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quarta-feira, dezembro 29, 2004

quinta-feira, dezembro 16, 2004
 
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não se deve contar com a ajuda de ninguém nesse mundo. na hora da verdade, tá todo mundo sozinho. sozinho mesmo. em última análise.

o jornaleiro, em watchmen, de alan moore.

(tradução de jotapê martins)


terça-feira, dezembro 14, 2004
 
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why do you get up in the morning?

kramer: do you have a job?

george: no.

kramer: you got money?

george: no.

kramer: do you have a woman?

george: no.

kramer: do you have any prospects?

george: no.

kramer: you got anything on the horizon?

george: uh...no.

kramer: do you have any action at all?

george: no.

kramer: do you have any conceivable reason for even getting up in the morning?

george: i like to get the daily news!


sexta-feira, novembro 26, 2004
 
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Old habits die hard

Twenty-five years ago, Shane MacGowan was given six weeks to live. But he's still here, and so are the Pogues - back to their original lineup for a new lease of life. Dave Simpson joins them in Dublin to relive the bad old days


terça-feira, novembro 23, 2004
 

Repensando Ken Loach

CCBB São Paulo

De 23 de novembro a 5 de dezembro
Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)
Rua Álvares Penteado 112. Centro
Tel.: (11) 3113-3651
E-mail: ccbbsp@bb.com.br
 Posted by Hello


 
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just like honey

the jesus and mary chain

listen to the girl
as she takes on half the world
moving up and so alive
in her honey dripping beehive
beehive
it's good, so good, it's so good
so good

walking back to you
is the hardest thing that
i can do
that i can do for you
for you

i'll be your plastic toy
i'll be your plastic toy
for you

eating up the scum
is the hardest thing for
me to do

just like honey


quinta-feira, novembro 18, 2004
 
s.o.s.

todo dia eu digo só por hoje.

toda semana eu digo que na próxima.

todo mês passa e eu nem percebo.

todo ano eu digo que é o último.

(e dessa vez talvez seja mesmo)


domingo, novembro 07, 2004
 
[it's important to me]

the boys in the band

from way far across the sea
came an eritrean maiden she
had a one track mind and eyes for me
half blinded in the war

with a pale young anglican
who said he'd help her all he can
showed her jesus and his little un-holy friend
she had no mind to please him
just say 'ta-ra' and leave him behind

there's a little boy in a stairwell who says
"i hate people like you"
got matches & cable tv half of less than 50p
we all clambered over the balcony
banging on the window waking steve
bringing with a true love his un-holy friend
if you really need it
you just won't leave it behind

so baby please kill me
oh baby don't kill me
but don't bring that ghost round to my door
i don't wanna see him anymore

please kill me
oh baby don't kill me
just don't bang on about yesterday
i wouldn't know about that anyway

monkey asked the mouse before
if she loved anybody more than he
it turns you into stone
now i'm reversing down the lonely street
to a cheap hotel when i can meet the past
and pay it off and keep it sweet
it's sweet like nothing no
it's just like nothing at all

yes i've seen you there
how could i help but stare
it rips the heart out off your baby
now i've taken far too much to see
or think or touch what's real
i'm stranded on this street that
paved my only way home

you really need it oh
you just won't leave it behind

so baby please kill me
oh baby don't kill me
but don't bring that ghost round to my door
i don't wanna see him anymore

please kill me
oh baby don't kill me
but don't bang on about yesterday
i wouldn't know about that anyway
oh no

he got nothing he got nothing at all


 
[it's important to me]

the boys in the band

please don't get me wrong
see i forgive you in a song
will call the likely lads
but if it's left to you
i know exactly what you'd do
with all the dreams we had

just blood runs thicker, oh
we're as thick as thieves, you know
if that's important to you
it's important to me
i tried to make you see
but you don't wanna know
you don't want to know!

if you pipe all summer long
then get forgiven in a song
well that's a touch, my lad

they sold the rights to all the wrongs
and when they knew you'd give me songs
welcome back, i said

the blood runs thicker, oh
we're as thick as thieves, you know
if that's important to you
it's important to me
i tried to make you see
but you don't wanna know
you don't want to know!

oh what became of the likely lads?
what became of the dreams we had?
oh what became of forever?
oh what became of forever?
though, we'll never know

please don't get me wrong
see i forgive you in a song
will call the likely lads

we all bought the ones
we taught 'em all we wrote the songs
that's filled with dreams we have

but blood runs thicker, oh
we're as thick as thieves, you know
if that's important to you
it's important to me
i tried to make you see
but you don't wanna know
you don't want to know!

oh what became of the likely lads?
what became of the dreams we had?
oh what became of forever?
oh what became of forever?
we'll never know!



 
she's from scotland

- am i boring you?
- yes.


quarta-feira, novembro 03, 2004
 
mágoas

augusto dos anjos

quando nasci, num mês de tantas flores,
todas murcharam, tristes, langorosas,
tristes fanaram redolentes rosas,
morreram todas, todas sem olores.

mais tarde da existência nos verdores
da infância nunca tive as venturosas
alegrias que passam bonançosas,
oh! minha infância nunca tive flores!

volvendo ã quadra azul da mocidade,
minh'alma levo aflita à eternidade,
quando a morte matar meus dissabores.

cansado de chorar pelas estradas,
exausto de pisar mágoas pisadas,
hoje eu carrego a cruz de minhas dores!


terça-feira, novembro 02, 2004
 
preciso dormir

estou tão cansado de mim e às vezes acho que a única alternativa é o silêncio.


sábado, outubro 30, 2004
 
o picolé de chuchu e a balconista que escreve

no começo da noite da véspera do primeiro turno da eleição para prefeito, um sábado, 2 de outubro, eu estava em um bar que fica na praça da república, centro de são paulo.

freqüento esse lugar há anos, desde quando era um restaurante mais tradicional, com aqueles balcões que não se fazem mais, velhas mesas de madeira com toalhas de pano. a comida era razoavelmente boa.

já faz algum tempo, o lugar foi comprado por chineses, que fizeram uma reforma que transformou o restaurante em algo muito diferente, mais próximo de uma lanchonete.

a clientela também mudou. nos finais de semana, principalmente, lotam a lanchonete hippies que trabalham na feira de artesanato da praça, muitos de outros países da américa latina, turistas perdidos, africanos.

uma das cenas mais inusitadas que já presenciei ali, por sinal, envolveu um africano e uma das chinesas.

ela simplesmente não entendia o pedido do homem.

eu mesmo só entendi depois que ele repetiu, algumas vezes: “açaí”!

era isso: o africano pedia açaí para a chinesa, que não fazia a menor idéia do que se tratava.

ah, a globalização...

nos últimos tempos o lugar foi tomado por funcionários de uma empresa de telemarketing que se instalou em um prédio vizinho.

mas continua sendo freqüentado pelos hippies, pelos africanos, pelos turistas perdidos.

voltando ao sábado.

eu estava bebendo uma cerveja e lendo a folha de domingo,quando chegou o que parecia ser um grupo de amigos. um dos homens, com cara de picolé de chuchu, sentou bem ao meu lado e, mal chegou, me perguntou se era o jornal de domingo.

pensando se tratar de mais um daqueles chatos que puxam conversa em bar, mal olhei para o lado, e acabei passando o primeiro caderno do jornal para o homem.

a balconista à minha frente, olhou pra mim e disse baixinho:

- geraldo alckmin.

eu olhei para o lado e constatei: o homem que lia o meu jornal não tinha simplesmente cara de picolé de chuchu. era o picolé de chuchu em pessoa.

outro balconista perguntou para ele o que queria comer.

- o que vende mais?, perguntou.

- cheeseburguer, respondeu o balconista.

- então me dá um cheeseburguer.

o mesmo balconista perguntou para o homem em seguida:

- o senhor não é o ... geraldo alckmin?

- sou eu mesmo.

o bar virou uma festa.

o governador passou a acenar e a fazer sinal de positivo com os polegares pra todo mundo.

pessoas foram cumprimentá-lo. os chineses pegaram máquinas fotográficas e pediram para tirar fotografias com o homem.

um conhecido vendedor de discos da praça foi mostrar para ele sua correntinha com o símbolo do santos. acho que, entre outras coisas, o governador herdou de mário covas a predileção por esse time de futebol do litoral paulista.

alckmin foi para o outro lado do balcão algumas vezes, posar para fotos. senti vontade de pedir para que ele me desse outra cerveja. mas me contive.

um de seus acompanhantes trouxe então os jornais de domingo. ele me ofereceu o estadão. recusei. não resisti a perguntar:

- mas o senhor não é um sósia do governador?

- não, sou eu mesmo, ele respondeu.

e era.

ao ir embora, se despediu de mim, apertou minha mão, e eu fiquei sem saber o que dizer. acabei pedindo desculpas por não tê-lo reconhecido.

...

hoje é véspera do segundo turno.

um dia estranho, que pode ser o último de um longo ciclo em minha vida.

ou não.

será que o picolé de chuchu aparece de novo na lanchonete? vou lá ver.

...

um detalhe interessante.

quando o governador foi embora, a balconista que tinha me chamado a atenção para a presença do homem disse:

- dá vontade de escrever sobre isso!

depois de ouvir a frase, puxei conversa, claro, e descobri que, balconista há dois anos, ela tem o costume de escrever as histórias que presencia nos bares em que trabalha.

como não tem computador, ela faz isso em cadernos. disse que uma pessoa se ofereceu para “passar para o computador” os textos que ela escreve.

se eu tivesse tempo, eu mesmo o faria.

mas ainda acabo ajudando a menina a pelo menos criar um blog.


sexta-feira, outubro 29, 2004

 
hora de ir embora

chrissie hynde, vocalista do pretenders, que fez show ontem em são paulo, sobre o que sentiu nas ruas da cidade:

"senti a mesma energia que eu via nos eua durante os anos 60. todas as pessoas com quem cruzei foram muito amáveis, com uma mentalidade bem hippie, coisa que adoro".


sábado, outubro 23, 2004

sexta-feira, outubro 22, 2004
 


...the love song is the noise of love itself and love is, of course, a form of madness...

tempos atrás eu fiz uma lista com os cinco discos do nick cave dos quais eu mais gostava.

acho que hoje eu teria que rever essa lista, ou ampliá-la, para incluir the lyre of orpheus, o segundo cd de seu último álbum, que é duplo.

tenho ouvido todo dia, e ele não pára de tocar no rádio da minha cabeça.

a minha preferida, no momento, música para hoje, é essa.

everything is falling, dear
everything is wrong
it's just history repeating itself


yep.

babe, you turn me on

stay by me, stay by me
you are the one, my only true love

the butcher bird makes it's noise
and asks you to agree
with it's brutal nesting habits
and it's pointless savagery
now, the nightingale sings to you
and raises up the ante
i put one hand on your round ripe heart
and the other down your panties

everything is falling, dear
everything is wrong
it's just history repeating itself
and babe, you turn me on

like a light bulb
like a song

you race naked through the wilderness
you torment the birds and the bees
you leapt into the abyss, but find
it only goes up to your knees
i move stealthily from tree to tree
i shadow you for hours
i make like i'm a little deer
grazing on the flowers

everything is collapsing, dear
all moral sense has gone
it's just history repeating itself
and babe, you turn me on

like an idea
like an atom bomb

we stand awed inside a clearing
we do not make a sound
the crimson snow falls all about
carpeting the ground

everything is falling, dear
all rhyme and reason gone
it's just history repeating itself
and, babe, you turn me on

like an idea
like an atom bomb




 
em carne viva

sim, minha querida amiga, eu venho ultrapassando todos os graus de suportabilidade, tenho vivido em carne viva.

e, querida sis, pois é, talvez eu ainda não tenha chegado ao meu limite, ou talvez eu já o tenha ultrapassado faz tempo e nem percebi.


quinta-feira, outubro 21, 2004
 
20 maresfield gardens

meu amigo e guru para assuntos administrativos, esportivos, filosóficos e etc., sempre pronto para me animar para a vida, me manda essas belas e sábias palavras:

O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo, condenado a decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens. o sofrimento que provém dessa última fonte talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro.

sigmund freud, em o mal-estar na civilização.

fanx, j.!


 
don't forget to eat your vegetables

destrua-se com moderação.


 
últimas notícias do subsolo

não se preocupem. haverá espaço para os três condenados. um ao lado do outro.


e então a dúvida angustiante: quem vai ficar no meio?


terça-feira, outubro 19, 2004
 
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i need the ways and means to get through
i need an open heart to look to
nobody sees the same way i do
i need direction to get through


(teenage fanclub)


segunda-feira, outubro 18, 2004
 
sinto muito

viver dói.


 
word of the day

dizzy

Main Entry: 1diz·zy
Pronunciation: 'di-zE
Function: adjective
Inflected Form(s): diz·zi·er; -est
Etymology: Middle English disy, from Old English dysig stupid; akin to Old High German tusig stupid
1 : FOOLISH, SILLY
2 a : having a whirling sensation in the head with a tendency to fall b : mentally confused
3 a : causing giddiness or mental confusion b : caused by or marked by giddiness c : extremely rapid
- diz·zi·ly /'di-z&-lE/ adverb
- diz·zi·ness /-zE-n&s/ noun


 
i´m a swine you don´t wanna know me

(música para hoje. só por hoje.)

the libertines

well is it cruel or kind
not to speak my mind
and to lie to you
rather than hurt you
well, i'll confess all of my sins
after several large gins
but still i'll hide from you
and hide what's inside from you

and alarm bells ring
when you say your heart still sings
when you're with me
oh darling, please forgive me

but i no longer hear the music
oh no no no no no

and all the memories of the pubs
and the clubs and the drugs and the tubs
we shared together
will stay with me forever

but all the highs and the lows
and the tos and the fros
they left me dizzy
oh darling, please forgive me

but i no longer hear the music
oh no no no no no

well i no longer hear the music when the lights go out
love goes cold in the shades of doubt
the strange face in my mind is all too clear
music when the lights come on
the girl i thought i knew has gone
and with her my heart it disappeared

well i no longer hear the music
oh no no no no no

and all the memories of the fights and nights
under blue lights and all the kites
we flew together
love thought they'll fly forever

but all the highs and the lows
and the tos and the fros
they left me dizzy
oh won't you please forgive me

but i no longer hear the music
oh no no no no no

music when the lights go out
love goes cold in the shades of doubt
the strange face in my mind is all too clear

music when the lights come on
the girl i thought i knew has gone
and with her my heart it disappeared

but i no longer hear the music
oh no no no no no
and i no longer hear the music


segunda-feira, outubro 11, 2004
 
love is a form of madness
Nick Cave definitivamente entende do assunto.

Mulher Que Não Existe, obrigado pela dica.

...

A íntegra do texto está aqui:

http://www.anothermag.com/index.html

(issue 7, literature, nick cave)

...

"The Love Song must be born into the realm of the irrational, absurd, the distracted, the melancholic, the obsessive, the insane for the Love Song is the noise of love itself and love is, of course, a form of madness. Whether it be the love of God, or romantic, erotic love – these are manifestations of our need to be torn away from the rational, to take leave of our senses, so to speak. Love Songs come in many guises and are seemingly written for many reasons – as declarations or to wound – I have written songs for all of these reasons – but ultimately the Love Song exists to fill, with language, the silence between ourselves and God, to decrease the distance between the temporal and the divine".

(...)

All love relationships are by nature abusive and that this abuse, be it physical or psychological, is welcomed and encouraged:

“Better The Devil You Know” (Stock, Aitken and Waterman, and sung by the Australian pop sensation Kylie Minogue) is one of pop music’s most violent and distressing love lyrics.

Better The Devil You Know

Say you won’t leave me no more / I’ll take you back again / No more excuses, no, no / Cause I’ve heard them all before / A hundred times or more / I’ll forgive and forget / If you say you’ll never go / Cause it’s true what they say / Better the devil you know. / Our love wasn’t perfect, I know / I think I know the score / You say you love me, O boy / I can’t ask for more / I’ll come if you should call / I’ll be here every day / Waiting for your love to show / Cause it’s true what they say / It’s better the devil you know / I’ll take you back / I’ll take you back again

When Kylie Minogue sings these words there is an innocence to her voice that makes the horror of this chilling lyric all the more compelling. The idea presented within this song, dark and sinister and sad – that all love relationships are by nature abusive and that this abuse, be it physical or psychological, is welcomed and encouraged – shows how, even the most innocuous of Love Songs has the potential to hide terrible human truths. Like Prometheus chained to his rock, so that the eagle can eat his liver each night, Kylie becomes love’s sacrificial lamb bleating an earnest invitation to the drooling, ravenous wolf that he may devour her time and time again, all to a groovy techno beat. “I’ll take you back. I’ll take you back again.” Indeed. Here the Love Song becomes a vehicle for a harrowing portrait of humanity not dissimilar to that of the Old Testament’s Psalms. Both are messages to God that cry out into the yawning void, in anguish and self-loathing, for deliverance".


 
palavra do dia
luto


Datação
sXIII cf. FichIVPM

Acepções

substantivo masculino

1 sentimento de tristeza profunda por motivo da morte de alguém

2 luto (acp. 1) originado por outras causas (separação, partida, rompimento etc.); amargura, desgosto

3 tempo durante o qual devem manifestar-se certos sinais do luto (acp. 1)

4 o fato de perder um parente ou pessoa querida; perda por morte

5 (1789) a roupa, ger. preta, que traja a pessoa enlutada e p.ext. os crepes, os panos negros us. para forrar a câmara ardente, a casa, a igreja, a fachada de edifícios etc. em sinal de luto (acp. 1) por alguém; dó

6 conjunto de sinais externos (p.ex., negro no vestuário do mundo cristão, mas azul no Japão, branco na China etc.) que os costumes associam à perda de parente próximo ou pessoa querida

7 Rubrica: antropologia.

observância de formas de comportamento costumeiras e convencionais que expressam a desolação e o desespero por parte dos parentes do morto no período que se segue ao seu falecimento [Podem incluir, além de prescrições relativas às roupas, o isolamento, o jejum, a abstenção de sexo, a automutilação, o corte dos cabelos pela raiz etc.]

8 Rubrica: psicanálise.

ver trabalho do luto

9 Derivação: sentido figurado.
sombras, trevas


Locuções

l. aliviado

diz-se do luto que se segue ao luto fechado, menos rigoroso do que este e em que o maior tempo decorrido desde a perda permite o uso de algumas cores (esp. o roxo) e enfeites no vestuário

l. carregado, cerrado, fechado ou pesado
aquele que marca os primeiros tempos após a morte de pessoa querida, no qual a única cor admitida é o preto

estar de l.

1 estar triste, pesaroso

2 Derivação: por metáfora.

vestir-se de preto pela morte de algum familiar; estar de nojo


guardar l.

respeitar o período do luto, de acordo com os costumes de cada sociedade


pôr l.

vestir-se de luto por alguém

l. carregado, cerrado, fechado ou pesado

aquele que marca os primeiros tempos após a morte de pessoa querida, no qual a única cor admitida é o preto


Etimologia

lat. luctus,us 'dor, mágoa, lástima', de luctum, supn. de lugèo,es,xi,ctum,gére 'chorar (pela perda de alguém)'; ver 1lut-; f.hist. sXIII luito, sXIII luyto, 1344 loito, 1522 luto, 1858 lucto

Antônimos

alegria, regozijo

Homônimos
luto(fl.lutar)


sábado, outubro 09, 2004
 
estorvo

e disse o grande pensador e balconista do boteco:

"tem gente que nasceu pra atrasar a vida dos outros".


terça-feira, outubro 05, 2004
 
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fazia tanto tempo que não ouvia.

agora, música pra ouvir tomando vódega.

ou vinho barato.

you know what i mean.

don't you?

...



you could be my unintended
choice to live my life extended
you could be the one i'll always love
you could be the one who listens to my deepest inquisitions
you could be the one i'll always love

i'll be there as soon as i can
but i'm busy mending broken pieces of the life i had before

first there was the one who challenged
all my dreams and all my balance
she could never be as good as you

you could be my unintended
choice to live my life extended
you should be the one i'll always love

i'll be there as soon as i can
but i'm busy mending broken pieces of the life i had before

i'll be there as soon as i can
but i'm busy mending broken pieces of the life i had before

before you



sábado, outubro 02, 2004
 
o patrono da desordem

tendo madrugado hoje, deparei com as mulheres que trabalham na limpeza.

não me importo com o que meus colegas pensam e dizem sobre minha mesa e meu sítio arqueológico no pavilhão 5.

mas confesso que fiquei um pouco envergonhado ao ver as mulheres, que devem manter distância do meu cantinho, inclusive porque não conseguiriam limpar minha mesa mesmo.

e aí me lembro de uma história contada pelo elio gaspari sobre o barão do rio branco, que ele chama de "patrono da desordem" (me identifiquei de imediato com o homem). e a vergonha passa.

com a palavra, gaspari:

"empilhava papéis, mapas, maços de cigarros e jornais. quando a mesa não aguentava mais entulho, mandava vir outra, chamava o caos de "mar morto" e proibia que se mexesse na papelada. a sala de sua casa de petrópolis ficou imprestável porque as pilhas de papéis vedaram o acesso às janelas. no seu grande gabinete do itamaraty, comportava-se um pouco melhor. um argentino escreveu que ele o recebeu em frente a uma grande mesa, inteiramente desarrumada, onde havia espaço apenas para um mata-borrão e um prato cheio de guimbas de cigarro.

em nove anos de ministério, rio branco teve 14 mesas e todas ficaram na mesma sala. tinha também o hábito de comer e dormir no gabinete. (acabou morrendo nele, em 1912, aos 66 anos.) um dia foi encontrado estendido no chão, vestido. desmaiara estudando mapas".


 
caro diário

sábado, 09h16, pavilhão 5.

não vou reclamar.

apenas, como de costume ultimamente, fico triste ao lembrar de como já foi genuinamente divertido.

hoje, a primeira palavra que me vêm à cabeça para descrever esse dia é: melancólico.

e amanhã eu sei que a melancolia vai bater mais forte ainda.

ah, esquece, não pensa mais.


sexta-feira, setembro 24, 2004
 
get me away from here i'm dying

Empresa é a maior culpada pelo estresse do funcionário

"O estresse é uma doença organizacional, que revela não só conflitos pessoais, mas também estruturas e ambientes de trabalho doentes. Para reduzir o estresse nas empresas, melhorar a produtividade e reduzir as faltas por doença com fundo emocional, é preciso muito mais do que apenas tratar indivíduos".



 
the story is old but it goes on

meu guru para assuntos administrativos, esportivos, filosóficos e de outros tipos tem razão: eu tenho um problema de continuidade.


quinta-feira, setembro 16, 2004
 


Too Tough To Die

I am a tu tu tu tu tough tough guy
I tell no tales I do no lie

I am a tu tu tu tu tough tough guy
Halo round my head to tough to die

Main attraction in a freak side show
Down in the basement where the cobwebs grow
On my last leg just gettin' by
Halo round my read too tough to die

Rainy days rain cool wine
I'll scratch your back if you scratch mine
Hot sweat on my face
I feel like goin' out someplace

Up late light my chocolate sweet
Down at the gym where the muscle boys meet
I am very nice guy very sincere
In real good shape I have no fear

At the concert when the band comes on
I am in the ring where I belong
On my last leg just gettin' by
Halo round my head too tough to die

hey ho let's go


 
couro de bulldog

é preciso ter o couro duro disse o motorista do ônibus para o homem bêbado com o copo plástico na mão.

ali perto do largo da batata o homem bêbado com o copo de plástico ainda na mão desceu do ônibus e entrou no boteco em frente ao ponto.

eu o vi falando com o homem do outro lado do balcão que balançava a cabeça enquanto parecia dizer algo.

talvez ele estivesse dizendo é preciso ter o couro duro.

quem sabe.

provavelmente não.

provavelmente ele apenas estivesse dizendo palavras mais familiares ao homem com o copo plástico na mão.

talvez dissesse palavras como não não não.


 
últimas notícias

no subsolo não há janelas.


segunda-feira, setembro 13, 2004
 
punk rock is freedom (ii)

life:

a disappointment,
nay,
a cheat!

nye!
nye!
nye!


 
punk rock is freedom (i)

the perfect girl

when i brush my teeth in the morning
i´m waiting for the new light to come
when i see the strange face in the mirror
thinking what the hell went so wrong

when i stare at the empty eyes on the bus
i´m hoping there´s somewhere to go
when i get to the place i´m stuck in
thinking i didn´t mean it when i said no

i´ve been waiting for the perfect girl
i´ve been looking for the perfect girl
i am tired about the perfect girl
i got wasted because the perfect girl


 
outro endereço

fiquei sabendo que deixaremos o pavilhão 5 em breve.

seremos transferidos para um prédio localizado ao lado da sede do império.

mais precisamente, para o subsolo do prédio.

tem janelas lá? ela perguntou.

ha.

não poderia ser mais perfeito.



quinta-feira, setembro 02, 2004
 
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Life Goes On

Echo & The Bunnymen

How do you stop yourself from
Falling apart and going under
Lost in a world that's got your
Name tag, nametagged and your number

One by one they will find you
Life goes on behind you
Behind you

When does it start to fade and
When do the roads start leading nowhere
When all your prayers have been prayed
That's when you know your dream is over

One by one they will find you
Life goes on behind you
Behind you

One of these days I'm gonna
Do as I say and do it my way
I'm gonna grow those wings
And learn to fly and hit the sky

One by one they will find you
Life goes on behind you
Behind you


 
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In any relationship, one person always does the heavy lifting.

Photo by Brian Hamill - © 2003 Dreamworks LLC. All Rights Reserved.

anything else
imdb


 
Lionel Johnson

"Go from me: I´m one
of those who fall"


Tropeçava em seus próprios pés ascéticos
e a carcaça ia ao chão já encharcada,
mas se tais estados não são poéticos
ao menos são melhores do que nada.

Pregava a castidade ao seu ouvinte
e dizia-se capaz de abandonar
o álcool (conta Yeats) no dia seguinte.
No fim de sua vida havia um bar.

João Moura Jr.


quarta-feira, setembro 01, 2004
 
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"Quando a gente não pode fazer nada a gente avacalha. Avacalha e se esculhamba".

Foto: Leonardo Colosso/ Folha Imagem


sexta-feira, agosto 27, 2004

 
ahoy there

quer um dos últimos concertos dos libertines com a presença de pete doherty?

londres, rhythm factory, 15.04.2004.

faz tempo que está aqui.

fanx pete.


 
sim eu sei

sempre da próxima vez.

e constato o óbvio: tarde demais.


sexta-feira, agosto 20, 2004
 
e como diria meu guru para assuntos administrativos, esportivos e filosóficos

pra quem não sabe pra onde ir, qualquer caminho serve.


 
jerry said

you should just do it like a band-aid. one motion! right off!


quarta-feira, agosto 18, 2004
 
Top Of The Pops

A banda Franz Ferdinand está disponibilizando para download gratuito uma versão de "Tell Her Tonight", cantada em alemão pelo baterista Paul Thomson.

O plano original da banda, e de sua gravadora, era incluir três faixas no CD2 do single "Michael" (O CD1, além da canção título, tem "Love and Destroy" e "Missing You"), entre elas essa versão de "Tell Her Tonight".

No entanto, perceberam que, ao incluir três faixas em cada um dos CDs, tornariam o CD2 "chart-ineligible" - ou seja, sem condições de participar de paradas de sucessos britânicas.

Então a gravadora abandonou a idéia original e vai substituir o segundo CD por uma versão com apenas duas faixas ("Michael" e "Don´t Start").

Para compensar, colocaram a faixa para download nos sites da banda e da gravadora, em mp3 de alta qualidade.


 
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The Planet of Sound

Um artigo publicado no jornal New York Times mês passado deu a entender que um novo disco dos Pixies pode ser lançado em 2005.

Caso os rumores se revelem reais, seria o primeiro álbum de estúdio desde Trompe le Monde (1991).

E Frank Black teria citado um possível produtor que dá o que pensar: Tom Waits.

Seja como for, é melhor ter paciência.

Pode ser que não venha um álbum novo, mas há outras coisas interessantes acontecendo.

Os shows da banda têm sido gravados e comercializados em CD tão logo as apresentações terminam.

Para, em seguida, estar disponível na internet, claro.

Recentemente eles lançaram a primeira canção nova em 13 anos, ‘Bam Thwok’. Ela foi criada no estúdio caseiro de Joey Santiago e gravada no Stagg Street Studios, em Los Angeles, para ser comercializada, a 99 centavos de dólar, no iTunes.

Em entrevista a Associated Press, Frank Black é enfático ao comentar a respeito de como a música vem sendo produzida e consumida atualmente:

"Companhias de discos - quem precisa delas? Não é onde o dinheiro está. O negócio tem que ser feito com os consumidores de verdade - os fãs".

"As companhias de discos precisam de conteúdo. Elas precisam de artistas. Nesse momento, elas precisam mais dos artistas do que nós precisamos deles".

nme
filter
cnn



sexta-feira, agosto 13, 2004
 
Brave New World

Macacos viram workaholics com bloqueador genético

"Macacos preguiçosos foram transformados em trabalhadores compulsivos por causa de um tratamento genético que bloqueou um importante composto cerebral. (...). Ao impedir que as células recebessem dopamina, os cientistas fizeram com que os macacos se empenhassem mais em uma determinada tarefa e também que a cumprissem melhor".

"Embora alguns empregadores possam ter outro interesse no estudo, os pesquisadores disseram que sua intenção é estudar doenças mentais".

"Neste caso, vale a pena notar que a capacidade de associar trabalho a recompensa é perturbada por desordens mentais como esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo", disse Richmond. "Por exemplo, pessoas deprimidas freqüentemente acham que trabalhar não vale a pena por nada. As pessoas com distúrbio obsessivo-compulsivo trabalham incessantemente e, mesmo quando recompensadas, sentem que precisam repetir a tarefa. Na mania, as pessoas trabalham febrilmente por recompensas que não valeriam a pena para a maioria de nós."

Sem dúvida, deve ter gente adorando o estudo.

A propósito, comentário do chefe: "o trecho que mais gostei: ´Por exemplo, pessoas deprimidas freqüentemente acham que trabalhar não vale a pena...´ ".

Seria cômico se... ah, deixa pra lá.

Valiosa dica encontrada no Martelada.


sábado, agosto 07, 2004
 


pic by roger sargent

can't stand me now

carl barat sobre pete doherty, no independent:

"his demons are something very, very personal and very dark, which I don't think he's ever seen. and there's a lot of exorcising to be done there. and it has to come from him."

no mesmo texto, craig mclean comenta sobre o disco a ser lançado oficialmente em 30 de agosto:

"the record is called "the libertines" because, simply, it tells the story of the songwriters' topsy-turvy relationship. on many songs barat and doherty sing alternate lines directly at each other. hearing them is like being privy to a particularly savage mike leigh workshop. the last song on the album is "what became of the likely lads" ("please don't get me wrong, see I forgive you with a song/ but if it's left to you I know exactly what you'll do with all the dreams we had"). the truth is in there".



sexta-feira, agosto 06, 2004
 
sweet and tender hooligans

betty clark conta um pouco da história da terceira melhor banda do universo em atividade.

(as outras duas são radiohead e pixies).

pete doherty:

"there's no drug in the world that can compare with playing music."

"my brother and i are not rivals. we are shipmates and best friends and the greatest songwriting partnership in the world."

carl barat, sobre pete:

"he loves to air his dirty linen in public. it just happens to be mine as well."

"i just want peter to clean up. i want music. i don't want a chat show."

no guardian.


 
para meu amigo joão miguel. um dos poucos.

arte do chá

paulo leminski

ainda ontem

convidei um amigo

para ficar em silêncio

comigo



ele veio

meio a esmo

praticamente não disse nada

e ficou por isso mesmo


 
ticket to xangai

um dia desses eu me caso com você

de tanto me perder, de andar sem sono
por essa noite sem nenhum destino
por essa noite escura em que abandono
uns sonhos do meu tempo de menino
de tanto não poder mais ter saudade
de tudo o que já tive e já perdi
dona menina, eu me resolvo agora
a ir-me embora pra longe daqui.

um dia desses eu me caso com você
você vai ver, ai ai, você vai ver
um dia desses, de manhã, com padre e pompa
você vai ver como eu me caso com você

meu tempo de brincar já foi-se embora
e agora, o que é que eu vou fazer?
não tenho onde morar, vou caminhando
sem sono, sem mistérios, sem você;
pra terra onde nasci
ai ai
não volto nunca mais
e esta cidade alheia tem segredos
que eu faço tudo pra não compreender

meu pobre coração não vale nada
anda perdido, não tem solução
mas se você quiser ser minha namorada
vamos tentar, não é?
não custa nada
até pode dar certo
ai ai
e se não der
eu pego um avião, vou pra xangai
e nunca mais eu volto pra te ver.

torquato neto.



quinta-feira, agosto 05, 2004
 


song for a polar bear

fifteen minutes old

snow patrol

i'm good for inspiration aren't i you will find
well close the door and i'll go anywhere
you take me to from this bed onto so much more
care for you i will

can i have a picture of you tonight
keep it with me always in my mind

touch me cause i can't move
i can barely breathe speechless, breathless
i can't tell you if i'm here or not
running both legs tied together
arms in the air
care for you i will

can i have a picture of you tonight
keep it with me always in my mind


 
jeane

the smiths

the low-life has lost its appeal
and i'm tired of walking these streets
to a room with a cupboard bare

jeane
i'm not sure what happiness means
but i look in your eyes
and i know
that it isn't there

we tried, we failed
we tried, and we failed
we tried and we failed
we tried and we failed
we tried

jeane
there's ice on the sink where we bathe
so how can you call this a home
when you know it's a grave ?

but you still hold a greedy grace
as you tidy the place
but it'll never be clean
jeane

we tried, we failed
we tried, and we failed
we tried and we failed
we tried and we failed
we tried

oh ...
cash on the nail
it's just a fairytale
oh ...
and i don't believe in magic anymore
jeane

but i think you know
i really think you know
oh ...
i think you know the truth
jeane

oh ...

no heavenly choir
not for me and not for you
because i think that you know
i really think you know
i think you know the truth
oh ...
jeane

that we tried, and we failed
that we tried, and we failed
we tried and we failed
we tried and we failed
oh ...
oh ...
jeane


 
anyone can be a dj - but me

eis um set list para uma festa à qual nunca deveria ter ido.

por lá ficaram dois cds caseiros, objetos que haviam sido retirados de meu sítio arqueológico e um pouco do que ainda restava de minha dignidade.

01. beach boys . good vibrations
02. mutantes . top top
03. dj marky . lk (carolina carol bela)
04. audio bullys . 100 million
05. basement jaxx (feat. dizee rascal) . lucky star
06. superfurry animals . juxtaposed with u
07. tv on the radio . the wrong way
08. detroit cobras . jackson
09. morrissey . the loop
10. new order . crystal
11. the stills . lola star and stripes
12. pixies . levitate me
13. radiohead . 2 + 2 = 5
14. the white stripes . hypnotize
15. distillers . drain the blood
16. the libertines . don´t look back into the sun
17. the libertines . what a waster
18. kinesis . everything detroys itself
19. d.r.i. . i don´t need society


segunda-feira, agosto 02, 2004

quarta-feira, julho 28, 2004
 


Libertines: Boys in the Band
Picures by Roger Sargent
July 23rd - July 25th
Proud Camden Moss
10 Greenland Street
Camden
London


 


trilha sonora de mais uma manhã perdida

eu me lembro.

lembro dele ao piano. dos sapatos vermelhos.

acho que lembro principalmente de um certo momento, naquela rua.

de ir para a direita. enquanto você ia para a esquerda.

Do not go gentle into that good night

Dylan Thomas

Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.



 
However far away

"Esboco diariamente mensagens pra vc que jamais serao escritas. Imagino
conversas que nunca ocorrerao.

Por que, ainda? Vc seria meu amiguinho imaginario da infancia mumificada
que, por algum impulso doentio, insisto em desenterrar? Vc existe"?


segunda-feira, julho 26, 2004

 
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"De tão obcecado pelos mecanismos da mente, cheguei a pensar em estudar neurofisiologia. Mas desisti, passando a abordar a mente, de uma outra forma, nos meus filmes. Gosto de reforçar que cada um vive dentro da sua cabeça. Brilho Eterno não é um filme sobre o relacionamento de Clementine e Joel, mas sim sobre a percepção de Joel. É a sua versão do romance. Se tivesse optado pelo ponto de vista de Clementine, a história seria diferente, ainda que eles tenham vivido as mesmas coisas".

(...)

"...a confusão sempre acaba a meu favor. O caos é fundamental para a minha criação".

Charlie Kaufman, roteirista de, entre outros, Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças, Adaptação, e Quero Ser John Malkovich, em entrevista a Elaine Guerini, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.


quarta-feira, julho 21, 2004
 
Là-bas, je ne sais où

Álvaro de Campos

Véspera de viagem, campainha...
Não me sobreavisem estridentemente!

Quero gozar o repouso da gare da alma que tenho
Antes de ver avançar para mim a chegada de ferro
Do comboio definitivo,
Antes de sentir a partida verdadeira nas goelas do estômago,
Antes de pôr no estribo um pé
Que nunca aprendeu a não ter emoção sempre que teve que partir.
Quero, neste momento, fumando no apeadeiro de hoje,
Estar ainda um bocado agarrado à velha vida.
Vida inútil, que era melhor deixar, que é uma cela?
Que importa?
Todo o Universo é uma cela, e o estar preso não tem que ver com o tamanho da cela.

Sabe-me a náusea próxima o cigarro. O comboio já partiu da outra estação...
Adeus, adeus, adeus, toda a gente que não veio despedir-se de mim,
Minha família abstrata e impossível...
Adeus dia de hoje, adeus apeadeiro de hoje, adeus vida, adeus vida!
Ficar como um volume rotulado esquecido,
Ao canto do resguardo de passageiros do outro lado da linha.
Ser encontrado pelo guarda casual depois da partida —
«E esta? Então não houve um tipo que deixou isto aqui?» —

Ficar só a pensar em partir,
Ficar e ter razão,
Ficar e morrer menos ...

Vou para o futuro como para um exame difícil.
Se o comboio nunca chegasse e Deus tivesse pena de mim?

Já me vejo na estação até aqui simples metáfora.
Sou uma pessoa perfeitamente apresentável.
Vê-se —dizem— que tenho vivido no estrangeiro.

Os meus modos são de homem educado, evidentemente.
Pego na mala, rejeitando o moço, como a um vicio vil.
E a mão com que pego na mala treme-me e a ela.

Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.

Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...


 
Palavra do dia

haze

Pronunciation: 'hAz
Function: noun
Etymology: probably back-formation from hazy
1 a : fine dust, smoke, or light vapor causing lack of transparency of the air b : a cloudy appearance in a transparent liquid or solid; also : a dullness of finish (as on furniture)
2 : something suggesting atmospheric haze; especially : vagueness of mind or mental perception

Fonte: Merriam-Webster Online

haze

n 1 neblina, cerração, nevoeiro. 2 vagueza de espírito, falta de clareza. • vi enevoar, obscurecer.
vt 1 maltratar. 2 dar trote (estudantes). 3 fazer algazarra.

Fonte: Michaelis


terça-feira, julho 20, 2004
 
O sábio da caverna
 
"Não gosto de horários nem de compromisso. As pessoas costumam sair de madrugada para trabalhar e passam a vida se lascando para no final não ter dinheiro nem para pagar seus remédios. Prefiro não fazer nada."
 
Severino Gomes, 53, que mora há 25 anos em uma caverna no no bairro da Urca, Rio de Janeiro, sem energia elétrica nem água encanada, no pé do Pão de Açúcar.
 
Ele é um dos personagens da interessante matéria Rio abriga homens da caverna do século 21  , de autoria de Marcelo Bortoloti e publicada na edição de domingo da Folha de S. Paulo.
  

 


quinta-feira, julho 15, 2004
 
O homem-cartaz
 
Eu conheço um homem-cartaz.

Tem gente que os chama de homens-placa, mas eu prefiro a
palavra cartaz. Afinal é disso mesmo que se trata.

Ele está freqüentemente na rua Barão de Itapetininga, centro
de São Paulo, ali perto da Praça da República, estático, “vestindo” um cartaz
com ofertas de emprego.

Ele me lembra uma velhinha, com seu corpo um pouco
rechonchudo, rosto vermelho, cabelo ensebado, penteado pra trás, olhos miúdos,
jeito duro, cara triste, sempre com a mesma blusa surrada de lã.

Um dia o vi em um restaurante na rua Aurora, perto da
Estação da Luz, em frente ao ponto dos travestis, ao lado do trailer onde se
joga sinuca e que tem uma jukebox que, de vez em quando, me surpreende.

A TV exibia o programa do Faustão, algum desses quadros que
contam a vida de celebridades, mostrando depoimentos de parentes, amigos,
amantes, enfim, essas coisas que buscam levar os telespectadores às lágrimas.

Pois o homem-cartaz, solitário no balcão, do mesmo jeito que
sempre o vejo na Barão de Itapetininga, sem o cartaz, é claro, derrubava
lágrimas, embora parecesse se esforçar para que isso não acontecesse.

Bem discretamente ele enxugava os olhinhos vermelhos,
enquanto bebia Coca-Cola. Haviam duas garrafas sobre o balcão.



 
Agora



Eu quero um diazepínico.



quarta-feira, julho 14, 2004
 
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Arbeit Macht Frei

Há exatamente sete anos eu perambulo pelo Pavilhão 5.

A companheira com quem cheguei aqui no mesmo dia se foi, fugiu, escapou, para lugar melhor, claro.

Outros tantos se foram, como DJ Zaratruta, deixando o lugar ainda mais triste.

Passamos por algumas mudanças, as caixas continuam fechadas aqui ao meu lado, aconteceu um incêndio (lembra das marcas na parede?), e continuo aqui, Pavilhão 5, life sentence space.

Ontem mesmo falavam de você aqui. Delírios sobre milhares de cópias de panfletos para serem distribuídos às pessoas que foram ao show do Fugazi, receitas para fazer bombas caseiras, essas coisas.

Tsc, tsc, tsc.

O mais estranho de tudo talvez seja pensar que um dia, quem diria, eu fui feliz aqui.


 
Do melhor disco do ano

Last Post On The Bugle

The Libertines

If I have to go
I will be thinking of your love
Oh somehow you'll know
You will know
Thinking of your love

Sadly they whispered away
As I played the last post on the bugle
I heard them say
Oh that boy's no different today
Except in every single way


If I have to go
I will be thinking of your love
Oh somehow you'll know
You just know
Thinking of your love

Oh, I was carried away
Caught up in an affray
They let him away, he sang
We'll meet again some day
And oh my boy, there's a price to pay


If I have to go
I will be thinking of your love
Oh somehow you'll know
I don't know how much longer
I'll be thinking of your love

La-la-la-la-la
La-la-la-la-la

Inside I felt
So, so alone
Locked in a room
Waiting til kingdom come
Although I felt elated
I felt like I was scum


I was carried away
Caught up in an affray
They let him away, he sang
We'll meet again some day
Oh my boy, there's a price to pay

Feels like I've never been away
Though it's been longer than I could possibly say

I've been wandering the market
Carrying a sign, saying the end of...

The world is nigh
I'm glad to see we're still tight
The bonds that tie a man are tight
Yet we do what we do
With ritual hability
All through the night


 
Narcissist

The Libertines


Professionally trendy in the glow of Clapham sun
There's life after work and it can be such fun
You see all the models in magazines and on the walls
You wanna be just like them
Cause they're so cool

They're just narcissists
Well wouldn't it be nice to be Dorian Gray?
Just for a day
They're just narcissists
Oh, what's so great to be Dorian Gray
Every day?

We're living in a looking glass
As the beauty of life goes by
You're going to be so old
You're going to grow so old
Your skin so cold


Well they're just narcissists
Well wouldn't it be nice to be Dorian Gray
Just for a day?
Such narcissists
What's so great to be Dorian Gray
Every day?

They're just narcissists
Wouldn't it be great to be Dorian Gray?
Just for a day
Just for a day


 
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Walter Richard Sickert

Ennui

"Sickert was a creep. But for some reason, so are all the best British modern painters. If he smashes people's faces, so does Francis Bacon. If he makes bodies look blotchy and sad, so does Lucian Freud. Both artists are deeply indebted to Sickert. This is a formidable exhibition of one of the few great British artists of modern times. I was glad to get out of there alive".

Jonathan Jones

Para quem pode gastar em libras (ou euros, ou dólares):

Walter Richard Sickert: The Human Canvas is at Abbott Hall Art Gallery, Kendal, until October 30. Details: 01539 722464.


 
Road to Ruin

O caminho de volta pra casa é sempre longo demais.

Não importa a distância entre você e a casa.

Ou algo assim.

É sempre longe demais.

Qualquer noite dessas eu durmo na praça, mais uma vez.


 
Arbeit Macht Frei!

arbeit macht frei!


 
E sexo não se compra

É que uns certos economistas "estimaram que aumentar a freqüência sexual de uma vez por mês para ao menos uma vez por semana produz tanta felicidade quanto pôr US$ 50 mil no banco".


 
Declaração universal pelo direito à tristeza

Acho que amo essas meninas.

Mas só por hoje.

Afinal viver causa-me mais e mais náuseas.


 
Te amo podes crer

Arnaldo Baptista

Já faz muito tempo
Que eu gosto de você
Não tenho saída
Te amo podes crer

Vivo a pensar
Pra trás
Quando sozinho na cidade
Você me deu adeus
Como? Se nós somos de Deus
Você me disse adeus
Ao vento, à cidade
À chuva, e à saudade

Dentro de algum tempo
Eu paro de tocar
Espero o apocalipse
Tentando te encontrar

É muito triste pensar
Em você com quem não vive depois da morte

E você me deu adeus
Como? Se nós somos de Deus

E hoje eu canto e choro
Num show
Seria o maior barato
tocar seu coração

Vivo a pensar
pra frente
Quando não mais houver cidade
Eu vou te achar
Com mil anos de idade


sexta-feira, julho 09, 2004
 
Como diria Ian McCulloch, aquele cara que gosta de caipirinha

Zephyr

Can you be the one
To help me understand myself
The one and only one
Is it you and no one else

Can you shoot the veins
That others only dream about

Can you light the fire
When all my flames are dying out


Can you be the one
Can you be the one
Can you be the one
Can you be the one

Tell me about my life
Tell me about my world
Tell me about your life
Tell me about your world


the crowd
Aim above and out beyond
Leave the common ground
You never wanted to belong
The sky is open wide
Light the fuse and take a ride
Leave it all behind
Dig in deep and push aside

You know you`re the one
You know you`re the one
You know you`re the one
You know you`re the one

Tell me about my life
Tell me about my world
Tell me about your life
Tell me about your world

Shoot them down
They want to drag you down
Got to see
They`re your enemies
Shoot them down
They want to drag you down

Got to see
They`re your enemies
Listen, you can`t even see
What this world has done to me
Done to me
Done to me

Can you be the one
To help me understand myself
The one and only one
Is it you and no one else

Can you shoot the veins
That others only dream about
Can you light the fire
When all my flames are dying out

Can you be the one
Can you be the one
Can you be the one
Can you be the one

Tell me about my life
Tell me about my world
Tell me about your life
Tell me about your world

Tell me about my life
Tell me about my world
Tell me about your life
Tell me about your world

Tell me about my world
Tell me about my world
Tell me about my world


 
yep disabled

I won me a mockingbird, a mockingbird, a mockingbird
I won me a mockingbird, when I gambled all night long
Mockingbird was squaking bird, squaking bird, squaking bird
Mockingbird was squaking bird, squaking all night long
I tried for the money
And I just wasn't able
Had two more drinks and then
I slipped under the table
And she mocked me all night long

Drinks served by a Chinese girl, Chinese girl, Chinese girl
Drinks served by a Chinese girl, Chinese all night long

She said "You can look my boy, see you can't touch
You got a jack a five and a couple of threes
I got the royal flush"
She mocked me all night long

I won me a mockingbird, a mockingbird, a mockingbird
I won me a mockingbird, when I gambled all night long
Mockingbird was squaking bird, squaking bird, squaking bird
Mockingbird was squaking bird, squaking all night long

I tried for the money
And I just wasn't able
Had two more drinks and then
I slipped under the table
And she mocked me all night long


 
como diria arnaldo baptista não me deixes tão sozinho ou simplesmente não me deixa

seria o maior barato tocar seu coração, eu sou velho mas gosto de viajar, eu não gosto do pessoal da nasa, cadê meu disco voador?, ontem me disseram que um dia eu vou morrer, mas eu quero mais é decolar toda manhã, i'm singing alone, train, i'm so lonely, where's home?, hoje de manhã eu acordei pensando: preciso de dinheiro, meu refrigerador não funciona, você se vai como uma azeitona, he, já tentei de tudo, vou me perder na relatividade das pequenas, let's go to the sunshine, será que eu vou virar bolor?, ei, cuidado, cavalo não desce escada, eu subo, desço, paz e amor, com meu bem fui ao cinema, não me deixes tão sozinho, tomate maravilha, olha, o sol chegou, me abrace, diga que você me quer, mas está muito claro que eu estou do seu lado, não sou perfeito nem mesmo você é, a luz é relativa, e você me deu adeus, mas é o seguinte, resumindo: ame-me ou deixe-me em paz.

p.s.: ei, seu josé, um abraço!


 
Essa letra já esteve aqui, faz pouco tempo.

Você provavelmente não vai entender, provavelmente ninguém vai entender.

Como diria ela, que também não vai entender, lyrics say it all.

But, who cares, nevermind, blablabla.

Can't Stand Me

The Libertines

An ending fitting for the start
She'd twisted all our love apart
Your life fingers through the dark
Shattered the lamp into darkness, they cast us all

No, you've got it the wrong way round
You kept me out, and tried to blame it on the ground
Cornered the boy, kicked out at the world
The world kicked back a lot fucking harder now

If you wanna try
If you wanna try
There's no worse you could do
Uh oh oh

I know you lie
I know you lie
But I'm still in love with you
Uh oh

I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can take you anywhere you wanna go

No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me

I feel enough to keep enough to keep it together
I do, we just keep on pretending
That our love was never ending, no

[...]

If you wanna try
If you wanna try
There's no worse you could do
Uh oh oh

I know you lie
I know you lie
All those words that ain't true

I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can take you anywhere you wanna go

No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me


 
so come to terms

i am not able. indeed.


quinta-feira, julho 08, 2004
 


Something ain't quite right, you got the devil on your side, standing to your right come on

E então o segundo álbum do Libertines, uma das melhores bandas que surgiram nos últimos anos está na internet (and I am forever remotely queued).

Mês que vem ele deverá ser lançado “oficialmente” ou coisa que o valha.

Porém, infelizmente, é bem provável que esse seja também o último álbum do Libertines.

Semana passada, Carl Barat (guitarrista , vocalista e compositor), John Hassall (baixo) e Gary Powell (bateria) anunciaram que Pete Doherty, guitarrista, vocalista e compositor, está fora da banda. Porque ele é um junkie, ora, que gosta muito de cocaína e heroína. E será bem vindo de volta quando estiver “limpo”.

Ano passado ele passou alguns meses preso, por ter invadido o flat de seu colega de banda, Carl Barat, para roubar alguns objetos pessoais, conseguindo assim algum dinheiro para comprar drogas.

Recentemente, ele passou por três clínicas de reabilitação em um mês. A última delas foi uma das mais severas do mundo, na Tailândia (onde um dos métodos de castigo para os junkies desobedientes é a surra com vara de bambu), da qual ele praticamente fugiu, abandonando o programa de desintoxicação no terceiro dia.

Saindo de lá ele correu para a capital Bancoc, onde conseguiu uma pechincha: em três dias gastou apenas 280 libras (por volta de 1600 reais, hoje, acho); na Inglaterra, a mesma quantidade lhe seria oferecida por alguns milhares de libras.

Voltando a Londres, foi pego pela polícia portando uma faca. Pouco depois a banda cancelou sua participação no festival de Glastonbury. E os outros integrantes fizeram o fatídico anúncio.

Embora não seja fã dos Rollings Stones, simpatizo com Keith Richards. E sempre lembro de uma declaração dele, reproduzida no livro “According To The Rolling Stones”, sobre seu colega, Brian Jones, que, pouco depois de ser expulso da banda, foi encontrado morto na piscina de sua casa, durante uma festa:

“Havia algo nele que, se as coisas iam bem, ele deveria fazer algo para embaralhá-las. Eu conheço a sensação: há um demônio em mim também, mas eu só tenho capacidade de possuir um deles; Brian provavelmente tinha 45 demônios a mais".

Hoje li uma declaração de Pete Doherty que me lembrou o que disse Keith Richards:

“There are three things that I know a bit about in my life and that’s QPR, my guitar and drugs. I know QPR are the best football team in the world, my guitar is the most beautiful thing I own and that I don’t take enough drugs to kill me. It isn’t drugs that I need to get rid of; it’s the demons that fill my head. Once I have come to terms with my demons, maybe I’ll be able to get clean.”

Em tradução tosca:

Há três coisas a respeito das quais sei um pouco na minha vida e elas são: o Queens Park´s Rangers (time de futebol do qual Pete é torcedor) , minha guitarra e drogas. Sei que o Queens Park´s Rangers são o melhor time de futebol do mundo, minha guitarra é a coisa mais bonita que possuo e que não tomo drogas suficientes para me matar. Não preciso me livrar das drogas; preciso me livrar dos demônios que preenchem minha mente. Assim que eu entrar em um acordo com meus demônios, talvez eu seja capaz de ficar limpo”.

Pete tem 25 anos. Ou seja, está perto de uma idade perfeita pra morrer e virar “mito”.

Mesmo assim desejo a ele boa sorte com seus demônios.

Embora pense que, sejamos artistas talentosos como Pete ou pessoas medíocres como eu, estamos sozinhos nessa. O que dificulta bastante as coisas.

Anyway, cheers mate.

Guardian
nme.com


terça-feira, julho 06, 2004
 
Annihilation beckons the dark star of rock

"I think Pete's main problem is that he is fascinated by the dark side".

(tradução tosca: "Acho que o principal problema de Pete - Doherty, guitarrista, vocalista e compositor do Libertines, uma das melhores bandas surgidas nos últimos anos -é que ele é fascinado pelo lado negro".

Tony Gaskin, gerente do pub Filthy McNasty's, onde o Pete pode ter tocado pela última vez com o Libertines.


 
But don´t look back in anger

Há certos lugares aos quais se deve ir para não esquecer porque nunca mais se deve voltar a eles.



terça-feira, junho 29, 2004
 
somewhere only we know

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Somewhere Only We Know

Keane

(Agradeço a Viviane por mais uma valiosa dica)

I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete

Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin


I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?

Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?


Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?

This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?


 
this is not a love song

isso é olho seco

olho de gato, pele de pato
almoçando eu vi
sua orelha no meu prato

respiro você
nariz entupido
cabeça chata, dinheiro falso
penso demais, porrada no olho, mas...




sexta-feira, junho 25, 2004
 
Diário de Jó

Se já não bastassem as provações a que tenho sido submetido, venho tendo que lidar com mais uma: alguns longos dias sem álcool.

Considerando que bebo para, entre outras coisas (como dizia George Jean Nathan - e eu jurava que tinha sido o Paulo Francis), tornar as pessoas interessantes, acho melhor me trancar em casa nos próximos dias.


quinta-feira, junho 24, 2004
 
Pensa que eu te escuto

Caro DJ Zaratruta; lembra daquela enquete que bolamos, em meados do século passado, quando você ainda havitava esta parte inóspita do planeta, inspirados pelo maravilhoso Fala Que Eu Te Escuto?

Algo mais ou menos assim:

"Pesquisa (de opinião, de mercado, enfim): ciência, obra do demônio, charlatanismo ou safadeza"?

Pois nossos colegas vivem se superando.

Você viu isso?

Eles querem, literalmente, entrar na mente dos consumidores.

Vade Retro!

(fanx marcelo träsel)


terça-feira, junho 22, 2004
 
Brizola

A repercussão da morte do dono do PDT rendeu aquelas frases de sempre, louvando o homem como "elemento fundamental da história contemporânea do Brasil" (Ciro Gomes), "uma das grandes figuras políticas do século 20" (Olívio Dutra), "um protagonista da história do Brasil" (Jefferson Peres), "um grande brasileiro, um homem que sempre esteve presente nas grandes lutas do nosso povo" (Miguel Arraes), "parte da história do Brasil" (Marta Suplicy), alguém que "marcou a história contemporânea do país" (Jarbas Vasconcelos), "um gigante na vida pública brasileira" (Waldez Góes), blablablablablabla...

Mas boa mesmo foi a declaração de Pelé:

"Graças a Deus ele não sofreu. Foi para o hospital sem nenhum sofrimento. Isso é bom. Agora é pedir para a família ter um pouco de tranqüilidade e aceitar porque Deus sabe o que faz. Ele era um amigo meu."


 
Falando em Guinness...

Take the quiz: "Which Random Irish Gaelic Phrase Are You? "

Pog mo thoin
Pog mo thoin - 'Kiss my ass.'You're one tough bastard, and if anyone doesn't like it, they can kiss your ass. You enjoy fighting and causing grievous bodily harm. Hey! What are you lookin' at, punk?

Cheers, Viviane!

(que achou o teste no blog da Gabi)


domingo, junho 20, 2004
 
brother my cup is empty

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pic by mama (!!!) junkie


 
Trilha sonora

His Last Painting

Manic Street Preachers

The nothing in me
The apostle in me
No interpretation
For the heart of me

I can't see right from my wrong
I've loved so much that I can't go on

It's not my life anymore
Don't speak the truth anymore
All of the hope and the dreams
Ripped right open at the seams

I can't see right from my wrong
I've loved so much that I can't go on

Seems like I've lost myself
To everybody and everything else
I've lied again today
People laugh at it all the time

I can't see right from my wrong
I've loved so much that I can't go on

It's not my life anymore
Don't speak the truth anymore
All of the hope and the dreams
Ripped right open at the seams

I can't see right from my wrong
I've loved so much that I can't go on

The nothing in me

The nothing in me
The apostle in me
No interpretation
For the heart in me

The nothing in me
The apostle in me
The nothing in me
The apostle in me

The nothing in me


sexta-feira, junho 18, 2004
 


Finalmente: novo disco do Interpol em setembro.

Mais informações aqui, aqui e aqui.


quarta-feira, junho 16, 2004
 
Caro Diário

Algumas horas atrás, eu só queria que a maldita noite acabasse.

Agora, não vejo a hora desse maldito sol ir embora.


 
Hoje

"...não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal".

Mateus, capítulo 6, versículo 34.


 
Ain't Gonna Rain Anymore

Once there came a storm in the form of a girl
It blew to pieces my snug little world
Sometimes I swear I can still hear her howl
Down through the wreckage and the ruins

And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone
And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone

Now the storm has passed over me
I'm left to drift on a dead calm sea
And watch her forever through the cracks in the beams
Nailed across the doorways of the bedrooms of my dreams

And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone
And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone

Now I got no one to hold
Now I am all alone again
It ain't too hot but it ain't too cold
And there is no sign of rain

And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone
And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone
And I'm
Here I'm on my own

She ain't coming back no more
She ain't coming back no more
She ain't coming back no more
Say what you will, I don't care

And it ain't gonna rain anymore
Now my baby's gone, yeah
And it ain't gonna rain anymore
Now my baby has gone

-----------------------------------
words and music by Nick Cave


sexta-feira, junho 11, 2004
 
Bittersweet me

R.E.M.


Hey!

I move across, innocence lost
all flashing pulsar
I move across the earth in my new pattern shirt
I pass satellites

"You're so bitter," your complaint
I can't give you anything.
I don't know who you're livin for
I don't know you at all anymore.

I'd sooner chew my leg off,
Than be trapped in this cell
how easy to think of all of this as bittersweet me

I can't taste it
I'm tired and naked.
I don't know what I'm hungry for
I don't know what I want anymore

Move across, candy floss
I move like a tank
Move across the room
with heart full of glue I'm stronger than you think

Oh my peer,
your venier is wearing thin and cracking.
the surface and forms underneath,
underneath is lacking.

I'd sooner chew my leg off,
Than be trapped in this cell
how easy to think of all of this as bittersweet me

I couldn't taste it
I'm tired and naked.
I don't know what I'm hungry for
I don't know what I want anymore

You move across, innocence lost,
all static and desire,
you're blue in the face from a makeup case,
you set yourself on fire.

you strip down, lay yourself out
I know you can't fake it,
but are you tired and naked?
Are you tired and naked? Well,

I'd sooner chew my leg off,
Than be trapped in this cell
how easy to think of all of this as bittersweet me

I couldn't taste it
I'm tired and naked.
I don't know what I'm hungry for.
I don't know what I want anymore.


quarta-feira, junho 09, 2004
 
Na rádio da minha cabeça

Can't Stand Me

The Libertines

An ending fitting for the start
She'd twisted all our love apart
Your life fingers through the dark
Shattered the lamp into darkness, they cast us all

No, you've got it the wrong way round
You kept me out, and tried to blame it on the ground
Cornered the boy, kicked out at the world
The world kicked back a lot fucking harder now

If you wanna try
If you wanna try
There's no worse you could do
Uh oh oh

I know you lie
I know you lie
But I'm still in love with you
Uh oh

I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can take you anywhere you wanna go

No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me

I feel enough to keep enough to keep it together
I do, we just keep on pretending
That our love was never ending, no

[...]

If you wanna try
If you wanna try
There's no worse you could do
Uh oh oh

I know you lie
I know you lie
All those words that ain't true

I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can't take me anywhere, I can take you anywhere
I can take you anywhere you wanna go

No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me
No, you can't stand me, no you can't stand me


terça-feira, junho 08, 2004
 
Meat is Murder. But It Is Yummy.



Who are the world´s sexiest vegetarians?

Na enquete, promovida pela PETA (People for the Etich Treatment of Animals), figuram, entre outros, Morrissey (!), Thom Yorke (!!!), Alicia Silverstone, Gwyneth Paltrow, Nina Hagen, Shakira, Victoria Beckham, Mary Tyler Moore, Boy George, Paul McCartney, Ziggy Marley, Perry Farrell e B.B. King.

Eis o comentário da Gabi sobre uma das cotadas para vencer a enquete, Gwyneth Paltrow:

Olha, eu adoro a Gwyneth, mas tá explicado. Só uma vegetariana poderia ter parido uma Apple!! Imagina se ela for gorda... vai ser Big Apple.

E como eu não passo de um pobre animal, fraco, faminto e nada fino, vou ali no restaurante do Português, comer um contra-filé com ovo frito, arroz e fritas.

Ah, acompanha um suco de laranja.


 
Don't forget the songs that saved your life

E Morrissey continua criando alguns dos melhores títulos de canções da história da música pop: "My Life Is An Endless Succession Of People Saying Goodbye" é o título de um dos B-sides do single "The First Of The Gang To Die", que deve ser lançado no próximo dia 12 de julho.

Fonte: nme.com.



segunda-feira, junho 07, 2004

 
Uvas, vinhos e longevidade

Substâncias encontradas na uva, vinho tinto, óleo de oliva e outros alimentos têm a propriedade de mimetizar os efeitos da restrição calórica no retardo do envelhecimento

Drauzio Varela


sábado, junho 05, 2004
 
Note to self (falando em lentidão)

Preciso ouvir mais The Standard.

Valeu, Rafa.


 
Go if you want to

Isabela postou esse link em 17 de maio.

Sim, eu sou muito, muito lento.

Mas, hoje pela manhã, ainda consegui fazer o download do arquivo e ouvir essa maravilhosa canção do The Cure, ótima trilha sonora para agora.

Clichê, eu sei, mas, me lembrou de uma tarde nesse lugar aqui.

***

The End of The World

(Bamonte/Cooper/Gallup/O'Donnell/Smith)

Go if you want to
I never tried to stop you
Know there's a reason
For all of this you're feeling
Love its not my call
You couldnt ever love me more
You couldnt love me more
You couldnt love...


Me I dont show much
Its not that hard to hide you
See in a moment
I cant remember how to
Be all you wanted
I couldnt ever love you more
I couldnt love you more
I couldnt love...
You want me to cry and play my part
I want you to sigh and fall apart
We want this like everyone else


Stay if you want to
I always wait to hear you
Say there's a last kiss
For all the times you run this
Way its not my fault
You couldnt ever love me more
You couldnt love me more
You couldnt love...


Love me more...
Couldnt ever love me more
I couldnt love you more
I couldnt love...


You want me to lie not break your heart
I want you to fly not stop and start
We want us like everything else
Oooh oooh oooh oooh oooh oooh


Maybe we didnt understand
Not just a boy and a girl
Its just the end of the...end of the world


Me i dont say much
Its far too hard to make you
See in a moment
I still forget just how to
Be all you wanted
I couldnt ever love you more
I couldnt love you more
I couldnt love you more
I couldnt love you more
I couldnt love..you..more...


 
Anyone can play guitar

"Quando vi os Smiths no 'Top of the Pops' pela primeira vez, decidi que queria ser Johnny Marr".

Noel Gallagher

Foi, entre outras coisas, por causa da declaração acima, de meados do século passado, que eu comecei a prestar atenção no Oasis.


 
I just want to fly

Abaixo, trecho de um texto do formidável escritor britânico Will Self, a respeito do Oasis, copiado do site do jornalista Lúcio Ribeiro, que, por sua vez, diz ter copiado da revista Details.

Pensei em colocar apenas a parte final, que trata basicamente da origem proletária da banda, a ligação forte entre Oasis e futebol, e que me deixou arrepiado, mas o texto é bom demais pra se destacar apenas uma parte, e vai assim mesmo.

Pena que não achei o original, na íntegra.

***

"A primeira vez que escutei o Oasis - repetidas vezes - foi no show de rádio de meu amigo Mark Radcliffe, da BBC. Mark é transmitido de Manchester. E conhecido por pegar o que quer que seja que esteja vibrando de perversidade pop polimorfa naquela cidade. 'Maay-bay, I don't reely wanna know...', Liam Gallagher rosnava sem parar na canção LIVE FOREVER. Eu captei o ritmo, mas não fazia muito o meu gênero. Era branco demais, guitar band demais, auto-referencial demais ao próprio rock.

"Mas quando a imprensa e a babel geral começaram a admiração, descobri-me intrigado. Noel afirmava ter roubado uma loja de seu bairro aos 13 anos. A banda havia ameaçado queimar um clube proeminente caso não pudessem se apresentar lá. Havia havido uma confusão a bordo de um ferryboat. O Oasis não arrasava os quartos de hotel, eles os fatiavam. Gabavam-se orgulhosamente de serem maiores que os Beatles - a coqueluche do pop. E havia drogas - toneladas de drogas. E havia mulheres - toneladas de mulheres.

"Embora sejam ostensivamente britpop, os irmãos Gallagher são, na verdade, parte da segunda geração de imigrantes irlandeses. Sua sensibilidade musical foi formada tanto por canções familiares em County Mayo como pelos hinos niilísticos do Sex Pistols.

"Muito se tem dito da afinidade da banda com tudo que é coisa beatle, mas a verdadeira psicodinâmica do Oasis se deve muito mais a seus progenitores sulistas com jeito de cafetão e aspirantes à boemia - as Majestades Satânicas originais. Como os Rolling Stones, o Oasis é um quinteto com um líder inefavelmente carismárico e sexual e prosperou na tensão psicossexual entre seu letrista/guitarrista principal e seu líder/estilo guru.

"No caso do Oasis, isso é ainda mais atiçado pelo consanguinidade. Basta imaginar o que deve ser escutar seu irmãozinho cantando sobre suas experiências sexuais e sentimentais para entender por que músicas como WONDERWALL possuem tamanha ressonância emocional. Só para estender um pouco mais a psicoanálise, se existe um paralelo entre o Oasis e os Beatles, ele está nas personalidades de John Lennon e Liam Gallagher, Ambos passaram por infâncias difíceis; ambos sofreram o deslocamento concomitante do ser.

"Noel Gallagher descreveu seu irmão como alguém que 'vive em seu próprio mundinho' e inferiu que o efeito essencial do estrelato havia sido o de intensificar a obliquidade do relacionamento fraternal com sanidade.

"Não creio que se tenha necessariamente que recorrer à patologia ou a psicologismos a fim de classificar a personalidade de extremos de Liam. Mas, ao contrário de Lennon, os irmãos Gallagher nunca se deixaram ser domesticados pelas exigências do comércio e da imagem. Lennon foi levado pela ânsia de abraçar sua (inicial) caracterização de amável, desprovido de classe e de sexualidade. Os irmãos Gallagher são ligados intrinsecamente às suas origens de classe proletária. Para entender a importância deste fato, deve-se observar quão rígidas as distinções britânicas de classe ainda são.

"Na Inglaterra, pode-se ascender da classe proletária à classe média em uma geração, mas não se pode chegar à cúpula. Se você possuir algum tipo de sotaque forte regional, não há como você ser considerado apropriado. "Na Grã-Bretanha, o proletariado industrial, principalmente no norte, formava uma horda masculinha dedicada à adoração fervorosa do futebol. Uma das partes mais tocantes da biografia da banda, escrita por Paolo Hewitt, é quando Noel descreve como eram aquelas tardes de sábado. Os pais deixavam seus filhos lado a lado de uma enorme barreira do tamanho das arquibancadas e corriam para o bar. Os irmãos Gallagher ficavam sentados ali, irradiados pelo som e pela cor que é uma partida de futebol inglesa em plenitude. E então a cantoria começava. É esse rumor rouco de multidão de torcedores que provê o forte sentimento de hino de tantas músicas do Oasis: são feitas de propósito para serem cantadas em massa.

"Outro aspecto importante da estética - ou anti-estética - Oasis vem da cultura do futebol: sua pose de "casual" fashion. Os Casuals foram a linha sucessória da estética Mod do final dos 60 e começo dos 70 que se inspirou na padronização das lojas de departamento. Oasis, com seus tênis amarfanhados, exemplifica um cruzamento bizarro entre os dançarinos movidos a anfetamina das raves e os hooligans munidos de navalhas que perturbavam as partidas de futebol inglesas nos anos 80. Isto, com uma dose saudável de putaria, drogas e mau comportamento exemplar, é o caráter pós-tudo, pós-rótulo do Oasis. Essa é a razão por que destruição de quarto de hotel e esmagamento fraternal é algo tão deliciosa e delirantemente digno de idolatria."