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domingo, março 30, 2003
 
Outro endereço. Outra vida.


sábado, março 29, 2003
 
Vi* disse tudo: Robert Fisk faz um trabalho que vai muito além do jornalismo. Este texto, por exemplo, escrito pouco antes do início do ataque ordenado por Bush Jr., é formidável:

"Das margens do rio Tigre -uma versão enlameada do Volga de Stalingrado- observei ontem à noite os pescadores jogando suas linhas para os peixes "masghouf" que os bagdalis comem depois do pôr-do-sol.
A proposta de resolução da ONU é retirada? Tony Blair convoca uma reunião de emergência de gabinete? Bush vai falar ao povo americano? Bagdá, ao que parece, caminha sonâmbula em direção a seu lugar na história".

Poesia (no melhor sentido da palavra) pura.

Fisk foi atacado, apedrejado, por refugiados do Afeganistão, em 2001, no Paquistão. Suas palavras a respeito:

"I don't want this to be seen as a Muslim mob attacking a Westerner for no reason. They had every reason to be angry - I've been an outspoken critic of the US actions myself. If I had been them, I would have attacked me."



Aqui tem uma entrevista com o próprio. Cortesia dela.


 
What a demented cover. It's like it has to be a joke, but it's not. Music is unfortunately very un-weird.


Mais aqui



 
Sensacional! Será que o Nick Cave conhece?





sexta-feira, março 28, 2003

 
promises

fugazi

words words and expressions
all these confessions
of where we stand
how i see you and you see me
dedications of symmetry
together we will be forever

promises are shit
we speak the way we breathe
present air will have to do
rearrange and see us through
stupid fucking words
they tangle us in our desires
free me from this give and take
free me from this great debate

there were no truer words
than when spoken
let that stand as it should
there was nothing left when broken
we grab anything when we fall

promises are shit
we speak the way we breathe
present air will have to do
rearrange and see us through
stupid fucking words
they tangle us in our desires
free me from this give and take
free me from this great debate

you will do what you do
i will do what i do
we will do what we do
rearrange and see it through
go where you think you want to go
do everything you were sent here for
fire at will if you hear that call
touch your hand to the wall at night

promises

words


 
{note to self}

bad mouth

fugazi

you can't be what you were
so you better start being
just what you are
you can't be what you were
time is now and it's running out
you can't be what you were
so you better start living
the life that you're talking about
you can't be what you were
no movement, no movement, no movement
in a bad mouth
it betrays a bad mind


 
waiting room

fugazi

i am a patient boy
i wait, i wait, i wait
my time is like water down a drain
everybody's moving, everything is moving
please don't leave me to remain
in the waiting room

i don't want the news
i'm not a part of it
i don't want the news
i have no use for it

sitting outside of town
everybody's always down because...
they can't get up

but i don't sit idly by
i'm planning a big surprise
i'm gonna fight for what i want to be

i won't make the same mistakes
because i know how much time that wastes
function is the key

in the waiting room


quarta-feira, março 26, 2003

 
Quer saber? Eu queria que alguém me convencesse do contrário.


 
O inferno é um lugar onde ninguém mais acredita em soluções

Tem um texto do Ingmar Bergman do qual eu gostava muito, e que durante muito tempo tentei negar. Juro que tentei. Estaria tentando enganar a mim mesmo?

Momentos como o atual, por várias razões, tornam o texto mais uma vez significativo. Pra mim, pelo menos.

Trata-se de um trecho de “Cenas de um casamento”.

Johan e Marianne eram um típico casal, vivendo dentro do que Bergman chama de “ideologia da segurança material”.

Então, um dia, claro, a harmonia se rompe. Ele se diz apaixonado por outra mulher e vai embora.
Tempos depois eles se encontram e ocorre uma conversa terrível, da qual reproduzo o trecho abaixo:

Johan: “Uma pessoa precisa ter sua segurança dentro de si mesma. (...) você quer saber em que consiste minha segurança absoluta? Vou lhe contar. Eu penso assim: a solidão é absoluta. É uma ilusão uma pessoa convencer-se de outra coisa. Tome consciência disso. Não espere nada, nada a não ser um inferno na terra. Se acontecer algo de agradável, melhor. Não acredite nunca que você poderá quebrar a solidão. Ela é absoluta. Você poderá fazer poesia sobre coexistência em vários planos, mas ainda assim será apenas poesia sobre religião, política, amor, arte e assim por diante. A solidão é total da mesma maneira. A ratoeira está na possibilidade de ela poder ser alguma vez dominada por uma miragem de coexistência. Esteja consciente de que é uma ilusão. Assim, você não ficará decepcionada depois, quando tudo voltar ao seu normal. Uma pessoa tem de viver pelo instinto da solidão absoluta. Nessa altura, a pessoa deixa de lamentar-se, deixa de afligir-se. É aí que a pessoa, de fato, passa a sentir-se bastante segura e aprende a aceitar a falta de sentido da vida com uma certa satisfação. Com isso não quero dizer que a pessoa se torne passiva. Acredito que se deve lutar o mais possível e o melhor possível. Por nenhuma razão a não ser a de que uma pessoa se sente melhor fazendo o seu melhor do que desistindo”.

Marianne: “Eu desejaria estar tão certa como você”.

Johann: “Palavras, palavras, palavras. A gente usa as palavras para esconjurar o grande vazio. Aliás é estranho. Você já pensou como o vazio faz mal? A gente poderia pensar que eventualmente o vazio deveria dar tonturas ou enjôos espirituais. Mas o meu vazio faz mal de uma maneira física. Ele dói como se fosse uma queimadura. Ou como quando a gente era pequeno e chorava e todo o corpo por dentro ficava dolorido”.

(tradução de Jaime Bernardes)

Palavras, palavras, palavras.


 
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa


 
coming soon

everyone who pretended to like me is gone² (s.o.s.)


 
my everyday life

you have 0 unread messages
comment (0)
** red entries indicate your own hits to the site
words on a gravestone: I waited but you never came


 
"A guerra parece ser tão antiga quanto a humanidade, mas a paz é uma invenção moderna".

Sir Henry Maine, citado por Nicolau Sevcenko, em excelente texto publicado na Folha de S. Paulo da sexta-feira passada.


terça-feira, março 25, 2003
 
where i end and you begin

radiohead

there's a gap in the between
there's a gap where we meet
where i end and you begin

and i'm sorry for us
the dinosaurs roam the earth
the sky turned green
where i end and you begin

i am up in the clouds
i am up in the clouds
and i can't and i can't come down

i can watch and can't take part
where i end and where you start
where you you left me alone you left me alone

i'll mark the place
like parting the waves
like a house falls in the sea

i will eat you all alive
i will eat you all alive
i will eat you all alive
i will eat you all alive
and there'll be no more lies
there'll be no more lies
there'll be no more lies
there'll be no more lies



 
Hail To The Thief

Radiohead will release their sixth album 'Hail To The Thief' on Parlophone on June 9.

This will be preceded by the single 'There There' on May 26.

'Hail To The Thief' features 14 tracks and was recorded in Oxfordshire and Los Angeles. It was produced by Nigel Godrich and Radiohead, and mixed by Nigel Godrich.


The track listing is:

2 + 2 = 5
Sit Down. Stand Up.
Sail To The Moon.
Backdrifts.
Go To Sleep.
Where I End And You Begin.
We Suck Young Blood.
The Gloaming.
There There.
I Will.
A Punch-Up at a Wedding.
Myxamatosis.
Scatterbrain.
A Wolf At The Door.

The group will play a short tour of the UK and Ireland in May. The seven dates were announced at the weekend through their website, and sold out immediately. The tour begins in Dublin on May 17.


MAY

17 DUBLIN OLYMPIA
18 DUBLIN OLYMPIA
19 BELFAST WATERFRONT
21 EDINBURGH CORN EXCHANGE
22 MANCHESTER APOLLO
24 LONDON SHEPHERDS BUSH EMPIRE
25 LONDON SHEPHERDS BUSH EMPIRE

The group have extensive touring plans for the rest of the year. They will headline Glastonbury on Saturday June 28 and will also be headlining a series of festivals in Europe. Further dates are to be announced.


sexta-feira, março 21, 2003

 
Contardo Calligaris, como sempre, formidável:

Outsider

"...um grupo de adolescentes entra num clube. Alguns vão direto para a pista, empolgam-se e dançam sem saber com quem. Outros aproximam-se do bar e entram em conversas animadas. Mas sempre há alguém que não se encaixa: fica afastado, observa e pensa. Excluído por sua incapacidade de enturmar-se, eventualmente ressentido, ele procura conforto no esforço de sua jovem inteligência. Despreza a facilidade com a qual os outros se entregam à frivolidade. Tenta se lembrar da seriedade trágica da vida: morte, doença, separações, covardias, miséria, conflitos, falsa consciência. A crítica é, para ele, uma maneira de conquistar um lugar no mundo: não consegue dançar na pista e resolve sua solidão assumindo a função de cassandra.
No melhor dos casos, esse jovem reconhece também que seu exercício crítico é apenas uma compensação narcisista: não sei brincar, mas -olhem para mim- contemplo de cima a fatuidade do mundo".


 
Marlene, Tyr, Gobira: muito obrigado.

Cheers!

And don´t forget: Guinness is good for you.


quinta-feira, março 20, 2003

 
Pretendia escrever algo mas, ouvindo Fellini hoje pela manhã percebi que não há nada mais perfeito para ser publicado aqui, neste momento, do que ...

Nada

Fellini

nada a ver
nada especial
nada a falar
nada a fazer
não responder
não perguntar
não reclamar
desaparecer
nada a tocar
não frequentar
não trabalhar
nada a dizer

nada!

nada a ver
nada especial
nada a falar
nada a fazer
não responder
não perguntar
nada mal
desaparecer
nada a tocar
não frequentar
não trabalhar
nada a dizer


 
outro endereço outra vida
imagens quebradas imagens quebradas
imagens quebradas ainda


Fellini


terça-feira, março 18, 2003
 
Palavra do dia

mudança . [De mudar + -ança.] S. f. 1. Ato ou efeito de mudar(-se); muda. 2. Os móveis e os pertences, em geral, das pessoas que se mudam: A mudança já saíra, e a casa, afinal, ficara vazia de todo. 3. Bras. SC Família ou pessoa que se mudou. 4. Bras. Autom. V. alavanca de mudanças. 5. Mús. V. tom (18). Mudança de código. E. Ling. 1. Numa comunidade plurilíngüe, o uso de uma língua em detrimento de outra(s), em razão da situação em que o falante se encontra, ou do tema abordado em sua fala. [Ao contrário do que ocorre em situações de diglossia (q. v.), o falante pode não se dar conta da passagem de uma língua para outra.]


 
tô falando...

Error 203:java.lang.NumberFormatException: (server:page)


 
and, yep, this is a cursed site.


 
Comentários

Os dois ou três "visitantes regulares" desse site devem perceber que quase ninguém comenta o que aqui é publicado. Apesar disso utilizo o serviço do Haloscan para eventuais comentários. Demorou, mas o serviço começou a apresentar problemas frequentes e irritantes. Nos últimos dias alguns comentários simplesmente sumiram. Imagino que as pessoas que os fizeram consideraram que eu os tinha deletado - mas não foi isso que aconteceu. . E pior: ao visitar o site oficial não consigo mais efetuar login (recebo o aviso de "access denied"). Cheguei a pensar que estava sendo alvo de alguma trapaça mas pelo jeito o problema é do serviço mesmo.

A informação mais recente a respeito é essa, do dia 15.03:

"Server work in progress

We're doing some routine maintenance on the server. We will have the commenting restored later today.

We've restored the commenting but a couple of the most recent posts from a few accounts may be missing. Those comments are safe however and will be resynced later".

Então, às pessoas que postaram comentários que posteriormente sumiram, perdão.


sexta-feira, março 14, 2003
 
I Can't Find My Way Home

Teenage Fanclub

I can't find my way home
It's always there when I'm gone
Stuck in time since I moved on

What I've got is what's here
What you say is what I hear
Far away life don't come near

Where I go, I go
and I know where I go wrong
What I know, I know
and I know where I belong

My mind's made up and I know why
Doubts cloud up my blue sky
Seasons change and time goes by

What I've found has changed me
Change is what you can't see
Being home is what found me

Where I go, I go
and I know where I go wrong
What I know, I know
and I know where I belong

Where I go, I go
and I know where I go wrong
What I know, I know
and I know where I belong


 


As técnicas nazistas das agências de publicidade

Ex-redator de criação de uma grande empresa, o escritor francês Frédéric Beigbeder revela os podres da propaganda em '$ 29,99', livro que, ao ser lançado, provocou sua demissão

"Nunca disse que os publicitários são nazistas, mas que as técnicas de propaganda utilizadas por eles foram inventadas pelos nazistas. É um fato histórico indiscutível. E eu acrescento que certos publicitários têm reflexos racistas e totalitários (o desprezo pelos consumidores, o gosto do poder sobre as massas), que nos provoca arrepio nas costas. Sim, sei que é perigoso confiar na influência desses cretinos cínicos que não pensam em outra coisa que dinheiro".



 
My poor brain

Vou precisar de um desses muito em breve.

Americanos criam 1ª prótese de cérebro

Chip que substitui área do sistema nervoso relacionada à memória deverá ser testado em ratos em seis meses


 
inércia . [Do lat. inertia.] S. f. 1. Falta de ação, de atividade; letargia, torpor. 2. Indolência; preguiça: "Pouco a pouco foi-o tomando um cansaço, uma inércia, uma infinita lassidão da vontade" (Eça de Queirós, Os Maias, II, p. 492) 3. Fís. Resistência que todos os corpos materiais opõem à modificação do seu estado de movimento. 4. P. ext. Resistência à mudança: inércia inflacionária. 5. Desus. Ignorância de qualquer arte. [Cf. inercia, do v. inerciar.]

Do Aurélio


quarta-feira, março 12, 2003
 
a pureza é um mito

"...estou cansado de saber que este cansaço é que me mata, estou sabendo, vou vivendo assim por aí tudo e se você quiser repare, se não quiser esconda o rosto e não olhe mais, feche a porta e tenha coragem de não me deixar entrar mais nunca".

...

-"Eu sei que vou morrer sozinho. Morrer sozinho é morrer na pior, bem odiado. Pode jogar praga que não pega mais. É bobagem. Quem quiser que se livre logo, não interessa. Por enquanto ainda estou vivo. Peço, tomo, pego, boto. Por enquanto está tudo legal. Tenho visto".

T.N. 1972


 
ki·net·ic

Pronunciation: k&-'ne-tik also kI-
Function: adjective
Etymology: Greek kinEtikos, from kinEtos, from kinein
Date: 1864
1 : of or relating to the motion of material bodies and the forces and energy associated therewith
2 a : ACTIVE, LIVELY b : DYNAMIC, ENERGIZING
3 : of or relating to kinetic art

Merriam Webster


 
kinetic

radiohead

you`re being took for a ride
playing all lazy
please keep moving
better keep moving
don`t fall asleep at the wheel
i waited for you but you never came
please keep moving
better keep moving
kinetic...
please keep moving
better keep moving
kinetic


 
true love waits

radiohead

i'll drown my beliefs
to have you be in peace
i'll dress like your niece
to wash your swollen feet

just don't leave, don't leave

and true love waits
in haunted attics
and true love wins
on lollipops and crisps

just don't leave, don't leave

i'm not living
i'm just killing time
your tiny hands
your crazy kiss and smile

just lonely, lonely
just lonely, lonely



 
fog

radiohead

theres a little child
running round this house
and he never leaves
he will never leave
and the fog comes up from the sewers
and glows in the dark

baby alligators in the sewers
grow up fast
grow up fast
anything you want it can be done
how?
how did you go bad?
did you go bad?
did you go bad?
some things will never wash away
did you go bad?
did you go bad?


terça-feira, março 11, 2003
 


LOST LABOR: Images of Vanished American Workers 1900-1980 is a selection of 155 photographs excerpted from a collection of more than 1100 company histories, pamphlets, and technical brochures documenting America's business and corporate industrial history.


 
"London can you wait
For all the things I need to say
How long can you wait"?

Gene


 
OK, quem sabe.

Mas, afinal, como aquele personagem de Graciliano Ramos, "nunca presto atenção às coisas, não sei para que diabo quero olhos... Quando a realidade me entra pelos olhos, o meu pequeno mundo desaba".


 
E uma amiga disse que pareço "enrijecido".

(sem trocadalhos)

Mais um adjetivo pra galeria.

(meu vocabulário, em qualquer língua, é miserável)

en.ri.je.ci.do adj (part de enrijecer)
Enrijado.

en.ri.ja.do adj (part de enrijar)
Tornado rijo, duro. Sin: enrijecido.

Do Michaelis

E do Aurélio:

enrijecer . [De en-2 + rijo + -ecer.] V. t. d. Int. P. 1. V. enrijar: "o cadáver de um velho que enrijecera com os braços levantados." (Adélia Prado, Cacos para um Vitral, p. 71) [Conjug.: v. aquecer.]


 
E, sim, estou ouvindo Roberto Carlos. Pena que não tenho aquela com o Altemar Dutra.


 
temporal

fazia tempo
que eu não me sentia
tão sentimental

paulo leminski


 
Ouija board, Ouija board

Morrissey

Ouija board
Would you work for me ?
I have got to say Hello
To an old friend

Ouija board, ouija board, ouija board
Would you work for me ?
I have got to get through
To a good friend
Well, she has now gone
From this Unhappy Planet
With all the carnivores
And the destructors of it

Ouija board, ouija board, ouija board
Would you help me ?
Because I still do feel
So horribly lonely

Would you, ouija board
Would you, ouija board
Would you help me ?
And I just can't find
My place in this world

She has now gone
From this Unhappy Planet
With all the carnivores
And the destructors of it

Oh hear my voice ("hear my voice")
Oh hear my voice ("hear my voice")
Hear my voice ("hear my voice")
Hear my voice ("hear my voice")
The table is rumbling ...
The table is rumbling
The glass is moving
"No, I was NOT pushing that time"
It spells : S.T.E.V.E.N

The table is rumbling
The glass is moving
"No, I was NOT pushing that time" :
P.U.S.H.O. double F.

Well, she has now gone
From this Unhappy Planet
With all the carnivores
And the destructors of it


 
Boys Don't Cry

The Cure

I would say I'm sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I have said too much
Been too unkind

I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try and laugh about it
Hiding the tears in my eyes
Because boys don't cry
Boys don't cry

I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that it's too late
And now there's nothing I can do

So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to laugh about it
Hiding the tears in my eyes
Because boys don't cry

I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it's no use
That you've already
Gone away

Misjudged your limit
Pushed you too far
Took you for granted
I thought that you needed me more

Now I would do most anything
To get you back by my side
But I just keep on laughing
Hiding the tears in my eyes
Because boys don't cry
Boys don't cry
Boys don't cry


segunda-feira, março 10, 2003
 
zonzo . [Voc. onom., poss.] Adj. Bras. 1. V. tonto (1 e 2): "Bertoldo .... repetiu que assim poderíamos beber durante toda a noite, sem sentir nada ..... Concordei, com a cabeça já um tanto zonza." (Ézio Pinto Monteiro, Chico, p. 22.)

Do Aurélio.


 
Como disse uma amiga: “Hoje é um dia pra começar de novo”.
Todo dia.


 
Caro diário

E nasceu Lívia, filha de Luciana (minha chefe) e Maurício (membro histórico da Gloriosa FUMA), um pouquinho antes do esperado. Bem-vinda!


sexta-feira, março 07, 2003
 
Literatura pop + música + futebol + cinema + textos = Febre Alta.



 
Hoje pela manhã, ao ouvir essa música, em uma coletânea que veio na revista Uncut, me vieram lembranças de Dublin. Estranho, eu sei. Mas sei que alguém entende.

Oh My Sweet Carolina

Ryan Adams

I went down to Houston
And I stopped in San Antone
I passed up the station for the bus
I was trying to find me something
But I wasn't sure just what
Man I ended up with pockets full of dust

So I went on to Cleveland and I ended up insane
I bought a borrowed suit and learned to dance
I was spending money like the way it likes to rain
Man I ended up with pockets full of cane

Oh my sweet Carolina
What compels me to go
Oh my sweet disposition
May you one day carry me home

I ain't never been to Vegas but I gambled up my life
Building newsprint boats I race to sewer mains
Was trying to find me something but I wasn't sure just what
Funny how they say that some things never change

Oh my sweet Carolina
What compels me to go
Oh my sweet disposition
May you one day carry me home

Up here in the city feels like things are closing in
The sunsets just my light bulb burning out
I miss Kentucky and I miss my family
All the sweetest winds they blow across the south

Oh my sweet Carolina
What compels me to go
Oh my sweet disposition
May you one day carry me home

May you one day carry me home


 
E insistindo um pouco nessa metáfora um tanto óbvia, andei pensando que talvez, às vezes, seja preciso que aconteça um descarrilhamento, provocado pelas circunstâncias ou por outras pessoas, quando a gente não sabe muito bem se continuamos no trilho ou se largamos as bagagens, por exemplo.


quinta-feira, março 06, 2003
 
Alvos, trilhos, atalhos, bagagens, amarras

Não sou exatamente um grande apreciador da escrita de Ignácio de Loyola Brandão. Li dele, na adolescência, "Não verás país nenhum" e "O verde violentou o muro". Depois li alguns contos e textos escritos para sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Mas simpatizo com uma coisa ou outra.

Ontem, em uma daquelas escavações lá em casa, achei um trecho de um conto, que eu tinha copiado em um caderno. E achei que tem a ver com um comentário recente do Gobira. Como ele escreveu, "O alvo é que que estraga a caminhada".
E tem a ver, claro, com aquele tema que tem me angustiado nos últimos, vejamos, 150 anos.

"Quando a gente nasce, colocam a gente num trilho.Chega uma época em que temos de decidir: continuar neste trilho e não ter surpresas, inseguranças, angústias. Ou saltar dele, correr pelo aterro, entrar nos atalhos e descobrir pelos próprios caminhos. Às
vezes mais rápidos, eficazes. O trilho não traz surpresas, sempre se sabe que haverá estações pela frente. E gente para nos conduzir e nos cuidar. Os atalhos, estes sim, provocam receio. Não importa em que altura a gente se decida saltar dos trilhos. O
importante é saltar fora deles, abandonando bagagens.Porque nessas bagagens estão todas as coisas que nos
prendem, nos amarram".

Ignácio de Loyola Brandão, em "Cadeiras Proibidas"


 
A invenção da poesia brasileira

Ribeiro Couto

Eu escutava o homem maravilhoso,
O revelador tropical das atitudes novas,
O mestre das transformações em caminho:

"-É preciso criar a poesia deste país de sol!
Pobre da tua poesia e dos teus amigos,
Pobre dessa poesia nostálgica,
Dessa poesia de fracos diante da vida forte.
A vida é força.
A vida é uma afirmação de heroísmos quotidianos,
De entusiasmos isolados donde nascem mundos.
Lá vai passando uma mulher... chove na velha praça...
Pobre dessa poesia de doentes atrás de janelas!
Eu quero o sol na tua poesia e na dos teus amigos!
O Brasil é cheio de sol! O Brasil é cheio de força!
É preciso criar a poesia do Brasil”!

Eu escutava de olhos irônicos e mansos,
O mestre ardente das transformações próximas.

Por acaso, começou a chover docemente
Na tarde monótona que se ia embora.
Pela vidraça da minha saleta morta
Ficamos a olhar a praça debaixo d chuva lenta.
Ficamos em silêncio um tempo indefinido...
E lá embaixo passo um mulher sob a chuva.


 
Está cada vez mais difícil escrever frases .
Está cada vez mais impossível fazer sentido.
Quando posso, finjo.
(ou ... ctrl c + ctrl v)
É tudo.


 
...

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.


...

Álvaro de Campos


 


Caro diário

No último final de semana teve torneio da FUMA na nova sede campestre (propriedade de Arthur Kieling) da Gloriosa Associação, em Bragança Paulista.

Fazia tempo que eu não ficava tão perto da, digamos, Natureza.

Chamaram minha atenção para um tal de pôr-do-sol. Coisa estranha. Me espantei com a quantidade de estrelas que se pode ver à noite.

Fomos à uma represa, onde vacas e bois (ou bichos parecidos com vacas e bois) ruminavam perto da água.

Mas o momento mais emocionante foi quando uma cabra (ou coisa que o valha) invadiu a casa e (!) entrou na cozinha.

Foi uma experiência interessante. Mas se ficássemos mais um dia acho que aquele ar puro, aquele cheiro de mato e etc. iam acabar me fazendo mal, tenho certeza.


quarta-feira, março 05, 2003
 


[weekend soundtrack]

Yellow Submarine

Lennon - McCartney

In the town where I was born
Lived a man who sailed to sea
And he told us of his life
In the land of submarines

So we sailed up to the sun
Till we found the sea of green
And we lived beneath the waves
In our yellow submarine

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine

And our friends are all on board
Many more of them live next door
And the band begins to play

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine

As we live a life of ease
Everyone of us has all we need
Sky of blue and sea of green
In our yellow submarine.

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine

We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine,
Yellow submarine, yellow submarine



 
back to the business world.
boo!