o trabalho liberta

verba volant, scripta manent

email



Check me out!


audioscrobbler

my del.icio.us

Weblog Commenting by HaloScan.com
Get Firefox!
This page is powered by Blogger. Isn't yours?
quarta-feira, março 30, 2005
 


the tourist

e finalmente a melhor banda do universo apresentou ao mundo uma nova canção.

foi domingo, dia 27, no royal festival hall, quando jonny greenwood se apresentou com a london sinfonietta e a nazareth orchestra no ether festival.

ao final do concerto, thom yorke se juntou aos músicos, e eles tocaram juntos arpeggi, a nova canção, e where bluebirds fly, um b-side de there there, do álbum hail to the thief, em um dueto tocante de thom com a cantora lubna salame, da nazareth orchestra.

greenwood tem colaborado com a london sinfonietta, para quem escreveu smear, e é compositor residente da bbc concert orchestra.

ele anda obcecado por um antigo instrumento, o ondes martenot, inventado pelo francês maurice martenot, em 1928.

segundo o compositor elmer bernstein:

o ondes martenot foi um dos primeiros instrumentos elétricos. ele tem a característica do som parecer com vários outros instrumentos, mas não exatamente igual. algumas vezes parece com uma flauta, outra vezes soa como a voz humana ou até um cello
.

não por outra razão, greenwood disse, em entrevista ao guardian, que tocando o ondes martenot é o mais próximo de cantar que ele consegue chegar. é uma coisa viva, disse.

mas será que greenwood vai se tornar um músico erudito e abandonar a música pop?

bem; na mesma entrevista, greenwood disse (em tradução tosca):

radiohead sempre será a parte central do que faço. tudo começa com canções, e com thom, e com a excitação que você pode obter na banda quando ouve música nova, e você sabe que tem a oportunidade de observá-la se modificando. não há nada como isso, nada tão excitante. estamos ensaiando no momento, e tem sido divertido novamente. nós todos queremos seguir em frente, e quando você tem cinco pessoas que são assim, você não pode pedir por algo melhor.

...

arpeggi é, digamos ,celestial; embora a letra mencione o fundo do mar. jonny ao ondes martenot, cordas ao fundo, enquanto thom canta: everybody leaves if they get the chance, and this is my chance e repete, ao final, como que em um mantra, hit the bottom of, hit the bottom to escape.

yep. why should i stay here? why should i?!?!?

as duas canções já estão na rede, é óbio.

ah. meu nickname no soulseek é neonemo.

...

arpeggi

in the deepest ocean
the bottom of the sea
your eyes they turn me
why should i stay here?
why should i stay?
i'd be crazy not to follow
follow where you lead
your eyes they turn me
sunk without a trace
the bottom of the deep
your eyes they turn me
turn me into fantasies
i follow to the edge of the earth
and fall off
everybody leaves
if they get the chance
and this is my chance
in the bottom of
we fishies
it's over by the words
we fishies
we fishies
we fishies
hit the bottom of
hit the bottom to escape
escape
hit the bottom of
hit the bottom to escape
escape
escape

...

fonte: atease


quinta-feira, março 24, 2005
 
caro diário

sim, ele existe.

hoje eu vi o dr. enéas, na avenida vieira de carvalho, centro de são paulo.

ele estava acompanhado de três mulheres.

nenhuma que se compare à saudosa dra. havanir. claro.


terça-feira, março 22, 2005
 
je sais c´est démodé

moi ce que j´adore
c´est les petites caresses à 4 mains


...

c´est sexy, extatique, crazy, excentrique
animal, romantique, c´est communiste


...

stereo total


segunda-feira, março 14, 2005
 


when you're old and lonely

the magnetic fields

when you're old and lonely you will wish you'd married me
i could build a fire for you and bring you cakes and tea
when you're cold and hungry i'll be waiting by the phone
you can call me up and tell me how you're all alone... all alone...

when you're old and lonely and the rush of life is past
days go by too slowly and the years go by too fast
when your golden loneliness is heavier than stone
you can call me up and say "my god, i'm all alone... all alone..."


sexta-feira, março 11, 2005
 


trabalho é um palavrão

marcelo träsel postou em seu blog, dias atrás, um texto inspirador sobre um dos assuntos que mais me angustiam desde sempre: o trabalho.

träsel manda muito bem, a começar do título - trabalho é uma merda - , que vem a ser uma palavra de ordem do partido anarquista alemão (arbeit ist scheisse!).

ele começa o texto citando uma coluna recente do historiador nicolau sevcenko para a revista carta capital. o mestre

registrava uma modificação na maneira como encaramos o trabalho. na idade média, trabalho era coisa de servos. cavalheiros de verdade dedicavam-se à caça, à música, à guerra e às cortesãs. escravizávamos para viver. com a ascensão da burguesia, o trabalho tornou-se um meio de conseguir desfrutar um pouco do ócio antes reservado aos nobres. passamos a trabalhar para viver.

hoje, continua träsel, muita gente passou a viver para trabalhar (sim, muita gente fica 12 ou mais horas na empresa) e, citando o manifesto contra o trabalho,do grupo krisis, e concordando com ele,
afirma que

o trabalho tornou-se um fim em si mesmo, e que há algo extremamente errado em um mundo no qual os funcionários precisam ser "motivados" para trabalhar. quem ainda não conseguiu transformar o trabalho em seu objetivo de vida, apenas o desempenha para poder consumir as novidades geradas pela mesma engrenagem que ajudam a movimentar. são, portanto, tão escravos quanto os outros ? mas ao menos sabem-se cativos e daí vem sua apatia.

ele cita a experiência de pessoas próximas, que nos últimos tempos deixaram empregos fixos, para se dedicarem a atividades freelance, e a sua própria: ele deixou recentemente a corporação para a qual trabalhava

em busca de trabalho que, se também não tem tanto sentido assim, ao menos permite sair para passear em um dia de sol ou ir ao cinema quando se está sem saco. o cliente vira seu chefe, mas há menos a perder se você mandá-lo pastar.

coincidentemente, no dia em que li esse texto, no caminho para o mezanino onde tenho passado meus dias, vi alguns homens, que estão trabalhando em uma obra nas imediações, ao que parece naquele momento de descanso após o almoço, esparramados na calçada, um deles lendo uma revista.

senti uma certa inveja.

pois träsel conclui:

se desse mais dinheiro, francamente, acho que seria pedreiro. ao menos o sujeito constrói algo de importância e utilidade inegáveis e trabalha ao ar livre.

só não concordo totalmente porque, como me lembrou patrícia dia desses, em uma de nossas conversas temperadas de humor negro sobre a vida, pedreiro tem que carregar peso.

...

claro, já adotei o slogan dos anarquistas alemães: trabalho é uma merda.

então vocês, que, por acaso, estiverem perdendo seu tempo aqui, leiam o texto do träsel na íntegra aqui.

e repitam o mantra: trabalho é uma merda!

...

p.s.: em um post seguinte träsel citou dois grandes pensadores: fred gratzon, que se gaba de ser "o homem mais preguiçoso da américa do norte", escreveu o livro the lazy way to success e, agora, tem um blog , e john perry, professor do departamento de filosofia da universidade de stanford.

gratzon eu já conhecia, virei fã tempos atrás, e escrevi um post sobre ele.

perry escreveu um texto no qual explica o conceito de procrastinação estruturada. ele define a essência desse conceito se valendo do próprio ensaio como exemplo. em tradução tosca:

há meses tenho a intenção de escrever esse ensaio. por que estou finalmente fazendo isso? por que finalmente encontrei algum tempo sem compromissos? errado. tenho papers para avaliar, uma proposta da nsf (national science foundation) para julgar, rascunhos de dissertações para ler. eu estou escrevendo este ensaio como uma maneira de não fazer nenhuma dessas coisas.

mais um para a galeria de heróis.


sexta-feira, março 04, 2005
 



 Posted by Hello

killcity

there is no need to call an ambulance/yr going home in a cosmic ambience

when it was announced that killcity were going to release their version of the babyshambles track 'hooligans on e', written by london underground poet-laureate pete libertine and pete killcity - there were guffaws, worry, wonder, annoyance ........ would it be good enough? is it good enough? why? fears had dissipated when alan mcgee previewed the track on his bbc2 radio show - death disco.

holy fuck. it is a true teenage trash anthem.

well, it is.

2004 was a strange year for killcity - from being remixed by sir andrew innes of primal scream, opening up for the libertines at the now legendary brixton academy shows, charting their last single ?just like bruce lee' to appearing on the razorlight single 'rip it up', covering 'fairytale of new york' - as alan mcgee often puts it - is it their fault that their life is a movie? who gives a shit as long as the music is good.

and now, 2005 begins again for killcity with 'hooligans on e'. though its been around the pete d scene for quite some time in the form of mp3 demo, killcity's version, kicks out the flaws and rocks like a pop mc5 watching tears go by like a sister song that the rolling stones wrote for marianne faithful.

with a scratchy '77 riff, a two-chord organ it is a stumbling walk around king's cross to the neo-post-punk disko as the ghosts of 'rip her to shreds' blondie and nyc junkie boy-bands invade killcity, in this ode to pure burberry chav-dom charm. yet, it transcends even that as lisa glides over her vocals with pure emotion as she sings 'i like you - can i join your gang' until it floats through the council estates and endless rows of concreted head fuck buildings. 'hooligans on e' is pure dreaming.

and yet, like the streets and the libertines, 'hooligans on e' is another pop classic soundtrack to a truly technicolour england way-of-living, that, transcends the tribalism of the rites of football; cheap drugs and chips into something beautiful, something uplifting, something heartwarming like hooligans on e. and everyone at poptones.co.uk can't stop playing it.


quarta-feira, março 02, 2005
 


don't forget the songs that made you cry, and the songs that saved your life

o suplemento megazine, do jornal o globo "se inspirou" no livro "31 canções", do autor inglês nick hornby, que está sendo lançado no brasil pela editora rocco , e pediu que 31 pessoas comentassem uma música que marcou suas vidas.

o livro, em uma definição sucinta do próprio hornby, é uma coleção de ensaios sobre canções que ele amava.

a versão original do livro traz um cd com as 31 canções escolhidas pelo autor, o que não acontece na edição brasileira.

os comentários, ou, por que não?, "ensaios" reunidos no megazine têm como "autores", entre outros, os músicos lobão, andré jung (baterista do ira!) e vanessa krongold (cantora do ludov), as vjs da mtv sarah e marina person, os escritores santiago nazarian e antonio prata, o skatista sandro dias, o mineirinho (quem?), e o surfista marcelo trekinho (quem???).

os beatles foram citados três vezes, ramones e chico buarque duas vezes, cada.

os "melhores":

uma romântica

sarah, vj da mtv:

"uma das músicas que mais me marcaram é a versão da elba ramalho para dia branco, de geraldo azevedo e renato rocha. ela marca meu namoro com o tiago. contei isso para a elba e ela cantou a música para nós dois durante um jantar".

um atleta

sandro dias, o skatista mineirinho

especial como você", do cpm 22, me marcou por dois motivos. primeiro, porque ela me lembra da fabíola (silva, patinadora), minha namorada. logo no começo do namoro eu colocava essa música para tocar quando estava com ela. em segundo lugar, porque era essa música que estava tocando quando eu acertei pela primeira vez na vida a manobra 900".

um teórico

bruno medina, tecladista do los hermanos

"lá pelos idos de 1996 tive contato com um disco de uma ainda desconhecida banda californiana chamada weezer. poderia ser mais um disco de rock, mais uma cópia de alguma coisa que deu certo. no entanto, as canções desse despretensioso cd fazem dele um marco. ele combina a delicadeza e o lamento do samba " (!!!) "com a sujeira e a pungência do rock. a música que sintetiza isso é say it ain't so".

(!!! meus)

agora, falando sério, o melhor mesmo só poderia ser o cartunista allan sieber:

"quando ouvi pela primeira vez lutar matar, do (grupo punk paulista) olho seco, foi como se tivessem me transportado para um lugar onde moleques sem grana e com ódio como eu se encontravam para dividir seu rancor juvenil".

...

se eu tivesse que fazer uma lista de canções que marcaram minha vida, por certo não ia conseguir parar em 31, repetiria várias bandas e artistas, precisaria de alguns cds para gravar a seleção, e encheria páginas e mais páginas com recordações e impressões nada brilhantes que só interessariam a mim mesmo.

se me limitasse a uma lista no estilo das feitas pelos personagens do livro de nick hornby, alta fidelidade, sem pensar muito, e sem comentários, acho que seriam (em "ordem cronológica"):

disorder - joy division
how soon is now - the smiths
creep - radiohead
debaser - pixies
in bloom - nirvana


mas se estivesse que escolher apenas uma, ficaria com creep.

porque?

'cause i'm a creep. i'm a weirdo.

ora.

...

ah; as 31 canções do nick hornby:

1. your love is the place where i come from: teenage fanclub

2.thunder road: bruce springsteen

3. - i’m like a bird: nelly furtado

4. - heartbreaker: led zeppelin

5. - one man guy: rufus wainwright

6. - samba pa ti: santana

7. - mama you been on my mind: rod stewart

8. - can you please crawl out your window?: bob dylan

9. - rain: beatles

10. - you had time: ani difranco

11. - i’ve had it: aimee mann

12. - born for me: paul westerberg

13. - frankie teardrop: suicide

14. - ain’t that enough: teenage fanclub

15. - first i look at the purse: j. geils band

16. - smoke: ben folds five

17. - a minor incident: badly drawn boy

18. - glorybound: the bible

19. - caravan: van morrison

20. - so i’ll run: butch hancock & marce lacouture

21. - puff the magic dragon: gregory isaacs

22. reasons to be cheerful, part 3: ian dury & the blockheads

23. - the calvary cross: richard e linda thompson

24. - late for the sky: jackson browne

25. - hey self defeater: mark mulcahy

26. - needle in a haystack:the velvelettes

27. - let’s straighten it out: o.v. wright

28. - röyksopp’s night out: röyksopp

29. - frontier psychiatrist: the avalanches

30. - no fun/push it: soulwax

31. - pissing in a river: patti smith group


ora.