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quinta-feira, março 30, 2006
 
what a fucking waster

você tem que ficar sempre atento pro desperdício, sempre. o que você precisa entender é a natureza da mercadoria. que é perecível.

do pai de jack dodds, açougueiro, personagem principal do livro últimos pedidos, de graham swift.



 
yeah.

i definitely need a change of scenery.

...

someone, please, invite me to a party?

...

just kidding.

...

nevermind.


quarta-feira, março 29, 2006
 

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shutter

quer ver um filme assustador?

um fime realmente assustador?

shutter.

[espíritos: a morte está ao seu lado : mais um ridículo título em português, com o subtítulo ridículo de sempre]

mais um filme sobre culpa, desejo e mentira.

e sobre como certas culpas se tornam fardos insuportáveis.

como, afinal, uma vida afeta a outra.

como certos estragos são irreversíveis, irreparáveis, indesculpáveis.

acho que não dura muito em cartaz.

e se quer sentir mais medo, ainda, assista no cine marabá, no centro de são paulo.


terça-feira, março 28, 2006
 
mais uma mostra à qual eu não vou

como acabei de escrever, mantenho distância de festivais e mostras de cinema.

uma das razões diz respeito aos frequentadores, que, em grande parte, estão lá por causa do evento, ou das outras pessoas, ou pelo prazer de contar por aí que viram aquele filme iraniano sobre um menino cego que perdeu seu camelo aleijado nos escombros de islamabad.

outro problema é que os programadores não demonstram muita consideração por pessoas que carregam uma bola de ferro durante o dia, como eu.

ok, me lembro que, em tempos de ilusória liberdade, fui ver o império dos sentidos, em um ciclo dedicado ao cinema japonês no centro cultural são paulo, em um dia de semana à tarde.

(haviam umas velhinhas orientais, aliás, que não imaginavam sobre o que era o filme, e que saíram horrorizadas mal ele começou).

mas isso passou, e agora vejo que fui, por um tempo, um privilegiado.

hoje, por exemplo, começa a mostra o julgamento em nuremberg, no centro cultural são paulo.

cada filme será exibido uma única vez, e, os melhores, em horários ingratos.
hoje, por exemplo, às 16h00 vai passar o melhor de todos: o triunfo da vontade, obra-prima de leni riefenstahl, sobre o congresso do partido nazista em 1934.

dia 31, às 18h20, vai ser exibido arquitetura da destruição, de peter cohen, sensacional documentário sobre a estética nazista. o filme mostra a obsessão de hitler pela arte, e como a relacionava às suas idéias sobre a pureza da raça ariana.

os nazistas comparavam, por exemplo, o cubismo e o dadaísmo a deformações físicas e mentais.

com uma imaginação muito fértil, hitler tinha como escritor favorito karl may - um autor alemão que escrevia histórias de viagens e aventuras, inclusive passadas no velho oeste americano.

enfim.

talvez, pelo menos, eu esteja livre a tempo de ver, às 20h00, a palestra ética e desespero, com o professor-doutor luiz carlos petry, filósofo e psiquiatra que desenvolve projetos de pesquisa em hipermídia digital e investiga a topofilosofia.

programão.


domingo, março 26, 2006

sexta-feira, março 24, 2006
 
grizzly people

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geralmente mantenho distância de mostras e festivais de cinema.

ano passado até cogitei ir à famigerada mostra de cinema de são paulo pra ver marcas da violência, do david cronenberg, mas desisti, e acabei assitindo só quando ele estreoou no circuito comercial.

e hoje estou tentado a ver o homem urso, de werner herzog, que vai ser exibido no festival é tudo verdade, no cinesesc.

o filme conta a história de timothy treadwell, que viveu boa parte de sua vida entre os ursos, filmando documentários sobre aqueles animais que amava. acabou sendo morto por um deles.

os ingressos para o festival são gratuitos, e devem ser retirados com uma hora de antecedência. festival de cinema, sexta à noite, ingressos gratuitos, planeta augusta ...

enfim, vou pensar.

...

aqui há uma entrevista com werner herzog, na qual ele fala sobre o filme.

esta é a organização fundada por timothy treadwell devotada à preservação dos ursos e seu habitat.


 
frase da noite

é um pessoal loser os carinha que ela cata.


quinta-feira, março 23, 2006
 

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last.fm

agora os valentes visitantes deste blog vão saber o que tem tocado no meu winamp durante as horas que passo no mezanino.

coloquei, no alto da página, à esquerda, um music chart da last.fm, que mostra o que tenho ouvido. clicando na imagem, se tem acesso à minha página pessoal.

last.fm, na falta de definição melhor (e sou péssimo para definições e explicações), é uma espécie de comunidade musical.

ao instalar um plugin em seu player favorito, ele passa a mandar as informações sobre o que você ouve para o site, que cria seu perfil musical, mostrando as faixas recentes e estatísticas, como artistas e músicas mais ouvidas.

a partir daí, é possível participar de grupos de discussão, publicar um diário, criar uma "rádio pessoal" e ouvir as "rádios" de outros usuários, entre outras coisas.

sou usuário desde setembro de 2004, mas não tenho dado muita atenção ao site.

ultimamente eles têm incluído novos features, como esse tal music chart, que achei bacaninha, e resolvi colocar no blog.

...

ah, a gabi já tinha colocado um chart em seu blog faz um tempo, e tinha me levado a pensar em fazer o mesmo.


quarta-feira, março 22, 2006
 
falando em opinião

a câmara dos deputados aprovou ontem a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais nos últimos 15 dias antes da votação.

segundo a folha, partidos como pt, pdt e psol apoiaram a restrição, argumentando que ela evitaria manipulações eleitorais.

segundo o mesmo texto

legendas como pfl e pmdb foram contra, alegando liberdade de expressão. "o supremo não vai permitir isso. nenhuma lei por ir contra a garantia constitucional do direito à informação", disse o deputado pauderney avelino (pfl-am).

ou seja: os políticos vão continuar fazendo pesquisas diárias, medindo o pulso dos eleitores até o dia da eleição, se for necessário. e os eleitores, como meras cobaias que são, não terão o direito de saber o resultado da auscultação.

aliás, o pt, que apóia a proibição, gosta tanto de pesquisas que, além de contratar as empresas que atuam no mercado, faz as suas próprias.

e eu nunca pensei que um dia fosse estar ao lado de um tal pauderney do pfl em alguma questão.


domingo, março 19, 2006
 
na sua opinião : ... ?

se eu fosse abordado por um pesquisador do datafolha, e ele me mostrasse um cartão circular com nomes de possíveis candidatos às eleições de outubro, e me perguntasse:

-se a eleição fosse hoje, e os candidatos fossem estes, em quem você votaria para presidente?

eu responderia:

-não sei.

quando ele me mostrasse outro cartão, no qual um dos nomes do cartão anterior é substituído por outro, eu responderia novamente:

-não sei.

provavelmente teria respondido à primeira pergunta que ele me faria, sem mostrar cartões [em quem você gostaria de votar para presidente na eleição deste ano? - a pergunta que mede a tal da intenção de voto espontânea], com convicção:

-seu creysson.

caso marcelo trasel fosse abordado por um pesquisador hoje, ele teria uma resposta na ponta da língua:

-nulo!

demonstrando seu arrependimento por ter votado em lula em 2002, ele expôe seus argumentos para sua opção pelo voto nulo em outubro deste ano:

a democracia representativa pode ser a melhor forma de governo encontrada até hoje, em comparação com as anteriores, mas nem por isso se deixou de fazer política como sempre se fez: com conchavos na calada da noite.


e cita o código eleitoral

art. 224. se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias.

sugerindo que o povo brasileiro, que

não gosta de levantar a bunda da cadeira para nada, como diz o nosso presidente, muito menos para ficar gritando e levantando cartazes ou botando fogo nas coisas em frente ao congresso, pode ao menos apertar uma tecla em vez de outra no dia da votação e anular. de qualquer modo o sujeito teria de perder tempo em um domingo para ir até seção eleitoral. ao menos que use esse tempo para mandar um recado.

em outro post, ele cita um leitor do blog para levantar outra questão muito pertinente:

por que não existe campanha pelo voto nulo na televisão? se mesmo os partidos mais inexpressivos têm direito a um tempinho para expor suas idéias, o voto nulo deveria ter também, assim como o branco. do ponto de vista legal, são opções tão válidas quanto qualquer outro candidato.


a propósito, creio que muita gente, provavelmente a maioria dos eleitores, não sabia que podia anular o voto no referendo sobre o desarmamento realizado em 2005. não lembro de ter visto essa informação em qualquer meio de comunicação, a não ser em sites na internet que defendiam o voto nulo.

não tenho certeza se uma maioria de votos nulos provocariam a realização de novas eleições. não consegui achar nada a respeito no site do tse, além o código eleitoral citado, de 1965. alguns discordam dessa interpretação.

mas concordemos ou não com a sugestão (aliás, trasel foi acusado de conformismo covarde hipócrita por pessoas que deixaram comentários no blog), o debate é interessante e necessário. para pessoas menos preguiçosas do que eu, claro.


 
hell is full of musical amateurs

music is the brandy of the damned.

[a música é o brandy dos condenados]

g. bernard shaw


quinta-feira, março 16, 2006
 

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happy birthday to the king of comedy.


domingo, março 12, 2006

 
[obsessão]

the skin of my yellow country teeth

clap your hands say yeah

once - the dogs have quit their barking
"son," - my neighbor said to me.
"know the emptiness of talking blue
the same old sheep."
run - i'll do no more this walking
haunted by a past i just can't see
anymore
anymore

but let me tell you i have never planned
to let go of the hand that has been
clinging by its thick country skin
to my yellow country teeth
to my yellow country teeth

far - far away from west virginia
i - will try on new york city
explaining that the sky holds the wind
the sun rushes in and a child
with a shotgun can shoot down
honeybees that sting
but this boy could use a little sting!

...

who - will get me to a party?
who - do i have yet to meet?
you - you look a bit like coffee
and you taste a bit like me
how - can i keep me from moving?
now - i need a change of scenery
just listen to me i won't pretend
to understand the movement of the wind
or the waves out in the ocean
or how like the hours
i change softly slowly plainly blindly

oh me oh my!


 
primeiro amor

pessoalmente nada tenho contra os cemitérios, neles passeio com bastante gosto, mais gosto do que em outros lugares, creio, quando sou obrigado a sair. o odor dos cadáveres, que sinto claramente sob o cheiro da grama e do humo, não me é desagradável. um pouco açucarado demais, talvez, um pouco atordoante, mas muito preferível ao dos vivos, das axilas, dos pés, dos cus, dos prepúcios cheios de ceroto e dos óvulos gorados. e quando os restos de meu pai colaboram nesse odor, por modestamente que seja, pouco falta para que me venham lágrimas aos olhos. por mais que se lavem, os vivos, por mais que se perfumem, eles fedem.

samuel beckett