o trabalho liberta |
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verba volant, scripta manent tempus fugit 2008 01 2007 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2006 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2005 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2004 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2003 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2002 12 11 10 09 Check me out! audioscrobbler my del.icio.us |
quinta-feira, março 30, 2006
what a fucking waster você tem que ficar sempre atento pro desperdício, sempre. o que você precisa entender é a natureza da mercadoria. que é perecível. do pai de jack dodds, açougueiro, personagem principal do livro últimos pedidos, de graham swift. yeah. i definitely need a change of scenery. ... someone, please, invite me to a party? ... just kidding. ... nevermind. quarta-feira, março 29, 2006
shutter quer ver um filme assustador? um fime realmente assustador? shutter. [espíritos: a morte está ao seu lado : mais um ridículo título em português, com o subtítulo ridículo de sempre] mais um filme sobre culpa, desejo e mentira. e sobre como certas culpas se tornam fardos insuportáveis. como, afinal, uma vida afeta a outra. como certos estragos são irreversíveis, irreparáveis, indesculpáveis. acho que não dura muito em cartaz. e se quer sentir mais medo, ainda, assista no cine marabá, no centro de são paulo. terça-feira, março 28, 2006
mais uma mostra à qual eu não vou como acabei de escrever, mantenho distância de festivais e mostras de cinema. uma das razões diz respeito aos frequentadores, que, em grande parte, estão lá por causa do evento, ou das outras pessoas, ou pelo prazer de contar por aí que viram aquele filme iraniano sobre um menino cego que perdeu seu camelo aleijado nos escombros de islamabad. outro problema é que os programadores não demonstram muita consideração por pessoas que carregam uma bola de ferro durante o dia, como eu. ok, me lembro que, em tempos de ilusória liberdade, fui ver o império dos sentidos, em um ciclo dedicado ao cinema japonês no centro cultural são paulo, em um dia de semana à tarde. (haviam umas velhinhas orientais, aliás, que não imaginavam sobre o que era o filme, e que saíram horrorizadas mal ele começou). mas isso passou, e agora vejo que fui, por um tempo, um privilegiado. hoje, por exemplo, começa a mostra o julgamento em nuremberg, no centro cultural são paulo. cada filme será exibido uma única vez, e, os melhores, em horários ingratos. hoje, por exemplo, às 16h00 vai passar o melhor de todos: o triunfo da vontade, obra-prima de leni riefenstahl, sobre o congresso do partido nazista em 1934. dia 31, às 18h20, vai ser exibido arquitetura da destruição, de peter cohen, sensacional documentário sobre a estética nazista. o filme mostra a obsessão de hitler pela arte, e como a relacionava às suas idéias sobre a pureza da raça ariana. os nazistas comparavam, por exemplo, o cubismo e o dadaísmo a deformações físicas e mentais. com uma imaginação muito fértil, hitler tinha como escritor favorito karl may - um autor alemão que escrevia histórias de viagens e aventuras, inclusive passadas no velho oeste americano. enfim. talvez, pelo menos, eu esteja livre a tempo de ver, às 20h00, a palestra ética e desespero, com o professor-doutor luiz carlos petry, filósofo e psiquiatra que desenvolve projetos de pesquisa em hipermídia digital e investiga a topofilosofia. programão. domingo, março 26, 2006
sexta-feira, março 24, 2006
grizzly people geralmente mantenho distância de mostras e festivais de cinema. ano passado até cogitei ir à famigerada mostra de cinema de são paulo pra ver marcas da violência, do david cronenberg, mas desisti, e acabei assitindo só quando ele estreoou no circuito comercial. e hoje estou tentado a ver o homem urso, de werner herzog, que vai ser exibido no festival é tudo verdade, no cinesesc. o filme conta a história de timothy treadwell, que viveu boa parte de sua vida entre os ursos, filmando documentários sobre aqueles animais que amava. acabou sendo morto por um deles. os ingressos para o festival são gratuitos, e devem ser retirados com uma hora de antecedência. festival de cinema, sexta à noite, ingressos gratuitos, planeta augusta ... enfim, vou pensar. ... aqui há uma entrevista com werner herzog, na qual ele fala sobre o filme. esta é a organização fundada por timothy treadwell devotada à preservação dos ursos e seu habitat. quinta-feira, março 23, 2006
last.fm agora os valentes visitantes deste blog vão saber o que tem tocado no meu winamp durante as horas que passo no mezanino. coloquei, no alto da página, à esquerda, um music chart da last.fm, que mostra o que tenho ouvido. clicando na imagem, se tem acesso à minha página pessoal. last.fm, na falta de definição melhor (e sou péssimo para definições e explicações), é uma espécie de comunidade musical. ao instalar um plugin em seu player favorito, ele passa a mandar as informações sobre o que você ouve para o site, que cria seu perfil musical, mostrando as faixas recentes e estatísticas, como artistas e músicas mais ouvidas. a partir daí, é possível participar de grupos de discussão, publicar um diário, criar uma "rádio pessoal" e ouvir as "rádios" de outros usuários, entre outras coisas. sou usuário desde setembro de 2004, mas não tenho dado muita atenção ao site. ultimamente eles têm incluído novos features, como esse tal music chart, que achei bacaninha, e resolvi colocar no blog. ... ah, a gabi já tinha colocado um chart em seu blog faz um tempo, e tinha me levado a pensar em fazer o mesmo. quarta-feira, março 22, 2006
falando em opinião a câmara dos deputados aprovou ontem a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais nos últimos 15 dias antes da votação. segundo a folha, partidos como pt, pdt e psol apoiaram a restrição, argumentando que ela evitaria manipulações eleitorais. segundo o mesmo texto legendas como pfl e pmdb foram contra, alegando liberdade de expressão. "o supremo não vai permitir isso. nenhuma lei por ir contra a garantia constitucional do direito à informação", disse o deputado pauderney avelino (pfl-am). ou seja: os políticos vão continuar fazendo pesquisas diárias, medindo o pulso dos eleitores até o dia da eleição, se for necessário. e os eleitores, como meras cobaias que são, não terão o direito de saber o resultado da auscultação. aliás, o pt, que apóia a proibição, gosta tanto de pesquisas que, além de contratar as empresas que atuam no mercado, faz as suas próprias. e eu nunca pensei que um dia fosse estar ao lado de um tal pauderney do pfl em alguma questão. domingo, março 19, 2006
na sua opinião : ... ? se eu fosse abordado por um pesquisador do datafolha, e ele me mostrasse um cartão circular com nomes de possíveis candidatos às eleições de outubro, e me perguntasse: -se a eleição fosse hoje, e os candidatos fossem estes, em quem você votaria para presidente? eu responderia: -não sei. quando ele me mostrasse outro cartão, no qual um dos nomes do cartão anterior é substituído por outro, eu responderia novamente: -não sei. provavelmente teria respondido à primeira pergunta que ele me faria, sem mostrar cartões [em quem você gostaria de votar para presidente na eleição deste ano? - a pergunta que mede a tal da intenção de voto espontânea], com convicção: -seu creysson. caso marcelo trasel fosse abordado por um pesquisador hoje, ele teria uma resposta na ponta da língua: -nulo! demonstrando seu arrependimento por ter votado em lula em 2002, ele expôe seus argumentos para sua opção pelo voto nulo em outubro deste ano: a democracia representativa pode ser a melhor forma de governo encontrada até hoje, em comparação com as anteriores, mas nem por isso se deixou de fazer política como sempre se fez: com conchavos na calada da noite. e cita o código eleitoral art. 224. se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias. sugerindo que o povo brasileiro, que não gosta de levantar a bunda da cadeira para nada, como diz o nosso presidente, muito menos para ficar gritando e levantando cartazes ou botando fogo nas coisas em frente ao congresso, pode ao menos apertar uma tecla em vez de outra no dia da votação e anular. de qualquer modo o sujeito teria de perder tempo em um domingo para ir até seção eleitoral. ao menos que use esse tempo para mandar um recado. em outro post, ele cita um leitor do blog para levantar outra questão muito pertinente: por que não existe campanha pelo voto nulo na televisão? se mesmo os partidos mais inexpressivos têm direito a um tempinho para expor suas idéias, o voto nulo deveria ter também, assim como o branco. do ponto de vista legal, são opções tão válidas quanto qualquer outro candidato. a propósito, creio que muita gente, provavelmente a maioria dos eleitores, não sabia que podia anular o voto no referendo sobre o desarmamento realizado em 2005. não lembro de ter visto essa informação em qualquer meio de comunicação, a não ser em sites na internet que defendiam o voto nulo. não tenho certeza se uma maioria de votos nulos provocariam a realização de novas eleições. não consegui achar nada a respeito no site do tse, além o código eleitoral citado, de 1965. alguns discordam dessa interpretação. mas concordemos ou não com a sugestão (aliás, trasel foi acusado de conformismo covarde hipócrita por pessoas que deixaram comentários no blog), o debate é interessante e necessário. para pessoas menos preguiçosas do que eu, claro. hell is full of musical amateurs music is the brandy of the damned. [a música é o brandy dos condenados] g. bernard shaw quinta-feira, março 16, 2006
domingo, março 12, 2006
[obsessão] the skin of my yellow country teeth clap your hands say yeah once - the dogs have quit their barking "son," - my neighbor said to me. "know the emptiness of talking blue the same old sheep." run - i'll do no more this walking haunted by a past i just can't see anymore anymore but let me tell you i have never planned to let go of the hand that has been clinging by its thick country skin to my yellow country teeth to my yellow country teeth far - far away from west virginia i - will try on new york city explaining that the sky holds the wind the sun rushes in and a child with a shotgun can shoot down honeybees that sting but this boy could use a little sting! ... who - will get me to a party? who - do i have yet to meet? you - you look a bit like coffee and you taste a bit like me how - can i keep me from moving? now - i need a change of scenery just listen to me i won't pretend to understand the movement of the wind or the waves out in the ocean or how like the hours i change softly slowly plainly blindly oh me oh my! primeiro amor pessoalmente nada tenho contra os cemitérios, neles passeio com bastante gosto, mais gosto do que em outros lugares, creio, quando sou obrigado a sair. o odor dos cadáveres, que sinto claramente sob o cheiro da grama e do humo, não me é desagradável. um pouco açucarado demais, talvez, um pouco atordoante, mas muito preferível ao dos vivos, das axilas, dos pés, dos cus, dos prepúcios cheios de ceroto e dos óvulos gorados. e quando os restos de meu pai colaboram nesse odor, por modestamente que seja, pouco falta para que me venham lágrimas aos olhos. por mais que se lavem, os vivos, por mais que se perfumem, eles fedem. samuel beckett |