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sexta-feira, dezembro 30, 2005
 
2005 : discos


silent alarm
. bloc party

with teeth . nine inch nails

the secret migration . mercury rev

open season . british sea power

lullabies to paralyze . queens of the stone age

capture/ release . the rakes

bang bang rock & roll . art brut

howl . black rebel motorcycle club

waiting for the sirens call . new order

you could have it so much better . franz ferdinand

...

2005 : canções

arpeggi . radiohead

modern love . bloc party

everyday is exactly the same . nine inch nails

my love . mercury rev

fuck forever . babyshambles

little sister . queens of the stone age

nature anthem . grandaddy

walk away . franz ferdinand

emily kane . art brut

made up love song 43 . guillemots




2005 : shows

mercury rev . curitiba

nine inch nails . são paulo

arcade fire . são paulo

patife band . são paulo


terça-feira, dezembro 13, 2005
 

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the past is gone… the future isn’t here yet… so all you have is the present.

there is an end

the greenhornes feat. holly golightly

words disappear,
words weren't so clear,
only echos passing through the night.

the lines on my face,
your fingers once traced,
fading reflection of what was.

thoughts re-arrange,
familiar now strange,
all my skin is drifting on the wind.

spring brings the rain,
with winter comes pain,
every season has an end.

i try to see through the disguise,
but the clouds were there,
blocking out the sun (the sun).

thoughts re-arrange,
familiar now strange,
all my skin is drifting on the wind.

spring brings the rain,
with winter comes pain,
every season has an end.

there's an end,
there's an end,
there's an end,
there's an end,
there's an end.


 
sabe quando você desiste das coisas?

a prefeitura da cidade de são paulo começou a fazer uma pesquisa sobre o perfil dos moradores de rua da região da sé.

a justificativa para a pesquisa é direcionar melhor as políticas públicas para a população de rua, segundo reportagem publicada pela folha de s. paulo.

serão investigadas a procedência dessas pessoas, o tempo que elas estão na rua e por que motivo elas saíram de casa, entre outros dados.

um dos pequisadores que vão trabalhar nesse projeto, péricles pereira, 44 anos, que já estudou direito e trabalhou como bancário, atendente de metrô e dono de van, deu sua resposta para a última pergunta, em entrevista à repórter da folha:

folha - O que leva as pessoas a morar nas ruas?

péricles pereira - é uma opção. sabe quando você desiste das coisas? acha que não tem mais como se recuperar na vida?

folha - E no seu caso?

péricles pereira - solidão. sempre fui de sumir dos lugares.


quarta-feira, dezembro 07, 2005

 
you know who you are

go fuck yourselves.


terça-feira, dezembro 06, 2005
 



Posted by Picasa

[bruises that won´t heal]

every day is exactly the same

nine inch nails


i believe i can see the future
cause i repeat the same routine
i think i used to have a purpose
but then again
that might have been a dream
i think i used to have a voice
now i never make a sound
i just do what i've been told
i really don't want them to come around

oh, no

[chorus]

every day is exactly the same
every day is exactly the same
there is no love here and there is no pain
every day is exactly the same

i can feel their eyes are watching
in case i lose myself again
sometimes i think i'm happy here
sometimes, yet i still pretend
i can't remember how this got started
but i can tell you exactly how it will end

[chorus]

i'm writing on a little piece of paper
i'm hoping someday you might find
well i'll hide it behind something
they won't look behind
i'm still inside here
a little bit comes bleeding through
i wish this could have been any other way
but i just don't know, i don't know what else i can do

[chorus x2]

...

foto do maurício.

tem mais 76 aqui.


 
no title yet

most of the time i'm busy
commited to my full time job
destroying myself pleasantly
feeling bitter, feeling bored

this hangover never ends, i stink
i'm a cliché and i'm depressed
so why not another drink, i think
when there's a hammer in my head

to love other people is painful
to hate other people is fine
my only friend just died last night

to love other people is painful
to hate other people is fine
i felt sick but didn't cry


quinta-feira, dezembro 01, 2005
 

Posted by Picasa

the wrong men

ninguém presta atenção mesmo, mas, enfim, vamos lá novamente.

como alguns já sabem, eu venho gritando e desafinando em uma banda chamada gooks faz algum tempo.

o que vem sendo uma espécie de terapia em grupo semanal, na companhia de amigos, está ficando um pouquinho mais sério.

até já fizemos uma apresentação concorridíssima em um muquifo da vila madalena, quem diria. até a mãe do baterista foi.

e gravamos um cd demo, com 10 músicas.

a versão final, uma espécie de ep (ho ho ho), deve ter quatro músicas:

angelina (todas as canções de amor são ridículas, principalmente as safadas)
perfect girl (wah wah. cry baby!)
plastic mama (a balada do homeless da caneca azul ou o encantador de baleias)
the wrong man (nosso hino, um épico)

por ora, elas podem ser ouvidas (também é possível fazer download) aqui.

...

ok, podem esculhambar.


 

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woody allen, 70

hoje um dos meus seres humanos favoritos faz aniversário.

ele deve ser um dos favoritos do escritor joão pereira coutinho, também. coutinho escreveu um belo texto publicado na folha online. abaixo, o trecho final:

todos os anos, com a regularidade das aves, woody regressa. nós devemos regressar a ele com um sorriso grato e íntimo. porque os filmes de woody allen são gratos e íntimos: nós entramos na sala, sentamos na mesa e ele vai servindo o jantar. conhecemos todos os comensais. sabemos que a comida não se altera com os anos: sal a menos, sal a mais --o cozinheiro é o mesmo. os filmes de woody allen são uma família a que se pertence: ninguém deseja mudanças radicais ou desaparecimentos radicais. desejamos apenas que seja outono lá fora e que as histórias, conhecidas e até repetidas, sejam embaladas por um fio de jazz.


 
claro que é rock: impressões mínimas

antes de mais nada, preciso dizer que sempre achei um horror esses festivais, com milhares de pessoas se acotovelando pra ver seus artistas favoritos a quilômetros de distância, ou se matando junto à grade pra vê-los um pouquinho menos longe, e alguns metros acima.

isso sem contar as filas imensas pra comprar cerveja a preços extorsivos, e as filas não menos imensas pra usar as precárias instalações sanitárias.

mas tem gente que se diverte.

acho que principalmente aqueles para quem a música é apenas um detalhe. ou que vão pra ver um artista em especial, e durante os outros shows conversam animadamente como se estivessem no sofá de suas casas (aliás acho que isso está virando uma tendência).

pelo menos alguns aproveitam esses momentos pra ir beber e conhecer os arredores.

claro que vi alguns shows inesquecíveis em festivais, e em grandes "casas de espetáculo", mas é tão bom lembrar de ter visto o and you will knows by the trail of dead no sesc belenzinho sentado à beira do palco, por exemplo. ou o man or astroman? em uma casa cujo nome não me lembro, no abc (são caetano? nem a cidade lembro), que sequer tinha banheiro do lado de dentro.

mas então, vamos aos, digamos, shows.

...

flaming lips

mais uma frustração para a minha vida besta: cheguei ao local do show tarde demais, ouvi do you realize da rua, sob pânico controlado. quando finalmente lá dentro, só me restou o gran finale: war pigs.

quem sabe eles voltam pra um show no sesc pompéia. custa nada sonhar.

...

iggy and the stooges

ok, iggy é deus.

mas eu definitivamente não gosto de religião.

...

sonic youth

[bocejos]

...

nine inch nails

um monte de gente foi embora quando o show que salvou minha noite começou.

melhor pra quem ficou.

talvez o segundo melhor show que vi este ano, só perdendo para o mercury rev em curitiba.

a exemplo de jonathan donahue, trent reznor me lembrou um xamã, mas conduzindo dessa vez não uma cerimônia que me deu vontade de ir para uma floresta bucólica, como no show do mercury rev, mas quem sabe para um matadouro ou um lugar tão sombrio e/ou vermelho quanto.

...

relendo as palavras acima, agora, percebo que o que mais fiz foi reclamar. como dizia um velho amigo, typical me.


 
me disse a amiga, no pub

o mercado de fazer nada é muito competitivo.


 
tragicomédias


chegam à padaria o homem de cabelos grisalhos, barriga proeminente, cara de quem falhou miseravelmente em sua missão na terra, de mãos dadas com a menina, aparentando uns cinco anos de idade, de minissaia, bolsinha extravagantemente colorida a tiracolo.

ela:

ah, pai, você não vai beber, né?

ele:

mas filha, o que é que você acha que eu vim fazer aqui?

depois de alguns segundos pensativa, carinha tristonha, ela aponta para as máquinas de videopôquer:

então posso brincar naqueles videogames ali?