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quarta-feira, outubro 26, 2005
 

Posted by Picasa

[note to self: sp . sp . 23.10.2005]

crown of love

arcade fire

they say it fades if you let it,
love was made to forget it.
i carved your name across my eyelids,
you pray for rain i pray for blindness.

if you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallen from me.
if you still want me, please forgive me,
because the spark is not within me.

i snuffed it out before my mom walked in my bedroom.

the only thing that you keep changin'
is your name, my love keeps growin'
still the same, just like a cancer,
and you won't give me a straight answer!


if you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallen from me.
if you still want me please forgive me
because your hands are not upon me.

i shrugged them off before my mom walked in my bedroom.

the pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.


if you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
if you still want me, please forgive me,
cause this crown is not within me.
it's not within me, it's not within me.

you gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word that i can say

you gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word,
the only word that i can say!


sexta-feira, outubro 21, 2005
 
identidade, sexo, violência

ando pensando em fazer um sacrifício e ir à tal mostra de cinema pra ver o novo filme de um dos meus cineastas favoritos, david cronenberg, marcas da violência - a history of violence.

a folha de s.paulo de ontem reproduziu uma entrevista que ele deu ao independent que é simplesmente sensacional. trechos:

identidade

não acho que a identidade seja algo que nos é dado geneticamente, como a cor de nossos olhos. é algo que é criado. existe uma vontade envolvida. em spider, eu tratei do mesmo tema: o que acontece quando não existe a vontade ou a força para segurar uma identidade, para mantê-la coesa. acho que a gente acorda todas as manhãs e precisar se lembrar de quem é e recriar-se, montar aquela pessoa de novo. é possível nos tornarmos outra pessoa através da força da vontade.

...

sobre as cenas de violência no filme

essas cenas são muito curtas. mas será que se pode dizer que é melhor não mostrar as conseqüências da violência? a idéia é justamente dizer que essa violência é real. ela tem um impacto nada agradável sobre o corpo humano. não estamos fazendo uma fantasia de kung fu. este não é um filme de artes marciais dos anos 70. mostramos que a violência é muito cruel, muito brutal, muito rápida, muito imprevisível e tem conseqüências horrendas.


...

sexo e violência

a violência faz parte da sexualidade. é muito possível, talvez até inevitável, que a violência esteja incorporada à sexualidade. e também existe um fator sexual na violência. existe um elemento estranhamente sexual nas execuções promovidas pelo estado, por exemplo. é um tema difícil e demorado, mas é verdade, sim, que sexo e violência parecem combinar muito bem.

...

history of violence - site oficial


quarta-feira, outubro 19, 2005
 
oráculos

um me disse, acho que baseado em experiências vividas ou observadas, que eu vou levar uma facada pelas costas.

outra consultou o tarot: eu fui "premiado" com a carta do sol, que indicaria um período de clareza, otimismo e de confiança renovada. Nesse momento, pode-se compreender as estruturas, planejar o futuro e seguir adiante.

ela acrescentou: manda tudo pro inferno e vá fazer algo que te satisfaça de coraçao!

a quem devo dar ouvidos?

a nenhum dos dois, talvez.

talvez aos dois.


terça-feira, outubro 18, 2005
 
tendências blogcidas

tenho pensado em blogcídio.

(é sério: já estão usando essa palavra. em inglês: blogicide. )

mas até pra clicar em "delete this blog" me falta certeza. e vontade.

então vamos definhando.


terça-feira, outubro 04, 2005
 

Posted by Picasa

something must break

joy division


two ways to choose - on a razor's edge
remain behind - go straight ahead
room full of people - room just for one
i can't break out now - the time just won't come

two ways to choose - which way to go
decide for me - please let me know
looked in the mirror - saw i was wrong
if i could get back to where i belong
where i belong

two ways to choose - which way to go
had thoughts for one - designs for both
if we were immortal - we were not there
washed up on the beaches - struggling for air

i see your face still in my window
torments yet calms - won't set me free
something must break now - this life isn't mine
something must break now - wait for the time
something must break

...

photo © anton corbijn


 
álvaro de campos (ii)

clearly non-campos!

não sei qual é o sentimento, ainda inexpressivo,
que subitamente, como uma sofucação, me aflige
o coração que, de repente,
entre o que vive, se esquece.
não sei qual é o sentimento
que me desvia do caminho,
que me dá de repente
um nojo daquilo que seguia,
uma vontade de nunca chegar a casa,
um desejo de indefinido,
um desejo lúcido de indefinido.

quatro vezes mudou a estação falsa
no falso ano, no imutável curso
do tempo consequente;
ao verde segue o seco, e ao seco o verde,
e não sabe ninguém qual é o primeiro,
nem o último, e acabam.


 
alvaro de campos (i)

(1-3-1917)

não sei. falta-me um sentido, um tacto
para a vida, para o amor, para a glória...
para que serve qualquer história,
ou qualquer fato?

estou só, só como ninguém ainda esteve,
oco dentro de mim, sem depois nem antes.
parece que passam sem ver-me os instantes,
mas passam sem que o seu passo seja leve.

começo a ler, mas cansa-me o que inda não li.
quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
o sonho pesa-me antes de o ter. sentir
é tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.

não ser nada, ser uma figura de romance,
sem vida, sem morte material, uma idéia,
qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.


segunda-feira, outubro 03, 2005
 

Posted by Picasa

foto do ramirez

(no blog dele tem mais)