o trabalho liberta |
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verba volant, scripta manent tempus fugit 2008 01 2007 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2006 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2005 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2004 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2003 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2002 12 11 10 09 Check me out! audioscrobbler my del.icio.us |
sexta-feira, abril 30, 2004
Excelente reportagem de Juca Guimarães no Agora São Paulo de hoje mostra como Dona Cota, uma senhora de 80 anos de idade, que vive em Capão Redondo, zona sul de São Paulo, sobrevive com um salário mínimo por mês. Ela faz seu próprio sabão, cultiva uma horta em casa, toma apenas café preto pela manhã, não compra roupa nova há oito anos e, mesmo assim, acumula dívidas. Ainda o Programa do Jacaré Gilberto Kasting, que trabalha na produção do Programa do Jacaré, tem um blog, no qual escreve algumas notas sobre os bastidores das gravações. Há um pequeno texto sobre o sensacional Rodela, e algumas fotos, entre elas do próprio (Rodela), do Trio Los Angeles, da dupla Mato Grosso & Mathias e do cantor Silvio Brito. Pena que não tem do Remela de Gato. falando em programas "populares", de igual para igual Ratinho lembra meus parentes açougueiros (fico enternecido com isso) e, depois, ele tem a ciência dos arrasta-pés lá do norte do Paraná, conta com uma equipe de humoristas (ou circo de horrores) de primeira qualidade e tem os preconceitos na medida certa. Algo que fica entre um autoritarismo bovino e lacrimejante e o escracho cúmplice, de igual para igual: alguém aí, por acaso, já levou a diarista para um bate-coxa no bailão da Miltinha? (Um beijo, Araci!) (...) Nem mesmo o Chacrinha, cujo marketing tropicalista lhe garantia verossimilhança, jamais chegou perto e/ou conseguiu inventar mentira mais próxima da realidade. Que nunca foi odara nem colorida. Sob este aspecto, digo, repito e acrescento, Ratinho é o maior comunicador e “entendedor de povo” que este país mambembe já teve notícia. Senão por fineza, por merecimento e equivalência. Marcelo Mirisola quinta-feira, abril 29, 2004
quarta-feira, abril 28, 2004
Um post do Psycho sobre a Rede TV!, que, segundo ele, vai se tornar em breve “uma referência da história da televisão trash brasileira”, me fez lembrar de um dos melhores programas exibidos pela TV no momento, que passa de madrugada na Rede 21 e que por certo vai se tornar referência: o Programa do Jacaré. O horário anunciado no site é 06h00, mas às vezes ele também é exibido mais cedo, geralmente depois das 02h00, após Seinfeld. É um programa de auditório, que reúne as características mais comuns a outros do gênero: um apresentador, digamos, carismático, apresentação de calouros, jurados (na verdade apenas um), “artistas” de estilos variados, bailarinas (que, às vezes, rebolam mesmo sem música). Jacaré, o apresentador é descrito no site do programa como “um homem simples, alegre e divertido”, que “passa sempre uma energia positiva”. Ele, que começou sua carreira na televisão apresentando um comercial de informática, passou a comandar um programa de auditório por causa de sua semelhança com o apresentador Ratinho. A apresentação de calouros é bizarra: Jacaré anuncia o dito cujo e o bairro de onde ele vem, “Zé Maria, do Capão Redondo”, por exemplo, que se esgoela sob uma base de karaokê. Quase todos têm uma qualidade abaixo do péssimo, se é que isso é possível. Ao final da apresentação, o único jurado, Laguna, com um sotaque da Mooca, esculhamba o calouro e, geralmente, o manda ou para o “hospício”, ou para a “prisão”. Essa tarefa é de responsabilidade de outros personagens que participam do programa. O mais impressionante deles é o Rodela um homem que se veste de mulher e que faz caretas indescritíveis com a boca. Tempos atrás ele podia ser visto com freqüência na rua Barão de Itapetininga, centro de São Paulo, ganhando uns trocados com suas performances. A propósito, ele já trabalhou no programa do Ratinho. Outro dos que têm maior participação é um anão, que ultimamente tem usado fantasias de bichos e coisas assim e, claro, é o mais ridicularizado pelos outros personagens. J. Filho, óculos de sol, peruca, boné, imensa barriga de fora, é simplesmente medonho. Fumaça é o negro que não poderia faltar, e que toca um tecladinho de churrascaria durante a apresentação dos calouros. Esses personagens protagonizam quadros “humorísticos”, como uma esquete das “Lojas Sei Lá”, claro, uma tiração de sarro com a C & A. Nos últimos tempos o programa tem recebido convidados um pouco mais conhecidos, como o histórico Trio Los Angeles. Mas a maioria é de desconhecidos, como o impagável grupo Remela de Gato. A platéia é outro espetáculo à parte: em sua maioria, senhoras, que não consigo imaginar como são recrutadas. Mas quem quiser pode agendar uma visita para assistir a gravação em Barueri. O site do programa informa que ele teria uma média diária de 200.000 telespectadores, segundo o Ibope. Sei, sei. No site da Rede 21 o programa nem é mencionado. Aparece na grade de programação na parte de “infomerciais”, série de “produções independentes com ofertas de serviços e produtos, além de programas de conteúdo dirigido a públicos específicos”, com o cuidado de dizer que essas “emissões são de responsabilidade de seus realizadores”. No horário reservado ao programa consta o nome da Ultrafarma, empresa que vende remédios a preços bem abaixo do mercado, e que tem seus próprios programas para venda de produtos, apresentados antes do Jacaré. Esses programas são apresentados por um tal de Castilho, que entrevista velhinhos que saem das mais longínquas partes da cidade para comprar remédios na Ultrafarma, localizada perto da estação Saúde do metrô. Nessas entrevistas, aproveita para defender os aposentados e atacar os políticos. Castilho tinha um blog intitulado "Castilho Vereador 2004", no qual se definia como "humorista, mágico amador e amador profissional". Humilde, mudou para outro blog, "Castilho Presidente 2010". Ele, inclusive, tem uma espécie de programa de auditório, no qual recebe convidados que falam sobre sua experiência com produtos vendidos pela Ultrafarma, como Health Plus (para combater o estresse, e do qual o próprio Jacaré, que teve um enfarto tempos atrás, é garoto-propaganda) e Bio Redux. Durante o programa do Jacaré também são exibidos comerciais com depoimentos de “gente famosa” falando sobre a Ultrafarma, como Ronnie Von e Lima Duarte. Dia desses o Laguna disse, no programa, que Jacaré deverá ser contratado pela Rede TV!. Brincadeira ou não, por mais tosca que seja essa emissora, não posso deixar de temer pela descaracterização do programa, que certamente teria mais recursos para ser produzido e perderia sua tosquice "pura". terça-feira, abril 27, 2004
...i will be your accident if you will be my ambulance and I will be your screeching crash if you will be my crutch and cast and I will be your one more time if you will be my one last chance... segunda-feira, abril 26, 2004
quinta-feira, abril 22, 2004
estou indo cumprir parte da life sentence em outro pavilhão, junto à natureza. ha. espero sobreviver a possíveis câmaras de gás, aos hippies, e, principalmente, à natureza. terça-feira, abril 20, 2004
combustão espontânea isto me lembra que preciso colocar o lixo pra fora com mais frequência: comida em apodrecimento causa incêndio nos EUA sexta-feira, abril 16, 2004
radiohead.com i work for a very large company. i worry that i may lose my job. i worry about the consequences of my actions. sometimes i am terrified of getting out of bed in the morning. i often dream of headless horsemen. i am not good to be around when the moon is full. i haven't had any good action in months. radiohead.com the more that i struggle the further i get in trouble the more i erase you the more you appear any other time any other time please not now never ever never ever never ever pick up the phone calm down take three of these with a glass of water shut up oh no it doesn't oh yes it does you should be with me we should be together no we shouldn't no we shouldn't oh dear how sad never mind oh dear how sad never mind pass it round down is the new up quarta-feira, abril 14, 2004
(lost my life in cheap wine) taillights fade buffalo tom sister can you hear me now the ringing in your ears i'm down on the ground my luck's been dry for years i'm lost in the dark and i feel like a dinosaur broken face and broken hands i'm a broken man i've hit the wall i'm about to fall but i'm closing in on it i feel so weak on a losing streak watch my taillights fade to black i read a thing about this girl she was a hermit in her world her story was much like mine she could be my valentine and although we've never met i won't forget her yet she cut herself off from her past now she's alone at last i feel so sick lost love's last licks but i'm closing down on it i feel so weak on a losing streak watch my taillights fade to black lost my life in cheap wine now it's quiet time cappy dick nor jesus christ could not help my fate but i'm underneath a gun i'm singing about my past had myself a wonderful thing but i could not make it last i've hit the wall i'm about to fall but i'm closing in on it i feel so small underneath it all watch my taillights fade to black ...watch my taillights fade ...watch my taillights fade ...watch my taillights fade © 1991 scrawny music, bmi (fanx mama junkie) quarta-feira, abril 07, 2004
terça-feira, abril 06, 2004
tears are cool teenage fanclub (vamos celebrar o aniversário do s.f. juntos, velhinhos) i wanna talk to you don't want something that i get for nothing i wanna talk to you i know when something isn't worth discussing you might say i know but you always knew i could be unkind but i can't be cruel all my lies are false but your heart is true when i see you cry i think tears are cool i wanna talk to you i don't wanna lover that i take for granted i wanna talk to you i wanna say something that you'll find romantic i don't say my prayers but i pray for you i might say who cares but i know you do you're the one who knows that my lies aren't true when i see you cry i think tears are cool insônia álvaro de campos não durmo, nem espero dormir. nem na morte espero dormir. espera-me uma insônia da largura dos astros, e um bocejo inútil do comprimento do mundo. não durmo; não posso ler quando acordo de noite, não posso escrever quando acordo de noite, não posso pensar quando acordo de noite — meu deus, nem posso sonhar quando acordo de noite! ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer! não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo, e o meu sentimento é um pensamento vazio. passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam — todas aquelas de que me arrependo e me culpo; passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam — todas aquelas de que me arrependo e me culpo; passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada, e até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo. não tenho força para ter energia para acender um cigarro. fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo. lá fora há o silêncio dessa coisa toda. um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer, noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir. estou escrevendo versos realmente simpáticos — versos a dizer que não tenho nada que dizer, versos a teimar em dizer isso, versos, versos, versos, versos, versos... tantos versos... e a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim! tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir. sou uma sensação sem pessoa correspondente, uma abstração de autoconsciência sem de quê, salvo o necessário para sentir consciência, salvo — sei lá salvo o quê... não durmo. não durmo. não durmo. que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma! que grande sono em tudo exceto no poder dormir! ó madrugada, tardas tanto... vem... vem, inutilmente, trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta... vem trazer-me a alegria dessa esperança triste, porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança, segundo a velha literatura das sensações. vem, traz a esperança, vem, traz a esperança. o meu cansaço entra pelo colchão dentro. doem-me as costas de não estar deitado de lado. se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado. vem, madrugada, chega! que horas são? não sei. não tenho energia para estender uma mão para o relógio, não tenho energia para nada, para mais nada... só para estes versos, escritos no dia seguinte. sim, escritos no dia seguinte. todos os versos são sempre escritos no dia seguinte. noite absoluta, sossego absoluto, lá fora. paz em toda a natureza. a humanidade repousa e esquece as suas amarguras. exatamente. a humanidade esquece as suas alegrias e amarguras. costuma dizer-se isto. a humanidade esquece, sim, a humanidade esquece, mas mesmo acordada a humanidade esquece. exatamente. mas não durmo. illusion "never is a man or a deed wholly sansara or wholly nirvana; never is a man wholly a saint or a sinner. this only seems so because we suffer the illusion that time is something real." siddhartha - hermann hesse o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? isto é sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. e isto aqui é a população de sansara. o que melhor podeis esperar? 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god damn, jesus fucking christ almighty, love me, me, me, we could go on a trial basis, please I don´t care if it´s the out-of-the-in-crowd, I just need a crowd, a gang, a reason to smile. pixie meat´s journal, whatever quinta-feira, abril 01, 2004
Para Nina Que a vida seja, pelo menos, mais vezes bonita do que feia, apesar de tudo. Whatever. What's Good - The Thesis Lyrics Lou Reed Life's like a mayonnaise soda and life's like space without room And life's like bacon and ice cream that's what life's like without you Life's like forever becoming but life's forever dealing in hurt Now life's like death without living that's what life's like without you Life's like Sanskrit read to a pony I see you in my mind's eye strangling on your tongue What's good is knowing such devotion I've been around - I know what makes things run What good is seeing eye chocolate what good's a computerized nose And what good was cancer in April why no good - no good at all What good's a war without killing what good is rain that falls up What good's a disease that won't hurt you why no good, I guess, no good at all What good are these thoughts that I'm thinking It must be better not to be thinking at all A styrofoam lover with emotions of concrete no not much, not much at all What's good is life without living what good's this lion that barks You loved a life others throw away nightly it's not fair, not fair at all What's good? oh, baby, what's good? What's good? what's good? not much at all Hey, baby, what's good? (what's good?) What's good? (what's good?) what's good? (what's good?) not much at all What's good? (what's good?) what's good? (life's good) Life's good (life's good) what's good? (life's good) but not fair at all |