o trabalho liberta |
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verba volant, scripta manent tempus fugit 2008 01 2007 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2006 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2005 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2004 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2003 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2002 12 11 10 09 Check me out! audioscrobbler my del.icio.us |
sexta-feira, agosto 26, 2005
[song of the day] my love mercury rev ain't it amazing when the seasons begin, to change, someone behind the scenes just seems to pull some strings, i've struggled with an old angel all night long, an i thought it might be nice if we just talked till dawn i never never gave you...enough i could've given you...my love they say that mary magdelene, had it real bad she took her baby and she headed, off to france new situtuations don't present themselves, at first if i was her i don't know where or to who i'dve turned i never left you with...too much i could've given you...my love i hear of people living deep inside of, the earth they got their own sun and some claim they were here first i've struggled with an old angel all night long i thought it might be nice if you stayed here till dawn i know i left you...alone too much but i know i need you here...my love i never thanked you...enough i could've given you...my love a strange fear ele escreveu: and if a double decker bus crashes into us to die by your side... well the pleasure and the privilege is mine [...] and in the darkned underpass i tought oh god my chance has come at last! (but then a strange fear gripped me and i just couldn´t ask) ... e então disse nicolau sevcenko: o medo e a luz que não apaga é o da dúvida, a dessacralização do mito, a agulha na bolha de sabão. deixar-se levar pelo mito é tão confortável e entusiasmante, destruí-lo tem um preço tão extraordinariamente elevado em dor, mas é a única aventura consequente pela qual vale a pena pagar qualquer preço. quarta-feira, agosto 24, 2005
talk not talk o google lançou hoje seu programa de mensagens instantâneas, o google talk, que permite troca de mensagens de texto e comunicação por voz. assim, a empresa parte pra cima não apenas de microsoft, yahoo! e aol, mas também de empresas de telefonia ip, como a skype technologies e a vonage. apesar de requerer windows xp/2000, usuários de outros sistemas operacionais podem se conectar ao google talk usando outros clientes , como o gaim, já que o google talk adota o protocolo jabber para sistemas de mensagens instantâneas. leve (o arquivo de instalação tem apenas 900 k), de interface bem simples, ao contrário daquele trambolho para menininhas que tomou o lugar do saudoso icq, o google talk é bem simpático. ... o cenário fica mais e mais interessante. como disse um analista citado pelo washington post, trata-se de uma guerra pela supremacia entre empresas que estão procurando combinar suas mídias online (notícias, blogs, música, vídeos), com email, mensagens instantâneas e serviços de telefonia ip. e, falando em guerra, supremacia ... será que o google, cada vez mais onipresente, tendo começado a se instalar, fisicamente, inclusive, no brasil (começando por minas gerais), está mesmo se tornando o novo império do mal? [to be continued...] ... folha online o globo terra nyt washington post domingo, agosto 21, 2005
intelligentsia? faz tempo que, ao ver entrevistas ou textos de acadêmicos, principalmente sociólogos e (?) cientistas políticos, nos jornais, tenho virado a página o mais rápido que posso. mas hoje resolvi dedicar alguns minutos à entrevista de wanderley guilherme dos santos, professor do iuperj (instituto universitário de pesquisas do rio de janeiro), à folha, sobre a atual crise política. foi uma leitura proveitosa: folha - e o comportamento dos intelectuais? eles devem participar do debate na imprensa? santos - o papel dos intelectuais é oferecer suas análises. mas o espetáculo que eles deram agora, os poucos que se manifestaram, a convite, para dizer que não havia golpe, foi triste. a análise deles é primária, são incompetentes. a maioria dos intelectuais que se manifestaram foi de uma pobreza franciscana. não sabem o que está acontecendo e ficam dizendo bobagens. se você prestar atenção, os intelectuais que falam sobre política só têm opinião do senso comum. só que eles manifestam o senso comum com uma linguagem e uma pomposidade que parece que eles estão ensinando alguma coisa que valha a pena. eles não estão tendo nenhuma influência nesse momento. não estão tendo nenhum papel. estão omissos. o que dizem não tem a menor repercussão. não tem nenhum impacto. terça-feira, agosto 16, 2005
[mantra of the day] nature anthem i want to walk up the side of a mountain i wanna walk down the other side of the mountain i wanna swim in the river, lie in the sun i wanna try to be nice to everyone sexta-feira, agosto 12, 2005
o presidente lula teria se referido às ações de delúbio soares como "coisa de pé-de-chinelo". pois é. o fato é que a maioria dos caras que fazem parte daquilo que um dia chamamos de "direita" pelo menos são profissionais. em mais de um sentido. quarta-feira, agosto 03, 2005
nos últimos tempos tenho ido ao cinema mais frequentemente, algo que estava precisando fazer, para o bem de minha saúde psíquica. melhor, tenho ido bastante a cinemas localizados no velho centro de são paulo. não que eu tenha me tornado evangélico, ou que a situação tenha chegado a tal ponto que eu tenha buscado refúgio nos cinemas pornô 24 horas, que, pelo que ouvi dizer, combinam a exibição de filmes sofisticados a facilidades próprias de bares e hotéis. o fato é que, infelizmente, a maioria das salas do centro ainda são de igrejas neopentecostais ou dedicadas a filmes pornô. (se pelo menos houvessem mais cinemas pornô do que igrejas!) mas, enfim; tenho visto e revisto muitos fimes no centro graças aos programadores das salas do centro cultural banco do brasil (que, no momento, está em reforma), e do cine olido. o olido, que fica na galeria de mesmo nome, que foi inaugurado em 1957, esteve fechado durante alguns anos. embora não tenha comparecido à primeira sessão, assisti muitos filmes nesse cinema, em meados do século passado, e ele me traz boas recordações. reformado pela prefeitura, com patrocínio de um banco privado, foi reaberto em setembro de 2004. ele mantém um certo charme do passado: poltronas vermelhas, escadarias de mármore, corrimãos de latão. a sala conta com som dolby digital e 240 lugares. têm ocorrido sessões de terça a domingo, geralmente com ciclos temáticos, e ingressos a preços muito em conta: R$ 4,00. o sábado é dia do cine memória; aos domingos são exibidos filmes infantis. em ambos os casos, às 15h00, e com entrada gratuita. ontem teve início o ciclo mocinhos e bandidos. o primeiro filme exibido (carandiru) não faz jus ao que vem por aí. fiquei pasmo quando vi a programação completa. claro que há um ou outro filme dispensável, como o que abre o ciclo, mas pelo menos metade deles são clássicos inquestionáveis. hoje vai ser exibido um filme sobre o qual sei pouquíssimo, ato de violência. o mais importante é que ele é baseado na vida de francisco da costa rocha, o chico picadinho. a programação completa pode ser conferida aqui. ... acho que faltou um que tinha que estar na mostra: bonnie and clyde, de arthur penn, com warren beatty e faye dunaway. paciência. ... não quero perder (coincidência ou não, todos em dvd - as exibições em dvd terão entrada franca), além do filme de hoje, incluído na lista que segue: ato de violência. (brasil, 1980). eduardo escorel. com nuno leal maia, selma egrei. 03.08 laranja mecânica. (eua, 1971). stanley kubrick. com malcom mcdowell e outros. 06.08 . dvd roberto carlos a 300 Km por Hora. (brasil, 1971). roberto farias. com roberto carlos, erasmo carlos e outros. 10.08 juventude transviada. (eua, 1955). nicholas ray. com james dean, natalie wood e outros. dvd. 11.08 007 – os diamantes são eternos. (eua, 1971). guy hamilton. com sean connery e outros. dvd . 12.08 yojimbo. (japão, 1961). akira kurosawa. com toshiro mifune e outros. dvd. 13.08 o poderoso chefão. (eua, 1972). francis ford coppola. com marlon brando, al pacino e outros. dvd. 14.08 o falcão maltês. (eua, 1941). john huston. com humphrey bogart, peter lorre e outros. dvd. 16.08 cliente morto não paga. (eua, 1982). carl reiner. com steven martin, rachel ward e outros. dvd. 18.08 os trapaceiros. (eua, 2000). woody allen. com woody allen, tracey ullman e outros. dvd. 19.08 ferocidade máxima. (eua, 1996). DVD. fred schepisi. com john clesse, jamie lee curtis e outros. dvd. 20.08 pantera cor-de-rosa. (eua, 1963). blake edwards. com peter sellers, david niven e outros. dvd. 24.08 negócios em família. (eua, 1989). sidney lumet. com sean connery, dustin hoffman e outros. dvd. 31.08 cansado de ser um vegetariano faminto? experimente isto! (pra você, dj zaratruta a.k.a. xica a.k.a. ursinho fofinho a.k.a. uórever, com carinho!) segunda-feira, agosto 01, 2005
[by the way : song of the day] the importance of being idle oasis i sold my soul for the second time cos the man, he don't pay me i begged my landlord for some more time he said "son, the bills waiting" my best friend called me the other night he said "man, are you crazy?" my girlfriend told me to get a life she said "boy, you lazy" but i don't mind as long as there's a bed beneath the stars that shine i'll be fine if you give me a minute a mans got a limit you cant get a life if your hearts' not in it i don't mind as long as there's a bed beneath the stars that shine i'll be fine if you give me a minute a mans got a limit i cant get a life if my hearts' not in it i lost my faith in the summertime cos it don't stop raining the sky all day's as black as night but i love complaining i begged my doctor for one more line he said "son, words fail me" it ain't no place to be killing time but i guess i'm just lazy i don't mind as long as there's a bed beneath the stars that shine i'll be fine if you give me a minute a mans got a limit i cant get a life if my hearts' not in it run rabbit run eu sou lento. acho que venho lidando de maneira um pouco melhor com unidades de tempo. acho até que estou menos ansioso. mais paciente. e ainda lento. ... estava pensando nisso, em meu caminho para o mezanino, atrasado como de costume, e me sentindo meio culpado por isso (como de costume), quando vi que a ilustrada de hoje traz uma entrevista com o jornalista carl honoré, autor do livro devagar, que deve ser lançado no brasil na próxima sexta, 6 de agosto, pela editora record. no site in praise of slow, honoré explica que a idéia para o livro veio quando ele, que vivia em uma corrida contra o relógio, pensou em comprar um livro chamado one-minute bedtime stories (algo como histórias para fazer dormir em um minuto). ele percebeu que sua maneira de viver tinha chegado a um ponto em que ele pretendia acelerar até os breves momentos que tinha com seu filho ao final do dia. e concluiu que, viver daquela maneira, afinal, não seria de fato viver, e começou a pensar em maneiras de desacelerar. ele faz questão de dizer que não é contra a velocidade, e afirma que o objetivo do slow movement, do qual seu livro é uma espécie de manual, é, na verdade, fazer tudo na velocidade adequada: às vezes rápido, às vezes devagar. às vezes, um meio termo. desacelerar seria, então, aproveitar o tempo de maneira a tirarmos o máximo que podemos da vida. esse trecho da entrevista à folha me deixou um pouco confuso: há um grande tabu sobre a lentidão em nossa cultura, que a coloca como sinônimo de algo ruim, de preguiça, de dormir muito e trabalhar pouco. O slow movement está dizendo que a desaceleração pode ser boa. a velocidade é boa, a rapidez é boa, mas a lentidão também. é importante que as pessoas saibam que esses grupos não são compostos por pessoas velhas e preguiçosas. há muitos jovens envolvidos nessa mudança. parece que chegamos a uma encruzilhada em que temos duas opções: ir cada vez mais rápido até chegarmos ao esgotamento de nossa cultura ou escolher uma outra via, em que, sim, podemos ter tecnologia e velocidade, mas onde há espaço para a a quietude, o silêncio e tudo aquilo que perdemos neste mundo hiper-rápido, hiperestimulante e hipercheio de trabalho. não gostei da maneira como ele se refere a pessoas "velhas" e "preguiçosas". me senti um pouco "desconvidado" a participar do slow movement. mas, seja como for, no geral, a idéia parece interessante. vou tentar dedicar algumas unidades de tempo a ela. ... aqui, um trecho do livro, no site da revista época. ... falando em tempo, velocidade, paciência, etc., a mesma ilustrada de hoje traz uma entrevista na qual al jean, roteirista de uma das melhores séries de tv de todos os tempos, os simpsons, informa que, entre a primeira idéia para um episódio, e o programa pronto, o processo todo leva mais ou menos um ano. |