o trabalho liberta |
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verba volant, scripta manent tempus fugit 2008 01 2007 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2006 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2005 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2004 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2003 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 2002 12 11 10 09 Check me out! audioscrobbler my del.icio.us |
domingo, março 30, 2003
sábado, março 29, 2003
Vi* disse tudo: Robert Fisk faz um trabalho que vai muito além do jornalismo. Este texto, por exemplo, escrito pouco antes do início do ataque ordenado por Bush Jr., é formidável: "Das margens do rio Tigre -uma versão enlameada do Volga de Stalingrado- observei ontem à noite os pescadores jogando suas linhas para os peixes "masghouf" que os bagdalis comem depois do pôr-do-sol. A proposta de resolução da ONU é retirada? Tony Blair convoca uma reunião de emergência de gabinete? Bush vai falar ao povo americano? Bagdá, ao que parece, caminha sonâmbula em direção a seu lugar na história". Poesia (no melhor sentido da palavra) pura. Fisk foi atacado, apedrejado, por refugiados do Afeganistão, em 2001, no Paquistão. Suas palavras a respeito: "I don't want this to be seen as a Muslim mob attacking a Westerner for no reason. They had every reason to be angry - I've been an outspoken critic of the US actions myself. If I had been them, I would have attacked me." Aqui tem uma entrevista com o próprio. Cortesia dela. What a demented cover. It's like it has to be a joke, but it's not. Music is unfortunately very un-weird. Mais aqui sexta-feira, março 28, 2003
promises fugazi words words and expressions all these confessions of where we stand how i see you and you see me dedications of symmetry together we will be forever promises are shit we speak the way we breathe present air will have to do rearrange and see us through stupid fucking words they tangle us in our desires free me from this give and take free me from this great debate there were no truer words than when spoken let that stand as it should there was nothing left when broken we grab anything when we fall promises are shit we speak the way we breathe present air will have to do rearrange and see us through stupid fucking words they tangle us in our desires free me from this give and take free me from this great debate you will do what you do i will do what i do we will do what we do rearrange and see it through go where you think you want to go do everything you were sent here for fire at will if you hear that call touch your hand to the wall at night promises words {note to self} bad mouth fugazi you can't be what you were so you better start being just what you are you can't be what you were time is now and it's running out you can't be what you were so you better start living the life that you're talking about you can't be what you were no movement, no movement, no movement in a bad mouth it betrays a bad mind waiting room fugazi i am a patient boy i wait, i wait, i wait my time is like water down a drain everybody's moving, everything is moving please don't leave me to remain in the waiting room i don't want the news i'm not a part of it i don't want the news i have no use for it sitting outside of town everybody's always down because... they can't get up but i don't sit idly by i'm planning a big surprise i'm gonna fight for what i want to be i won't make the same mistakes because i know how much time that wastes function is the key in the waiting room quarta-feira, março 26, 2003
O inferno é um lugar onde ninguém mais acredita em soluções Tem um texto do Ingmar Bergman do qual eu gostava muito, e que durante muito tempo tentei negar. Juro que tentei. Estaria tentando enganar a mim mesmo? Momentos como o atual, por várias razões, tornam o texto mais uma vez significativo. Pra mim, pelo menos. Trata-se de um trecho de “Cenas de um casamento”. Johan e Marianne eram um típico casal, vivendo dentro do que Bergman chama de “ideologia da segurança material”. Então, um dia, claro, a harmonia se rompe. Ele se diz apaixonado por outra mulher e vai embora. Tempos depois eles se encontram e ocorre uma conversa terrível, da qual reproduzo o trecho abaixo: Johan: “Uma pessoa precisa ter sua segurança dentro de si mesma. (...) você quer saber em que consiste minha segurança absoluta? Vou lhe contar. Eu penso assim: a solidão é absoluta. É uma ilusão uma pessoa convencer-se de outra coisa. Tome consciência disso. Não espere nada, nada a não ser um inferno na terra. Se acontecer algo de agradável, melhor. Não acredite nunca que você poderá quebrar a solidão. Ela é absoluta. Você poderá fazer poesia sobre coexistência em vários planos, mas ainda assim será apenas poesia sobre religião, política, amor, arte e assim por diante. A solidão é total da mesma maneira. A ratoeira está na possibilidade de ela poder ser alguma vez dominada por uma miragem de coexistência. Esteja consciente de que é uma ilusão. Assim, você não ficará decepcionada depois, quando tudo voltar ao seu normal. Uma pessoa tem de viver pelo instinto da solidão absoluta. Nessa altura, a pessoa deixa de lamentar-se, deixa de afligir-se. É aí que a pessoa, de fato, passa a sentir-se bastante segura e aprende a aceitar a falta de sentido da vida com uma certa satisfação. Com isso não quero dizer que a pessoa se torne passiva. Acredito que se deve lutar o mais possível e o melhor possível. Por nenhuma razão a não ser a de que uma pessoa se sente melhor fazendo o seu melhor do que desistindo”. Marianne: “Eu desejaria estar tão certa como você”. Johann: “Palavras, palavras, palavras. A gente usa as palavras para esconjurar o grande vazio. Aliás é estranho. Você já pensou como o vazio faz mal? A gente poderia pensar que eventualmente o vazio deveria dar tonturas ou enjôos espirituais. Mas o meu vazio faz mal de uma maneira física. Ele dói como se fosse uma queimadura. Ou como quando a gente era pequeno e chorava e todo o corpo por dentro ficava dolorido”. (tradução de Jaime Bernardes) Palavras, palavras, palavras. Quando estou só reconheço Se por momentos me esqueço Que existo entre outros que são Como eu sós, salvo que estão Alheados desde o começo. E se sinto quanto estou Verdadeiramente só, Sinto-me livre mas triste. Vou livre para onde vou, Mas onde vou nada existe. Creio contudo que a vida Devidamente entendida É toda assim, toda assim. Por isso passo por mim Como por cousa esquecida. Fernando Pessoa my everyday life you have 0 unread messages comment (0) ** red entries indicate your own hits to the site words on a gravestone: I waited but you never came "A guerra parece ser tão antiga quanto a humanidade, mas a paz é uma invenção moderna". Sir Henry Maine, citado por Nicolau Sevcenko, em excelente texto publicado na Folha de S. Paulo da sexta-feira passada. terça-feira, março 25, 2003
where i end and you begin radiohead there's a gap in the between there's a gap where we meet where i end and you begin and i'm sorry for us the dinosaurs roam the earth the sky turned green where i end and you begin i am up in the clouds i am up in the clouds and i can't and i can't come down i can watch and can't take part where i end and where you start where you you left me alone you left me alone i'll mark the place like parting the waves like a house falls in the sea i will eat you all alive i will eat you all alive i will eat you all alive i will eat you all alive and there'll be no more lies there'll be no more lies there'll be no more lies there'll be no more lies Hail To The Thief Radiohead will release their sixth album 'Hail To The Thief' on Parlophone on June 9. This will be preceded by the single 'There There' on May 26. 'Hail To The Thief' features 14 tracks and was recorded in Oxfordshire and Los Angeles. It was produced by Nigel Godrich and Radiohead, and mixed by Nigel Godrich. The track listing is: 2 + 2 = 5 Sit Down. Stand Up. Sail To The Moon. Backdrifts. Go To Sleep. Where I End And You Begin. We Suck Young Blood. The Gloaming. There There. I Will. A Punch-Up at a Wedding. Myxamatosis. Scatterbrain. A Wolf At The Door. The group will play a short tour of the UK and Ireland in May. The seven dates were announced at the weekend through their website, and sold out immediately. The tour begins in Dublin on May 17. MAY 17 DUBLIN OLYMPIA 18 DUBLIN OLYMPIA 19 BELFAST WATERFRONT 21 EDINBURGH CORN EXCHANGE 22 MANCHESTER APOLLO 24 LONDON SHEPHERDS BUSH EMPIRE 25 LONDON SHEPHERDS BUSH EMPIRE The group have extensive touring plans for the rest of the year. They will headline Glastonbury on Saturday June 28 and will also be headlining a series of festivals in Europe. Further dates are to be announced. sexta-feira, março 21, 2003
Contardo Calligaris, como sempre, formidável: Outsider "...um grupo de adolescentes entra num clube. Alguns vão direto para a pista, empolgam-se e dançam sem saber com quem. Outros aproximam-se do bar e entram em conversas animadas. Mas sempre há alguém que não se encaixa: fica afastado, observa e pensa. Excluído por sua incapacidade de enturmar-se, eventualmente ressentido, ele procura conforto no esforço de sua jovem inteligência. Despreza a facilidade com a qual os outros se entregam à frivolidade. Tenta se lembrar da seriedade trágica da vida: morte, doença, separações, covardias, miséria, conflitos, falsa consciência. A crítica é, para ele, uma maneira de conquistar um lugar no mundo: não consegue dançar na pista e resolve sua solidão assumindo a função de cassandra. No melhor dos casos, esse jovem reconhece também que seu exercício crítico é apenas uma compensação narcisista: não sei brincar, mas -olhem para mim- contemplo de cima a fatuidade do mundo". quinta-feira, março 20, 2003
Pretendia escrever algo mas, ouvindo Fellini hoje pela manhã percebi que não há nada mais perfeito para ser publicado aqui, neste momento, do que ... Nada Fellini nada a ver nada especial nada a falar nada a fazer não responder não perguntar não reclamar desaparecer nada a tocar não frequentar não trabalhar nada a dizer nada! nada a ver nada especial nada a falar nada a fazer não responder não perguntar nada mal desaparecer nada a tocar não frequentar não trabalhar nada a dizer terça-feira, março 18, 2003
Palavra do dia mudança . [De mudar + -ança.] S. f. 1. Ato ou efeito de mudar(-se); muda. 2. Os móveis e os pertences, em geral, das pessoas que se mudam: A mudança já saíra, e a casa, afinal, ficara vazia de todo. 3. Bras. SC Família ou pessoa que se mudou. 4. Bras. Autom. V. alavanca de mudanças. 5. Mús. V. tom (18). Mudança de código. E. Ling. 1. Numa comunidade plurilíngüe, o uso de uma língua em detrimento de outra(s), em razão da situação em que o falante se encontra, ou do tema abordado em sua fala. [Ao contrário do que ocorre em situações de diglossia (q. v.), o falante pode não se dar conta da passagem de uma língua para outra.] Comentários Os dois ou três "visitantes regulares" desse site devem perceber que quase ninguém comenta o que aqui é publicado. Apesar disso utilizo o serviço do Haloscan para eventuais comentários. Demorou, mas o serviço começou a apresentar problemas frequentes e irritantes. Nos últimos dias alguns comentários simplesmente sumiram. Imagino que as pessoas que os fizeram consideraram que eu os tinha deletado - mas não foi isso que aconteceu. . E pior: ao visitar o site oficial não consigo mais efetuar login (recebo o aviso de "access denied"). Cheguei a pensar que estava sendo alvo de alguma trapaça mas pelo jeito o problema é do serviço mesmo. A informação mais recente a respeito é essa, do dia 15.03: "Server work in progress We're doing some routine maintenance on the server. We will have the commenting restored later today. We've restored the commenting but a couple of the most recent posts from a few accounts may be missing. Those comments are safe however and will be resynced later". Então, às pessoas que postaram comentários que posteriormente sumiram, perdão. sexta-feira, março 14, 2003
I Can't Find My Way Home Teenage Fanclub I can't find my way home It's always there when I'm gone Stuck in time since I moved on What I've got is what's here What you say is what I hear Far away life don't come near Where I go, I go and I know where I go wrong What I know, I know and I know where I belong My mind's made up and I know why Doubts cloud up my blue sky Seasons change and time goes by What I've found has changed me Change is what you can't see Being home is what found me Where I go, I go and I know where I go wrong What I know, I know and I know where I belong Where I go, I go and I know where I go wrong What I know, I know and I know where I belong As técnicas nazistas das agências de publicidade Ex-redator de criação de uma grande empresa, o escritor francês Frédéric Beigbeder revela os podres da propaganda em '$ 29,99', livro que, ao ser lançado, provocou sua demissão "Nunca disse que os publicitários são nazistas, mas que as técnicas de propaganda utilizadas por eles foram inventadas pelos nazistas. É um fato histórico indiscutível. E eu acrescento que certos publicitários têm reflexos racistas e totalitários (o desprezo pelos consumidores, o gosto do poder sobre as massas), que nos provoca arrepio nas costas. Sim, sei que é perigoso confiar na influência desses cretinos cínicos que não pensam em outra coisa que dinheiro". My poor brain Vou precisar de um desses muito em breve. Americanos criam 1ª prótese de cérebro Chip que substitui área do sistema nervoso relacionada à memória deverá ser testado em ratos em seis meses inércia . [Do lat. inertia.] S. f. 1. Falta de ação, de atividade; letargia, torpor. 2. Indolência; preguiça: "Pouco a pouco foi-o tomando um cansaço, uma inércia, uma infinita lassidão da vontade" (Eça de Queirós, Os Maias, II, p. 492) 3. Fís. Resistência que todos os corpos materiais opõem à modificação do seu estado de movimento. 4. P. ext. Resistência à mudança: inércia inflacionária. 5. Desus. Ignorância de qualquer arte. [Cf. inercia, do v. inerciar.] Do Aurélio quarta-feira, março 12, 2003
a pureza é um mito "...estou cansado de saber que este cansaço é que me mata, estou sabendo, vou vivendo assim por aí tudo e se você quiser repare, se não quiser esconda o rosto e não olhe mais, feche a porta e tenha coragem de não me deixar entrar mais nunca". ... -"Eu sei que vou morrer sozinho. Morrer sozinho é morrer na pior, bem odiado. Pode jogar praga que não pega mais. É bobagem. Quem quiser que se livre logo, não interessa. Por enquanto ainda estou vivo. Peço, tomo, pego, boto. Por enquanto está tudo legal. Tenho visto". T.N. 1972 ki·net·ic Pronunciation: k&-'ne-tik also kI- Function: adjective Etymology: Greek kinEtikos, from kinEtos, from kinein Date: 1864 1 : of or relating to the motion of material bodies and the forces and energy associated therewith 2 a : ACTIVE, LIVELY b : DYNAMIC, ENERGIZING 3 : of or relating to kinetic art Merriam Webster kinetic radiohead you`re being took for a ride playing all lazy please keep moving better keep moving don`t fall asleep at the wheel i waited for you but you never came please keep moving better keep moving kinetic... please keep moving better keep moving kinetic true love waits radiohead i'll drown my beliefs to have you be in peace i'll dress like your niece to wash your swollen feet just don't leave, don't leave and true love waits in haunted attics and true love wins on lollipops and crisps just don't leave, don't leave i'm not living i'm just killing time your tiny hands your crazy kiss and smile just lonely, lonely just lonely, lonely fog radiohead theres a little child running round this house and he never leaves he will never leave and the fog comes up from the sewers and glows in the dark baby alligators in the sewers grow up fast grow up fast anything you want it can be done how? how did you go bad? did you go bad? did you go bad? some things will never wash away did you go bad? did you go bad? terça-feira, março 11, 2003
LOST LABOR: Images of Vanished American Workers 1900-1980 is a selection of 155 photographs excerpted from a collection of more than 1100 company histories, pamphlets, and technical brochures documenting America's business and corporate industrial history. OK, quem sabe. Mas, afinal, como aquele personagem de Graciliano Ramos, "nunca presto atenção às coisas, não sei para que diabo quero olhos... Quando a realidade me entra pelos olhos, o meu pequeno mundo desaba". E uma amiga disse que pareço "enrijecido". (sem trocadalhos) Mais um adjetivo pra galeria. (meu vocabulário, em qualquer língua, é miserável) en.ri.je.ci.do adj (part de enrijecer) Enrijado. en.ri.ja.do adj (part de enrijar) Tornado rijo, duro. Sin: enrijecido. Do Michaelis E do Aurélio: enrijecer . [De en-2 + rijo + -ecer.] V. t. d. Int. P. 1. V. enrijar: "o cadáver de um velho que enrijecera com os braços levantados." (Adélia Prado, Cacos para um Vitral, p. 71) [Conjug.: v. aquecer.] Ouija board, Ouija board Morrissey Ouija board Would you work for me ? I have got to say Hello To an old friend Ouija board, ouija board, ouija board Would you work for me ? I have got to get through To a good friend Well, she has now gone From this Unhappy Planet With all the carnivores And the destructors of it Ouija board, ouija board, ouija board Would you help me ? Because I still do feel So horribly lonely Would you, ouija board Would you, ouija board Would you help me ? And I just can't find My place in this world She has now gone From this Unhappy Planet With all the carnivores And the destructors of it Oh hear my voice ("hear my voice") Oh hear my voice ("hear my voice") Hear my voice ("hear my voice") Hear my voice ("hear my voice") The table is rumbling ... The table is rumbling The glass is moving "No, I was NOT pushing that time" It spells : S.T.E.V.E.N The table is rumbling The glass is moving "No, I was NOT pushing that time" : P.U.S.H.O. double F. Well, she has now gone From this Unhappy Planet With all the carnivores And the destructors of it Boys Don't Cry The Cure I would say I'm sorry If I thought that it would change your mind But I know that this time I have said too much Been too unkind I try to laugh about it Cover it all up with lies I try and laugh about it Hiding the tears in my eyes Because boys don't cry Boys don't cry I would break down at your feet And beg forgiveness Plead with you But I know that it's too late And now there's nothing I can do So I try to laugh about it Cover it all up with lies I try to laugh about it Hiding the tears in my eyes Because boys don't cry I would tell you That I loved you If I thought that you would stay But I know that it's no use That you've already Gone away Misjudged your limit Pushed you too far Took you for granted I thought that you needed me more Now I would do most anything To get you back by my side But I just keep on laughing Hiding the tears in my eyes Because boys don't cry Boys don't cry Boys don't cry segunda-feira, março 10, 2003
zonzo . [Voc. onom., poss.] Adj. Bras. 1. V. tonto (1 e 2): "Bertoldo .... repetiu que assim poderíamos beber durante toda a noite, sem sentir nada ..... Concordei, com a cabeça já um tanto zonza." (Ézio Pinto Monteiro, Chico, p. 22.) Do Aurélio. Caro diário E nasceu Lívia, filha de Luciana (minha chefe) e Maurício (membro histórico da Gloriosa FUMA), um pouquinho antes do esperado. Bem-vinda! sexta-feira, março 07, 2003
Hoje pela manhã, ao ouvir essa música, em uma coletânea que veio na revista Uncut, me vieram lembranças de Dublin. Estranho, eu sei. Mas sei que alguém entende. Oh My Sweet Carolina Ryan Adams I went down to Houston And I stopped in San Antone I passed up the station for the bus I was trying to find me something But I wasn't sure just what Man I ended up with pockets full of dust So I went on to Cleveland and I ended up insane I bought a borrowed suit and learned to dance I was spending money like the way it likes to rain Man I ended up with pockets full of cane Oh my sweet Carolina What compels me to go Oh my sweet disposition May you one day carry me home I ain't never been to Vegas but I gambled up my life Building newsprint boats I race to sewer mains Was trying to find me something but I wasn't sure just what Funny how they say that some things never change Oh my sweet Carolina What compels me to go Oh my sweet disposition May you one day carry me home Up here in the city feels like things are closing in The sunsets just my light bulb burning out I miss Kentucky and I miss my family All the sweetest winds they blow across the south Oh my sweet Carolina What compels me to go Oh my sweet disposition May you one day carry me home May you one day carry me home E insistindo um pouco nessa metáfora um tanto óbvia, andei pensando que talvez, às vezes, seja preciso que aconteça um descarrilhamento, provocado pelas circunstâncias ou por outras pessoas, quando a gente não sabe muito bem se continuamos no trilho ou se largamos as bagagens, por exemplo. quinta-feira, março 06, 2003
Alvos, trilhos, atalhos, bagagens, amarras Não sou exatamente um grande apreciador da escrita de Ignácio de Loyola Brandão. Li dele, na adolescência, "Não verás país nenhum" e "O verde violentou o muro". Depois li alguns contos e textos escritos para sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Mas simpatizo com uma coisa ou outra. Ontem, em uma daquelas escavações lá em casa, achei um trecho de um conto, que eu tinha copiado em um caderno. E achei que tem a ver com um comentário recente do Gobira. Como ele escreveu, "O alvo é que que estraga a caminhada". E tem a ver, claro, com aquele tema que tem me angustiado nos últimos, vejamos, 150 anos. "Quando a gente nasce, colocam a gente num trilho.Chega uma época em que temos de decidir: continuar neste trilho e não ter surpresas, inseguranças, angústias. Ou saltar dele, correr pelo aterro, entrar nos atalhos e descobrir pelos próprios caminhos. Às vezes mais rápidos, eficazes. O trilho não traz surpresas, sempre se sabe que haverá estações pela frente. E gente para nos conduzir e nos cuidar. Os atalhos, estes sim, provocam receio. Não importa em que altura a gente se decida saltar dos trilhos. O importante é saltar fora deles, abandonando bagagens.Porque nessas bagagens estão todas as coisas que nos prendem, nos amarram". Ignácio de Loyola Brandão, em "Cadeiras Proibidas" A invenção da poesia brasileira Ribeiro Couto Eu escutava o homem maravilhoso, O revelador tropical das atitudes novas, O mestre das transformações em caminho: "-É preciso criar a poesia deste país de sol! Pobre da tua poesia e dos teus amigos, Pobre dessa poesia nostálgica, Dessa poesia de fracos diante da vida forte. A vida é força. A vida é uma afirmação de heroísmos quotidianos, De entusiasmos isolados donde nascem mundos. Lá vai passando uma mulher... chove na velha praça... Pobre dessa poesia de doentes atrás de janelas! Eu quero o sol na tua poesia e na dos teus amigos! O Brasil é cheio de sol! O Brasil é cheio de força! É preciso criar a poesia do Brasil”! Eu escutava de olhos irônicos e mansos, O mestre ardente das transformações próximas. Por acaso, começou a chover docemente Na tarde monótona que se ia embora. Pela vidraça da minha saleta morta Ficamos a olhar a praça debaixo d chuva lenta. Ficamos em silêncio um tempo indefinido... E lá embaixo passo um mulher sob a chuva. Está cada vez mais difícil escrever frases . Está cada vez mais impossível fazer sentido. Quando posso, finjo. (ou ... ctrl c + ctrl v) É tudo. ... Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. ... Álvaro de Campos Caro diário No último final de semana teve torneio da FUMA na nova sede campestre (propriedade de Arthur Kieling) da Gloriosa Associação, em Bragança Paulista. Fazia tempo que eu não ficava tão perto da, digamos, Natureza. Chamaram minha atenção para um tal de pôr-do-sol. Coisa estranha. Me espantei com a quantidade de estrelas que se pode ver à noite. Fomos à uma represa, onde vacas e bois (ou bichos parecidos com vacas e bois) ruminavam perto da água. Mas o momento mais emocionante foi quando uma cabra (ou coisa que o valha) invadiu a casa e (!) entrou na cozinha. Foi uma experiência interessante. Mas se ficássemos mais um dia acho que aquele ar puro, aquele cheiro de mato e etc. iam acabar me fazendo mal, tenho certeza. quarta-feira, março 05, 2003
[weekend soundtrack] Yellow Submarine Lennon - McCartney In the town where I was born Lived a man who sailed to sea And he told us of his life In the land of submarines So we sailed up to the sun Till we found the sea of green And we lived beneath the waves In our yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine And our friends are all on board Many more of them live next door And the band begins to play We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine As we live a life of ease Everyone of us has all we need Sky of blue and sea of green In our yellow submarine. We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine We all live in a yellow submarine, Yellow submarine, yellow submarine |