Cave: "The confessional aspect is a major flawmaking this grand theatre out of what was really just a very ordinary rejection scenario". (Mojo, maio de 2001)

"For me, what was really important about a lot of those songs was getting it right in terms of what actually happened to me, and what I felt about the particular people involved. Because basically, it's a way of remembering what was good about a particular relationship as much as what was bad about it. I've written about things on that record which I can listen to now and can't comprehend how I could have felt that way about that particular person. But I know that I did through those songs." - (Vox, Fevereiro de 1997 )

Fazia tempo que não ouvia esse disco. Desde ontem já o ouvi algumas vezes. Por todos os deuses, como é bom!

Favoritas: "Far from me", "Are You The One That I've been waiting for"? , "People ain't no good".

...Out of sorrow entire worlds have been built
Out of longing great wonders have been willed
They're only little tears, darling, let them spill
And lay your head upon my shoulder
Outside my window the world has gone to war
Are you the one that I've been waiting for?...


2. No more shall we part (2001)


Cave simplesmente escreveu canções de amor para sua esposa, Susie Bick. "These songs are very much love songs towards her. I've often found that women seem to enjoy being immortalised in lyrics, no matter what happen to them". (Mojo, maio de 2001)

Favoritas: "Love letter" (uma das melhores de todos os tempos), "Fifteen feet of pure white snow", "Hallelujah".

I hold this letter in my hand
A plea, a petition, a kind of prayer
I hope it does as I have planned
Losing her again is more than I can bear
I kiss the cold, white envelope
I press my lips against her name
Two hundred words. We live in hope
The sky hangs heavy with rain


1. Let Love in (1994)




Sem dúvida o melhor de todos, escrito depois do fim de seu relacionamento com Viviane. Paixão, desespero, resignação, culpa, paixão. E que mostra como a tristeza pode produzir coisas belas, ha.

"I wanted to write more about myself and my situation these days, a bare-faced document of the way I am these days, the way I feel these days.", ele disse para o NME, em april de 1994 .

E para The Independent: "I hope nobody's waiting around for me to make a happy record, because I write best when I'm depressed and angry. If I'm strolling though the park with my heart pumping with joy, the last thing I want to do is sit down and write a song."

É difícil destacar uma canção ou outra. Mas "Do You Love Me", que abre o disco, por certo está entre minhas cinco favoritas de todas já criadas por Cave. E ainda tem "I let love in", "Ain't gonna rain anymore", "Thirsty Dog", "Lay me low"...

Que perfeito:

Do You Love Me?


I found her on a night of fire and noise
Wild bells rang in a wild sky
I knew from that moment on
I'll love her till the day that I died
And I kissed away a thousand tears
My lady of the Various Sorrows
Some begged, some borowed, some stolen
Some kept safe for tomorrow
On and endless night, silver star spangled
The bells from the chapel went jingle-jangle

Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Like I love you?

She was given to me to put things right
And I stacked all my accomplishments beside her
Still I seemed so obselete and small
I found God and all His devils inside her

In my bed she cast the blizzard out
A mock sun blazed upon her head
So completely filled with light she was
Her shadow fanged and hairy and mad
Our love-lines grew hopelessly tangled
And the bells from the chapel went jingle-jangle

Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Like I love you?

She had a heartful of love and devotion
She had a mindful of tyranny and terror
Well, I try, I do, I really try
But I just err, baby, I do, I error
So come find me, my darling one
I'm down to the grounds, the very dregs
Ah, here she comes, blocking the sun
Blood running down the inside of her legs
The moon in the sky is battered and mangled
And the bells from the chapel go jingle-jangle

Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Like I love you?

All things move toward their end
I knew before I met her that I would lose her
I swear I made every effort to be good to her
I made every effort not to abuse her
Crazy bracelets on her wrists and her ankles
And the bells from the chapel go jingle-jangle

Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Do you love me?
Do you love me? Like I love you?





 
In a Hole


The Jesus and Mary Chain


Grass grows greener
on the other side
corn grows sweeter
on the other side
and I watch, and I watch, and I watch
and I see too much
and I broke my face
and my head grows too much
God spits on my soul
there's something dead inside my hole
in my hole ...
I step crueller
but less defined
striped cats cooler
but so is mine
and I want to see
what I want to be
and I see me on a touching screen
and I'm dancing to a scream
God spits on my soul
there's something dead inside my hole
in my hole ...
how can something crawl within
my rubber holy baked bean tin
it's god to me, it's god to me
it is heart and soul
ooh, heart and soul ...


 
Crie tempestades. Lindo, assustador, estonteante.

(Paciência; demora pra carregar mesmo)

Dica do Eduardo Stuart.

Um nó na garganta, de novo. Ah.


quinta-feira, janeiro 23, 2003
 
Hey, Louie, you're bloody right: my english is terrible, hahaha!!!


 
The story is old but it goes on

(who cares about quotation marks? anyway, fanx Big Mac, Pixie Meat and all of you. cut and paste makes me tired)

There's no way out, nowhere to go (and I like that, don't I?).
Do I hate myself? Do I want to die?
Nope, everything is gonna be alright.
But I'm really evil, the 4th most evil human being that ever lived, for sure.
I'm here, in my little empire that I like, no roommate but meself. Going through that line.
In the rain, rusting. My best friend said once, "I don't want to be walking alone in the rain"
(we were talking about Woody Allen's "Husbands and Wives").
Well, maybe I like being alone walking in the rain.
Life is where the choice is and I can't find my aim.
In the rain, baby rain.
That's where life takes me.
Can't find my aim, for sure, again, over and over.
Maybe I got no aim but drowning. That's perfect, actually.
We want a new beginning, always. But it's always next time, it's always last time.
Been robbing this words for so long, such a shame.
Destroying myself pleasantly.
Until tomorrow, but that's some other troubled time (keep stealing).
So c'mon, go find your very own nothing.
(No lifeguards. Drown.)



 
O querer não se aprende.
Sêneca


 
Um post de Vi* me deixou completamente desnorteado hoje. Ela transcreveu um trecho de De Profundis, do Oscar Wilde, simplesmente perfeito, sobre um tema que simplesmente não sai de minha pobre mente (ah, Wilde foi precedido por Pixies, waal) nos últimos tempos (desde sempre?). Não pude evitar um comentário patético, assim como não posso evitar reproduzir aqui o texto. Espero que ela não fique brava comigo.

"Um homem cujo único objetivo seja tornar-se um membro do parlamento, um bem-sucedido comerciante de secos e molhados, um advogado famoso, um juiz ou qualquer outra coisa igualmente enfadonha, sempre consegue realizá-lo. E esse é seu castigo: aqueles que sonham com uma máscara são condenados a usá-la.
Mas quando se trata das forças dinâmicas da vida e daqueles que personificam essas coisas, tudo torna-se mais difícil. As pessoas que desejam apenas atingir a auto-realização jamais sabem para onde estão indo. Nem podem sabê-lo. Num certo sentido, o oráculo tinha razão quando disse que o importante é conhecer-se a si mesmo. Essa é a primeira meta do conhecimento. Mas reconhecer que a alma do homem é incognoscível é o objetivo supremo da sabedoria. Quando tivermos conseguido pesar o sol na balança e medido os degraus da lua e desenhado o mapa dos sete céus, estrela por estrela, ainda restaremos nós. Quem pode calcular a órbita da própria alma?".




 
I am stupid and blind.


 
pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about pretty tough to think about






 
Pretty tough to think about

The Same Boy You've Always Known


The White Stripes

You fell down of course
and then you got up of course
and you started over
forgot my name of course
then you started to remember
pretty tough to think about
the beginning of december
pretty tough to think about

You're looking down again
and then you look me over
we're laying down again
on a blanket in the clover
the same boy you've always known
well I guess I haven't grown
the same boy you've always known

Think of what the past did
it could 've lasted
so put it in your basket
I hope you know a strong man
who can lend you a hand
lowering my casket

I thought this is just today
and soon you'd been returning
the coldest blue ocean water
cannot stop my heart and mind
from burning
everyone who's in the know says
that's exactly how it goes
and if there's anything good about me
I'm the only one who knows


quarta-feira, janeiro 22, 2003
 
Been' trying to see the patterns in my life for too long. Been' trying to find the bugs. Subroutines, she said. Afraid. Keep on a road to nowhere. Tired, tired, tired.


 
"Lately I've been unable to sleep. That's why I've begun writing this journal late at night, to try to see the patterns in my life. From this I hope to establish what my problem is - and then, hopefully, solve it. I'm trying to feel more well adjusted than I really am which is, I guess, the human condition. My life is lived day to day, one line of bug-free code at a time".

Daniel, on Microserfs by Douglas Coupland.


 
Fever Pitch


Ontem, em resposta a comentário de Viviane eu escrevi que, caso encontrasse um time de botão do Arsenal, daria a "camisa 10" a Nick Hornby. Pois ontem mesmo encontrei dois modelos de times do Arsenal, quando perambulava por um (argh) shopping center à procura de meias e coisas do tipo. Coincidence makes sense?


terça-feira, janeiro 21, 2003
 
São aproximadamente 16h30 em São Paulo. Está escurecendo. O espetáculo das nuvens se deslocando rapidamente e tomando o céu é indescritível. Agora, a chuva, som e fúria. De repente, um nó na garganta.


 
Se eu acredito nessas palavras, mesmo? Não sei. Mas não custa nada tentar. Ou custa?


 
Ei, Bittersweetie, não esqueça da serena lição deixada por Alain de Botton:

"Percebi que uma lição mais complexa precisava ser aprendida, a de que se podia brincar com as incompatibilidades do amor, confrontando a necessidade da sabedoria com sua provável impotência, misturando a idiotice da paixão com sua inevitabilidade. O amor tinha de ser apreciado sem se fugir para um otimismo ou pessimismo dogmáticos, sem se construir uma filosofia dos medos, ou uma moralidade dos desapontamentos. O amor ensinava à mente analítica uma certa humildade, a lição de que por mais duro que ela lutasse para atingir certezas imóveis (enumerando suas conclusões e colocando-as em séries arrumadinhas), a análise nunca poderia deixar de ser falha - e, portanto, nunca se afastaria do irônico".

Alain de Botton, em "Ensaios de Amor". Tradução de Fábio Fernandes


 
Mas não concordei com o resultado. Afinal meu disco favorito é "What's the story morning glory", e uma de minhas músicas favoritas é

Hello

I don't feel as if I know you
You take up all my time
The days are long and the night will throw you away
Coz the sun don't shine
Nobody ever mentions the weather can make or break your day
Nobody ever seems to remember life is a game we play

We live in the shadows and we had the chance and threw it away
And it's never gonna be the same
Cos the years are following by like the rain
And it's never gonna be the same
'Til the life I knew comes to my house and says
Hello

There ain't no sense in feeling lonely
They got no faith in you
But I've got a feeling you still owe me
So wipe the shit from your shoes
Nobody ever mentions the weather can make or break your day
Nobody ever seems to remember life is a game we play

We live in the shadows and we had the chance and threw it away
And it's never gonna be the same
Cos the years are following by like the rain
And it's never gonna be the same
'Til the life I knew comes to my house and says
Hello

Hello!
Hello!
Hello!
Hello!
It's good to be back


 

Which Oasis album are you?

brought to you by Quizilla

Teste copiado de Viviane, que, por sua vez, o copiou de Gabriela Sampaio, que ela chama carinhosamente de sistah.




 
Eu nem gosto muito de Jon Spencer Blues Explosion. Mas essa música e esse vídeo são demais.


 
Aliás, nunca é demais repetir: como é ruim esse tal "Casa da Praia". Dia desses, inacreditavelmente, eles exibiram o maravilhoso vídeo de "She Said", do Jon Spencer Blues Explosion. Mas, claro, com cortes no início e no fim, como fazem com todos os vídeos que exibem nesse programa.


 
Falando em futebol inglês e coisas desagradáveis... Marina Person corre o risco de levar uma muqueta dos irmãos Gallagher. No deplorável programa da MTV, "Casa da Praia", ela soltou uma asneira sem tamanho: citou o Manchester United como o time preferido "do Oasis". Ainda aproveitou para tecer comentários sobre o corte de cabelo do marido da Spice Girl que joga no time. É notório que Noel e Liam (O Oasis) são torcedores fanáticos do Manchester City e odeiam o MU. O baixista do Primal Scream, Mani, inclusive, acha que Bohehead saiu da banda por ser torcedor do Manchester United e não aguentar mais as provocações dos Gallagher - o que Noel negou em entrevista.


 
Não, o Arsenal não merece isso!


 
Vou comprar um relógio. Com cronômetro. Me resta pouco tempo e preciso aprender a lidar com isso.


quinta-feira, janeiro 16, 2003
 
this afternoon soundtrack:

(yeah, I know how the pins feel in the bowling alley)

repeat repeat repeat

Ashes everywhere

Jospeh Arthur

I'll be silent in my solitude
Can't find my smile or my gratitude
I'm afraid of what I might do
'Cause there's no me
If there's no me and you
I wish that i could open up your eyes
To feel the sun that burned in your mind

I can't deal with what you have done
Reincarnate i wonder who i might become
With the potential of a loaded gun
I could be as fresh as hard bubble gum
I don't have nothing, now I want me some
First some of you, then some of everyone

Oh darling since you've been away from me
I know how the pins feel in the bowling alley
They say love is something you feel but never see
When I see you I firmly disagree
I'm just trying to be all that I can be
Without destroying you
Or joining the army

Your ashes must be blowing everywhere
'Cause i could still feel you and you're nowhere near
And though you didn't say so i can tell that you still care
We could've had it all but then nothing is fair
I still think about washing your hair
I wish i could've washed away all of your despair


 
Anos atrás uma pessoa me deu um despertador de presente. Eu devia ter dado mais importância ao caráter simbólico do presente. Ha.


 
Eu sou lento, lento demais.


 
Um texto leva a outro e aí me lembro de uma fala do personagem vivido por Lou Reed em "Sem fôlego", de Paul Auster:

- Tenho pensado em ir embora (de Nova York) faz ... trinta e cinco anos. Estou quase no ponto.

É, eu também, acho que estou quase no ponto, falta pouco, um dia desses.


 
E ao escrever sobre a estranheza que sinto às vezes estava lembrando de um texto de W. Somerset Maugham. Quando o li me identifiquei imediatamente:

Acho que alguns homens nasceram no lugar errado. Vivem acidentalmente em certos lugares, mas sentem sempre uma nostalgia por um lar que não conhecem. São como estranhos nos lugares em que nasceram, e as alamedas que conheceram na infância ou as ruas movimentadas em que brincaram não são senão um lugar de transição. Passam a vida inteira como estranhos entre seus parentes e permanecem indiferentes às únicas paisagens que conheceram. Talvez seja essa sensação de estranheza que leva os homens para longe, à procura de algo permanente, a que possam prender-se. Talvez algum atavismo profundo leve os que perambulam pelo mundo de volta a terra que seus ancestrais deixaram nos primórdios da história. Às vezes um homem chega num lugar ao qual sente misteriosamente pertencer. Esse é o lar que procurava, e ele se estabelece entre paisagens que nunca viu antes, entre homens que, igualmente, nunca viu, como se os conhecesse desde que nasceu. Aí ele encontra sossego finalmente.



O problema é que continuo aqui, neste desassossego, à espera de que um dia (?) tome coragem e vá para o lugar ao qual sinto misteriosamente pertencer.


 
Trecho:

"Deixando o hospício, (...) Lima Barreto retornaria à sua casa suburbana, que era também um hospício, mas em miniatura, todavia mais triste e sombrio que o solene casarão da praia da Saudade. A loucura era, para o escritor, um espetáculo familiar. Desde menino, habituara-se à convivência com essa espécie de doentes, até que, na adolescência, fora tocado pelo aguilhão da desgraça, quando o pai, antigo enfermeiro de loucos, "adoeceu sem remédio"."



 
Falei em Lima Barreto e lembrei que a biografia do escritor, feita por Francisco de Assis Barbosa, está sendo relançada pela José Olympio. Nicolau Sevcenko, a quem devo algumas das melhores aulas que já assisti e alguns dos melhores textos que já li na vida (inclusive uma histórica resenha de "The Queen is Dead", que, um dia, eu encontro em uma dessas escavações no sítio arqueológico aqui de casa), escreveu recentemente uma resenha na Folha de S. Paulo. Menos R$ 45,00 na minha conta em breve.

Até hoje procuro "Cemitério dos Vivos", livro inspirado pelo tempo que Lima Barreto passou internado em um hospício, por causa do alcoolismo.

Achei trechos por aí, como este: ? não reclamo, não reclamei, não reclamarei: conto, unicamente?. Perfeito, dane-se a autopiedade.

E a biografia escrita por Franciso de Assis Barbosa, nas palavras de Tristão de Ataíde, citado por Sevcenko, "foi destacada como a melhor biografia de um escritor brasileiro já publicada em nossa língua. Foi escrita com um cuidado, uma objetividade, uma paciência, uma elegância de estilo, um critério de relação documental e acima de tudo com um amor, sem desvario, que realmente fazem dessa biografia qualquer coisa à altura do biografado. Creio que basta dizer isso para dizer tudo. Temos nela um modelo e uma lição, de como a verdade e a beleza, quando se entrelaçam, não há quem lhes resista."







 
E finalmente encontrei Elis Marchioni ontem, depois de (?) anos. Pena que ela não podia ficar, pois tinha que trabalhar, e mal nos falamos. Mas foi formidável ao comparecer ao Complexo Etílico Esportivo de Vila Aldino, trajando "uniforme" (uma belíssima camiseta da Italia) e tudo; e ainda me esperou mais de meia-hora, enquanto eu me locomovia lentamente desde onde São Paulo acaba. Também pude conhecer seu marido, Kim, que pareceu ser uma pessoa bastante simpática. Anyway... semana que vem nos vemos de novo.



quarta-feira, janeiro 15, 2003
 
José Roberto Torero escreveu, na Folha de S. Paulo, anos atrás, um texto definitivo sobre o futebol de mesa. Darth Vader, tirano intergaláctico e membro histórico da FUMA, postou-o recentemente no blog da associação. Permito-me reproduzi-lo também aqui.

O MAIS NOBRE DOS ESPORTES


Por José Roberto Torero


O homem mais rico do mundo decidiu saber qual era o esporte mais nobre do mundo. Para isso mandou chamar três sábios de três partes diferentes do mundo. Um da China, porque a China é o berço da sabedoria, outro da França, que é o berço da ciência, e outro dos Estados Unidos, que não são o berço de coisa nenhuma, mas ganham muitas medalhas nas Olimpíadas.

Logo que os três sábios chegaram à casa do homem mais rico do mundo, este lhes perguntou:
" Senhores, quero que me digam qual o esporte mais nobre do mundo. Aquele que me convencer receberá um milhão de dólares".

Então o chinês disse:
"Honorável senhor, em todos os esportes há nobreza, mas em nenhum outro há mais do que no xadrez. Ele é um jogo de estratégias e inteligências, onde mais conta o cérebro do que qualquer outra coisa. O xadrez é o esporte do intelecto".
Depois, satisfeito com suas próprias palavras, sentou-se e tomou seu chá.

Então o francês falou:
"Monsieur, nenhum esporte se compara à esgrima. Na esgrima, treinamos pontaria e rapidez, defesa e ataque, reflexos e precisão. É um esporte onde todo o corpo é necessário, e por isso é o esporte da habilidade física".
Depois, satisfeito com suas palavras, sentou-se e tomou seu vinho.

Então o norte-americano rosnou:
" Mister, o xadrez e a esgrima são okeis, mas o mais nobre dos esportes é o pôquer. Ele exige dissimulação e farsa, psicologia e trama. É um esporte que não se joga apenas com o corpo e o cérebro, mas também com a alma. É o esporte do controle emocional".
Depois, satisfeito, sentou-se e tomou seu uísque.

O homem mais rico do mundo pediu então algum tempo para pensar sobre aqueles profundos arrazoamentos, e, como pensar dá fome, pediu uma pizza pelo telefone.

Quando o entregador chegou com as pizzas, o homem mais rico do mundo, só por brincadeira, resolveu lhe perguntar qual era o esporte mais nobre: o xadrez, a esgrima ou o pôquer. O entregador não se fez de rogado e disse:
"Esses três esportes são importantes, mas o mais nobre de todos é o futebol de botão".
Os três sábios caíram na gargalhada, mas o entregador permaneceu impertubável.
"Vejam, o futebol de botão é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima, e precisa de autodomínio como o pôquer. O futebol de botão é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção".

Todos ficaram boquiabertos com tais idéias e as aplaudiram com entusiasmo. O entregador então fez uma partida com cada um dos presentes para celebrar a mais nobre das artes. Ele venceu de 8x0 o chinês, goleou o francês por 9x0 e deu de 10x0 no norte-americano. Mas, estranhamente, perdeu de 1x0 para o anfitrião, com um gol contra. Com isso, o homem mais rico do mundo ficou tão feliz, que não deu apenas um milhão de dólares ao entregador, mas dez. E a moral dessa fábula esportiva, se é que há alguma, é que é bom ser sábio. Ainda melhor é ser esperto.

(matéria publicada na FOLHA DE SÃO PAULO no dia 10/out/1998)


 
FUMA


Foi há muito tempo, quando os bichos falav... quero dizer, foi no final do século passado, em 1997, para ser mais exato (sinceramente não lembrava que fazia tanto tempo).

Não lembro exatamente como começou (aliás está aí uma história para ser escrita; documentos não faltam). Mas creio que foi a partir de uma conversa entre colegas de trabalho sobre sua diversão predileta na infância/pré-adolescência: futebol de botão.
As lembranças provocadas pela conversa deram vontade de experimentar novamente o gosto da competição praticada sobre aquela mesa verde que é tão sagrada como um campo de futebol. Surgiu então a idéia de reunir mais alguns colegas de trabalho e realizar um torneio.
Para minha surpresa conseguimos comover vários colegas. O primeiro torneio, realizado na casa de um dos participantes da conversa inaugural, e magnânimo membro histórico da FUMA, Maurício, no dia 19 de julho de 1997, reuniu 16 participantes, e foi batizado de Ivens Mendes, em homenagem a um dos (sic) heróis do esporte nacional.
O objetivo do torneio era "resgatar a beleza do futebol de botão arte e a probidade no trato com os assuntos a ele relacionados", como constava de convite escrito na ocasião. O torneio foi estritamente amador, com equipes de acrílico, com bolas "chapadas", goleiros confeccionados com caixas de fósforo e jogos realizados sobre o clássico "Estrelão".
Assim surgiu a associação e seguiram-se inúmeros torneios, ao longo dos anos. Alguns dos participantes do Ivens Mendes não mais tomaram parte das atividades, outros se juntaram ao grupo. Foram adquiridos "estádios" de dimensões oficiais, os goleiros de caixa de fósforo foram substituídos por outros, com dimensões também oficiais, mas o espírito amador, de brincadeira mesmo, diversão, persiste.
Após um longo e doloroso hiato, provocado por motivos diversos, a FUMA voltou a se reunir no final de 2002 e está mais viva do que nunca. Agora tem site oficial (previsto há anos em deliberação do Conselho de Membros Históricos) e, óbvio, um blog.
Hoje tem torneio, no Complexo Etílico Esportivo de Vila Aldino (na esquina da Rua Helvétia com a Barão de Limeira) e, mais uma vez estaremos lá, um pouco de volta à infância, mas também conscientes de que, parafraseando os irlandeses, o futebol de mesa não é uma questão de vida ou morte: é muito mais do que isso.



 
Encontrei, online, uma amiga com quem tinha perdido contato: Elis. Fazia muito tempo que não conversávamos e foi muito bom descobrir que ela continua a mesma.
Corintiana Fiel, sensível, inteligente, carinhosa com os amigos, de personalidade forte. Louca por Dalcídio Jurandir (prometo procurar saber mais sobre este escritor paraense, prometo; um dia) e pela Amazônia, pelo Pará, principalmente.
Apesar de algumas, digamos, "diferenças de repertório" (não sou nem um pouco "Policarpo Quaresma", como ela própria se define - "meio Policarpo"-, longe disso, apesar de considerar Lima Barreto um dos melhores escritores da Língua Portuguesa; na verdade a maior parte do tempo me sinto um estranho no lugar onde nasci) nos identificamos bastante e nos tornamos amigos ao nos conhecermos no trabalho.
Ela ficou comovida porque a convidei para voltar para a FUMA, gloriosa associação de jogadores de futebol de mesa. Tinha presenteado uma sobrinha com seu time de botão mas, ao receber o convite, resolveu pegá-lo de volta. Ora, Elis, comovido fiquei eu com a sua reação!


segunda-feira, janeiro 13, 2003
 
Que cândido...


 
Aliás o vocalista desta banda, Bruno Gouveia, tem um site chamado simplesmente"Eu adoro Porquinhos". Eis como ele apresenta a coisa:
Eu não sei porque eu gosto de porcos. Talvez esteja na inocência do olhar dos leitões . Eles têm uma cara simpática e desde pequeno eu sempre tive vontade de ter um leitãozinho de estimação. Isso talvez explique o porquê de eu detestar tomar banho quando era moleque! ;-)
Lá é possível saber curiosidades sobre porcos, enviar "cartões porcais", ver fotos; e há até uma página dedicada a CDs "sobre porcos"! A criatura inclui nesta página um CD do The Damned, porque tem uma imagem de porco na capa! Por Júpiter!


 
Eu vi: Biquini Cavadão tocando “Toda forma de poder”, do Engenheiro dos Havaí. E o baterista usava uma camiseta do Radiohead. Fiquei extático, incapaz de acionar o controle remoto e mudar de canal. E, ao final do video, o vocalista solta um discurso mais ou menos assim: “Música se faz com a cabeça (...), com o coração, com atitude (...) música não se faz pra bunda não! Viva o rock nacional”! O horror, o horror.


 
10 a 12 graus pra mim estaria ótimo.


 
Para Viviane, Vi* e Anah mais um texto do Ivan Lessa.

Costa del Londres


17 de maio, 2002 - Publicado às 14h11 GMT

Ontem, quinta-feira, fez verão aqui em Londres.

Aproveitaram. Com toda razão. Nunca se sabe se ele volta ou não.

Amanhã, pode ser outono e, se bobearem, inverno de novo.

Eu sou fã daqueles dias em que se manifestam as 4 estações em 24 horas, mais ou menos umas 6 horas para cada uma delas.

Se eu quisessse passar o ano todo debaixo do sol, me torrando, mergulhando e chupando picolé, teria ficado no Rio de Janeiro, ora bolas!

Mas não importa o escândalo político ou o resultado do jogo (não importa qual, não interessa de quê), fez 26 graus Celsius e, no dia seguinte, tablóide e jornalão dedicam um bom espaço para o sensacional evento.

Lá estão, hoje, em todos os 13 jornais nacionais, colunas e mais colunas, coalhadas de fotografias, sobre a súbita e avassaladora onda de calor senegalesco que varreu o país: No estádio de cricket, torcedores tomam sua lata de cerveja (morna, claro) debaixo de chapéus improvisados feitos de jornal.

Isso me remete à minha infância: muito menino, eu ia aos jogos do Botafogo com meu pai (e sempre fazia muito mais que 26 graus dos nossos) e ele fazia com uma página do Jornal dos Sports um chapéu para me proteger do calor.

Isso me chateava um pouco, mas não tanto quanto o lenço que ele, após dar 4 nós nas pontas, botava em cima da careca.

Gente que não acaba mais chupando sorvete nas praças e parques.

Tudo sem camisa -- homens e mulheres, segundo alguns tablóides -- exibindo as costas pontilhadas de espinhas e outros ornamentos desagradáveis, tudo chupando sorvete.

Proliferaram os engarrafamentos no trânsito. Os insultos trocados foram mais pesados.

Nas entradas dos metrôs, avisos sugerindo o que fazer em caso de alguém passar mal.

Em letras miúdas, os jornais avisam: olha, vem chuva aí. Hoje à noite.

No fim de semana, a temperatura cairá em uns 10 a 12 graus, sempre dos nossos.

Que, no meu entender, repito mais uma vez, é precisamente como deve ser.


domingo, janeiro 12, 2003
 
Fazia muito tempo que não ouvia este disco. Nos últimos dias ele não tem saído do meu cd player. E a minha favorita tem sido "The Plan":

The Plan


nada surf


There's a way to drive, I see it once in a while
I watch the tail-lights and memorize
I won't be too scared, I won't be too tired
I'm becoming hard-wired

Feeling hazy, waking up inertia
I'm having dreams, I'm in the wrong picture
Am I older than you thought ?
Did you get less than you bought ?

There's a way to drive, I see it once in a while
I watch the tail-lights and memorize
I won't be too scared, I won't be too tired
I'm becoming hard-wired.

Dan you wanna roast it Dan
We're gonna kick it in the head if we can
Me I'm just, me I'm just
I never got to read the plan
Dan you wanna roast it Dan
You know I never know the right way around
I need a map, I need a map
I need a map to get us out of this town

Now your hand is flashing danger
I'm underdressed and you're getting stranger
I can't tell you I'm incomplete
You're gonna step on me

Feeling hazy, waking up inertia
I'm having dreams, I'm in the wrong picture
Am I older than you thought ?
Did you get less than you bought ?

Dan you wanna roast it Dan
We're gonna kick it in the head if we can
Me I'm just, me I'm just
I never got to read the plan
Dan you wanna roast it Dan
You know I never know the right way around
I need a map, I need a map
I need a map to get us out of this town




sexta-feira, janeiro 10, 2003
 
Recentes posts de Viviane, Vi* e Anah me lembraram um ótimo texto do Ivan Lessa, chamado "Maio 26 graus". Entre outras coisas ele escreve:
"Londres não tem o menor jeito pra qualquer coisa acima dos 22 graus na escala Celsius.... Todas as pessoas ficam mais serenas e agradáveis e objetivas e mais bem-vestidas quando faz um certo friozinho. Até mesmo uma chuva miúda - sem maiores sensacionalismos tablodianos - leva à contemplação, à boa leitura, ao respeito para com - ou indagação sobre - a condição de nossos semelhantes. O calor prega peças em nossa sensibilidade,, inteligência e discernimento. Sim, a vida é uma ilusão, uma miragem provocada pela alta nos barômetros. O verão mente sempre, o inverno sempre diz a verdade".


 
Are you hungry? Are you sick? Are you begging for a break?


 
give me an answer, give me a sign, I've been climbing up this ladder, I've been wasting my time


 
Don't get any big ideas, they're not gonna happen


quinta-feira, janeiro 09, 2003
 
Hoje consegui caminhar por 55 minutos, de maneira ininterrupta. Será que isso pode ser considerado exercício? Enfim... só senti dor e falta de ar depois de uns 40 minutos. Acho que isso já é alguma coisa...


quarta-feira, janeiro 08, 2003
 
Mais uma Vez
Lobão - 04/1999



Às vezes é melhor deixar
A onda passar
Às vezes é melhor virar a página
E recomeçar
Tudo de novo, tudo de novo
Mais uma vez
Às vezes é melhor sorrir
Que imaginar
Às vezes é melhor não insistir
E deixar rolar


E tratar as sombras com ternura
O medo com ternura
E esperar

Às vezes é melhor deixar
O grito escapar
Às vezes é melhor perder o controle
E desabar

E quebrar todas as promessas
Todas as promessas
E atacar





 
A Vida é Doce
LOBÃO/Março 99


Com a mesma falta
De vergonha na cara
Eu procurava alento no seu último vestígio
No território
Da sua presença
Impregnando tudo, tudo o que eu
Não posso nem quero deixar que me abandone
Não posso nem quero deixar que me abandone
Deixar que me abandone

São novamente quatro horas
Ouço o lixo no futuro
Do presente que tritura
As sirenes que se atrasam
Prá salvar atropelados
Que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam
Que viveram tão depressa, tão depressa
Depressa demais…a vida é doce…DEMAIS…doce

E de repente o telefone toca
E é você do outro lado me ligando
Devolvendo minha insônia, minhas bobagens
Prá me lembrar que eu fui
A coisa mais brega que pousou na sua sopa

Me perdôa
Daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona
Que nunca funcionou nem funciona,
Me perdôa
A vida é doce…demais




 
Achei em meu sítio arqueológico um CD que veio em uma revista, tempos atrás, com duas músicas do Lobão, e que eu nunca tinha ouvido. Resolvi arriscar. E não é que... gostei?


terça-feira, janeiro 07, 2003
 
It is time
It is time for
It is time for stormy weather

It is time (x2)
Oh ho, it is time for stormy weather

For stormy weather (x3)

It is time (x2)
Whoaw, it is time for stormy weather

It is time (x2)
Oh ho, it is time for stormy weather

For stormy weather (x5)

It is time (x2)
Whoaw, it is time for stormy weather
...

Black Francis
(p) 1990 4-A-D


segunda-feira, janeiro 06, 2003

sexta-feira, janeiro 03, 2003