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sábado, julho 28, 2007

domingo, julho 22, 2007
 
as grandes e as pequenas tragédias

grandes tragédias provocam comoção geral pela imprevisibilidade com que ocorrem e porque têm o dom de gerar empatia e sentimentos de solidariedade humana. nós nos imaginamos no lugar dos que foram vitimados por elas e chegamos a sentir uma parcela ínfima da dor dos que perderam entes queridos.

as pequenas, no entanto, graças à repetição diária sob nosso olhar complacente, acabam por anestesiar a compaixão pelo outro e tornar banal a convivência com o sofrimento alheio.


drauzio varella : fsp


sexta-feira, julho 20, 2007
 
caro diário : hoje

quem não vive agora não vive nunca. o que você está fazendo?

piet hein


sexta-feira, julho 06, 2007
 
caro diário : caminhando

há anos eu digo pra mim mesmo que preciso me reinventar, fechar pra balanço e reabrir. enfim: mudar.

quem me conhece sabe disso.

algumas pessoas devem, inclusive, ter se afastado cansadas de esperar por essa mudança, por alguma mudança. e cansadas dessa ladainha de reinvenção.

uns poucos não se afastaram talvez porque meu jeito de ser não as incomodava ou porque continuaram acreditando que algum dia alguma mudança tinha que acontecer. alguns, inclusive, de uma forma ou de outra, perto ou longe, me deram força nesse sentido. a eles sou grato.

de uns tempos pra cá sinto que estou mudando. mesmo.

já senti algo parecido antes, mas dessa vez é mais intenso.

dessa vez parece que eu quero mesmo. talvez essa seja uma das diferenças.

...

às vezes tenho a sensação de que já vivi algumas vidas, nessa vida mesmo. por isso falo de coisas acontecidas em vidas passadas, ou em outras vidas. vidas vividas por outros eus.

o novo eu que está surgindo não é melhor do que os outros eus de vidas passadas.

nem mesmo melhor do que o eu mais recente. que, convenhamos, andava muito sinistro.

é diferente.

acho que algumas características de eus passados podem muito bem ser recicladas, aproveitadas agora.

por exemplo: de vez em quando tenho saudade daquele eu que gostava de desenhar, copiando personagens de histórias em quadrinhos, criando revistinhas toscas que só ele lia, e até mesmo enchendo cadernos com redes de linhas elétricas, postes, casas.

e daquele outro que escrevia textinhos patéticos que pensava transformar em letras de música ou quem sabe publicar em alguma revistinha ou jornalzinho tosco.

também daquele que conseguia escrever algumas páginas "analisando" um livro, um texto, um poema.

teve um que até conseguiu escrever um livro! ele não foi publicado, mas deu um trabalhão [gostoso] e o sujeito até recebeu adiantamento de direitos autorais.

isso definitivamente foi em uma outra vida.

o eu que gostava de correr e que se imaginava competindo em uma olimpíada um dia, como o joaquim cruz, já está de certa forma de volta. por enquanto, reaprendendo a caminhar.

...

não sei muito bem o que dizer desse novo eu.

[ia colocando um - ? - antes da palavra novo, mas, ora bolas, é novo sim.]

nem melhor, nem pior. diferente. e estou me sentindo bem.

uma amiga me disse que não mudamos, que na essência continuamos os mesmos.

será que, na essência, tenho algo de bom?

ela também me disse que o que acontece é que nos abrimos para outras coisas, isso sim. e que esse é um caminho muito longo.

sim, eu sei de ambas as coisas.

outro amigo me falou que é possível tirar prazer das coisas mais cotidianas, como, por exemplo, lavar pratos.

estou aprendendo [ou reaprendendo] isso também.

o humilde cotidiano. a humilde verdade. o amor pelas coisas simples.

...

sinto que algumas pessoas estão gostando das mudanças.

por outro lado, talvez outras acabem se afastando exatamente por causa delas.

talvez algumas se reaproximem. outras venham.

não sei ainda onde essa caminhada vai dar.

mas repito : me sinto bem.

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