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quarta-feira, abril 30, 2003

 
vida besta

no meio do caminho tinha um delta t.


segunda-feira, abril 28, 2003
 
visão da quebrada

não devo, não temo, me dá meu copo que... já era.


 



Sexta-feira passada Alice fez oito anos. Eu gostaria de ter ouvido com ela “I don´t want to grow up”, do Tom Waits, na fantástica versão dos Ramones, que ela adora desde pequenininha, no último volume.

Bem, isso aconteceu ontem, afinal.

A propósito... Alice, obrigado por me ensinar a gostar dos Beatles. Eu não sabia o que estava perdendo.

I don´t want to grow up

When I'm lying in my bed at nite
I don't wanna grow up
Nothing ever seems to turn out right
I don't wanna grow up

How do you move in a world of fog that's
Always changing things
Makes wish that I could be a dog

When I see the price that you pay
I don't wanna grow up
I don't ever want to be that way
I don't wanna grow up

Seems that folks turn into things
That they never want
The only thing to live for is today...

I'm gonna put a hole in my T.V. set
I don't wanna grow up
Open up the medicine chest
I don't wanna grow up

I don't wanna have to shout it out
I don't want my hair to fall out
I don't wanna be filled with doubt
I don't wanna be a good boy scout
I don't wanna have to learn to count
I don't wanna have the biggest amount
I don't wanna grow up

Well when I see my parents fight
I don't wanna grow up
They all go out and drinkin' all night
I don't wanna grow up

I'd rather stay here in my room
Nothin' out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big old tomb on grand street

When I see the 5 o'clock news
I don't wanna grow up
Comb their hair and shine their shoes
I don't wanna grow up


quinta-feira, abril 24, 2003
 
Nunca li nada do Caio Fernando Abreu, com exceção de alguns textos publicados no jornal O Estado de S. Paulo. Nunca me interessei.

Simpatizei com ele quando, tempos atrás, li sobre uma coletânea de cartas que foi lançada. Nas resenhas se dizia que ele odiava falar ao telefone, mas adorava escrever cartas e bilhetes para os amigos. Me identifiquei com isso.

E agora a Nina publicou em seu blog um texto dele, que achei formidável.

Como ela escreveu, é comprido mas vale a pena...

A propósito; será que já me tornei tão humano quanto uma mesa?

***

ZERO GRAU DE LIBRA

(Caio Fernando Abreu)

O Sol entrou ontem em Libra. E porque tudo é ritual, porque fé, quando não se tem, se inventa, porque Libra é a regência máxima de Vênus, o afeto, porque Libra é o outro (quando se olha e se vê o outro, e de alguma forma tenta-se entrar em alguma espécie de harmonia com ele), e principalmente porque Deus, se é que existe, anda distraído demais, resolvi chamar a atenção dele para algumas coisas. Não que isso possa acordá-lo de seu imenso sono divino, enfastiado de humanos, mas para exercitar o ritual e a fé _ e para pedir, mesmo em vão, porque pedir não é só bom, mas às vezes é o que se pode fazer quando tudo vai mal.
Neste zero grau de Libra, queria pedir isso a que chamamos Deus um olho bom sobre o planeta terra, e especialmente sobre a cidade de São Paulo. Um olho quente sobre o mendigo gelado que acabei de ver sob a marquise do cine Majestic; um olho generoso para a noiva radiosa mais acima.Eu queria hoje o olho bom de Deus derramado sobre as loiras oxigenadas, falsíssimas, o olho cúmplice de Deus sobre as jóias douradas, as cores vibrantes. O olho piedoso de Deus para esses casais que, aos fins de semana, comem pizza com fanta e guaranás pelos restaurantes, e mal se olham quando dizem coisas como "você acha que eu devia ter dado o telefone da Catarina à Eliete?" _ e o outro grunhe em resposta.
Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem. Derrama teu olho amável sobre as criancinhas demônias criadas em edifícios, brincando aos berros em playgrounds de cimento. Ilumina o cotidiano dos funcionários públicos ou daqueles que, como os funcionários públicos, cruzam-se em corredores sem ao menos se verem _ nesses lugares onde um outro ser humano vai-se tornando aos poucos tão humano quanto uma mesa.
Passeia teu olhar fatigado pela cidade suja, deus, e pousa devagar tua mão na cabeça daquele que, de noite, liga para o CVV. Olha bem pelo rapaz que, absolutamente só, dez vezes repete Moon Over Bourbon Street, na voz de Sting, e chora. Coloca um spot bem brilhante no caminho das garotas performáticas que para pagar o aluguel dão duro como garçonete pelos bares. Olha também pela multidão sob a marquise do Mappin, enquanto cai a chuva de granizo, pelo motorista de taxi que confessa não ter mais esperança alguma. Cuida do pintor que queria pintar, mas gasta seu talento pelas redações, pelas agências publicitárias, e joga tua luz no caminho dos escritores que precisam vender barato seu texto _ olha por todos aqueles que queriam ser outra coisa qualquer que não a são, e viver outra vida que não a que vivem.
Não esquece do rapaz viajando de ônibus com seus teclados para fazer show na Capital, deita teu´perdão sobre os grupos de terapia e suas elaborações de vida, sobre as moças desempregadas em seus pequenos apartamentos na Bela Vista, sobre os homossexuais tontos de amor não dado, sobre as prostitutas seminuas, sobre os travestis na República do Líbano, sobre os porteiros dos prédios comendo sua comida fria nas ruas dos Jardins. Sobre o descaramento, a sede e a humildade, sobre todos que de alguma forma não deram certo (porque, nesse esquema, é sujo dar-certo), sobre todos os que continuam tentando por razão nenhuma _ sobre esses que sobrevivem a cada dia ao naufrágio de uma por uma das ilusões.
Sobre as antas poderosas, ávidas de matar o sonho alheio _ não. Derrama sobre elas o seu olhar mais impiedoso, Deus, e afia tua espada. Que no zero grau de Libra, a balança pese exata na medida do aço frio da espada da justiça. Mas, para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo o dia sem desistir, envia teu Sol mais luminoso, esse do zero grau de Libra. Sorri, abençoa nossa amorosa miséria atarantada.




quarta-feira, abril 23, 2003
 
life is a mess



Francis Bacon, 1977
copyright: Carlos Freire


 
myxomatosis

radiohead

the mongrel cat came home
holding half a head
proceeded to show it off
to all his new found friends
he said i been where i liked
i slept with who i like
she ate me up for breakfast
she screwed me in a vice
but now
i don't know why
i feel so tongue-tied
i sat in the cupboard
and wrote it down real neat
they were cheering and waving
cheering and waving
twitching and salivating like with myxomatosis
but it got edited fucked up
strangled beaten up
used in a photo in time magazine
buried in a burning black hole in devon
i don’t know why i
feel so tongue-tied
don’t know why
i feel
so skinned alive.
my thoughts are misguided and a little naive
i twitch and i salivate like with myxomatosis
you should put me in a home or you should put me down
i got myxomatosis
i got myxomatosis
yeah no one likes a smart ass but we all like stars
but that wasn't my intention, i did it for a reason
it must have got mixed up
strangled beaten up
i got myxomatosis
i got myxomatosis
i don’t know why i
feel so tongue-tied



 
Caro diário

Semana passada eu abracei meu pai pela primeira vez em anos.

E estive me perguntando se não foi a primeira vez na vida, já que não lembro quando teria sido a última vez que aconteceu.

Sair de casa faz bem. Pra todo mundo. Acho.


 
"Never is a man or a deed wholly Sansara or wholly Nirvana; never is a man wholly a saint or a sinner. This only seems so because we suffer the illusion that time is something real."

Siddhartha - Hermann Hesse

(trecho enviado por Gobira; cheers, mate!)


 
adorinda knabino



terça-feira, abril 22, 2003
 
E de repente temos sete minutos.

Todos os sete minutos do mundo.

Eu só preciso de mais sete minutos.

Daqueles sete minutos.


segunda-feira, abril 21, 2003
 
dança comigo

Dança comigo [...], esta fúria,
Salta comigo neste batuque que esbarra com os astros,
Cai comigo sem forças no chão,
Esbarra comigo tonto nas paredes,
Parte-te e esfrangalha-te comigo
Em tudo, por tudo, à roda de tudo, sem tudo,
Raiva abstrata do corpo fazendo maelstroms na alma...

Arre! Vamos lá pra frente!
Se o próprio Deus impede, vamos lá pra frente
Não faz diferença
Vamos lá pra frente sem ser para parte nenhuma.
Infinito! Universo! Meta sem meta! Que importa?

(Deixa-me tirar a gravata e desabotoar o colarinho.
Não se pode ter muita energia com a civilização à roda do pescoço...).
Agora, sim, partamos, vá lá pra frente.

[...]

Quero voar e cair de muito alto!
Ser arremessado como uma granada!
Ir parar a... Ser levado até...
Abstrato auge no fim de mim e de tudo!

[...]

Heia que eu vou chamar
Ao privilégio ruidoso e ensurdecedor de saudar-te
Todo o formilhamento humano do Universo,
Todos os modos de todas as emoções
Todos os feitios de todos os pensamentos,
Todas as rodas, todos os volantes, todos os êmbolos da alma.
Heia que eu grito
E num cortejo de Mim até ti estardalhaçam
Com uma algaravia metafisica e real,
Com um chinfrim de coisas passado por dentro sem nexo.


[álvaro de campos]


 
[repeat repeat repeat]

take ecstasy with me baby take ecstasy with me


domingo, abril 20, 2003
 
Take ecstasy with me baby take ecstasy with me

Take all away from me, but leave me Ecstasy,
And I am richer then than all my Fellow Men --
Ill it becometh me to dwell so wealthily
When at my very Door are those possessing more,
In abject poverty

Emily Dickinson


quinta-feira, abril 17, 2003




 
There's not enough caffeine
In my bloodstream
And a lack of real spice
In my life



 
E como diria o Chico Buarque de Hollanda:

"...Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão..."


quarta-feira, abril 16, 2003
 
- E o que se faz quando não se está trabalhando?

- ...


 
Estava com saudade de voltar do "almoço" após ter escurecido. Até parece que estou em Londres, no inverno.



 
mano negra

..."Matale al anciano
Robale al hermano
Vamos! Que yo te doy la mano

Vamonos ya Jaïbo!
A la cabeza"...




terça-feira, abril 15, 2003
 
lurgee

radiohead

i feel better, i feel better now you've gone
i got better
i got better
i got strong
i feel better
i feel better
i feel better now there's nothing wrong
i got better, i got better, i got strong
tell me something
tell me something i don't know
tell me one thing
tell me one thing and let it go
i got something
i got something heaven knows
i got something
i got something, i don't know


 
defenestration \dee-feh-nuh-STRAY-shun\ noun
: a throwing of a person or thing out of a window


Example sentence:
Inspector Fry surveyed the scene and asked himself three questions: did the man fall out the window accidentally, did he jump, or was this a case of murder by defenestration?

Did you know?
These days "defenestration" is often used figuratively to describe the forceful removal of someone from public office or from some other advantageous position. History's most famous defenestration, however, was one in which the tossing out the window was quite literal. On May 23, 1618, two imperial regents were found guilty of violating certain guarantees of religious freedom. As punishment, they were thrown out the window of Prague Castle. The men survived the 50-foot tumble into the moat, but the incident, which became known as the Defenestration of Prague, marked the beginning of the Bohemian resistance to Hapsburg rule that eventually led to the Thirty Years' War.

From: Merriam-Webster


 
Life sentence

Acabo de verificar que, semana passada, fiz 15 horas extras. Uma média de três por dia, o que tem resultado em aproximadamente dez horas de trabalho diariamente. Dito de outro modo, trabalhei dois dias a mais do que, teoricamente, deveria ter trabalhado.

Bloody idler.



segunda-feira, abril 14, 2003

 
Era pra ter sido um "torneio-festa", pra celebrar uma nova fase na vida de Elis. Acabou sendo um assalto-festa. Detalhes por ela própria e Anny.


sábado, abril 12, 2003
 
Segundo a Rolling Stone:

Sigur Ros return to the U.S. in October for a collaboration with Radiohead and choreographer Merce Cunningham at the Brooklyn Academy of Music. The two bands will create music for Cunningham's troupe, which will dance to their live performances. "It's going to be quite experimental," says Birgisson. "On the day it's performed, we get to see the dance for the first time, and they hear the music. It will be spontaneous -- and strange."



sexta-feira, abril 11, 2003
 
there there

a band from oxford, yaknow

in pitch dark i go walking in your landscape
broken branches trip me as i speak
just cos you feel it doesn’t mean it’s there
just cos you feel it doesn’t mean it’s there
there's always a siren singing you to shipwreck (dont reach out, don't reach out)
stay away from these rocks we'd be a walking disaster (dont reach out, don't reach out)
just cos you feel it doesn't mean it;s there (there’s someone on your shoulder )
just coz you feel it doesn't mean it’s there (there’s someone on your shoulder)
feel it
why so green
and lonely
heaven sent you
to me
we are accidents waiting
waiting to happen
we are accidents waiting
waiting to happen



 
Cruel

Final

Quem diria, o "Estadão" sem os Mesquitas. E, em sua nota, culpam pelo novo destino do "Estadão" a realidade econômica criada pela política que apoiaram com ardor como nenhum outro na mídia.

Janio de Freitas


quinta-feira, abril 10, 2003
 


I can´t stand this bloody silence


Pig

Sparklehorse

p-i-g, oh, p-i-g

why don't you sing me that
pretty lullaby
then when you're singing great
pack it all up

I wanna new face right now
and I want it bad
I wanna new body that's strong
I'm a butchered cow

I wanna try and fly
I wanna try and die
I wanna be a pig
I wanna fuck a car

I wanna new face right now
and I want it bad
I wanna new body that's strong
I'm a butchered cow

I wanna be a stupid and shallow mutherfucker now
I wanna be a tough skinned bitch but I don't know how
I wanna be a shiny new baby with a spongy brain
I wanna be a horse fill of fire what will never reign



 
Comentários desaparecidos

Mais uma vez o Haloscan apronta comigo.

Vários, dos poucos comentários, sumiram.

E eu não consigo sequer editar minha conta.

(ou terá acontecido alguma outra coisa?)




 
You Know More Than I Know

John Cale

But us, like other angry whores
Discuss what steps were made before
You don't need them anymore
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know

Instead, we read the morning news
In bed - what endlessness ahead
And there's no more to be said
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know

The blind may see, but stay behind relief
Of all liability and greed
And there's nothing more you need
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know

No-one listens to it
They don't believe it
But it's the only way for me
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know

What crap, old chap, fills up the gap
We set like traps, like traps for us, the rats
And there's nothing more to catch
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know

Then bury me deep down among the weeds
That creep into the hearts of all the weak
And there's nothing oh so weak
You know more than I know
You know more than I know
You know more than I know



quarta-feira, abril 09, 2003
 
"Quanto mais vejo TV, mais dificuldade tenho em dissociar publicidade de prostituição".

Marcelo Coelho, na Folha de S. Paulo de hoje. Sensacional.

Ele fala sobre um anúncio que tem sido exibido na TV, não lembra sequer do produto. Acho que é do Globo.com. Quando vi também tinha ficado, digamos, impressionado. Escreve ele, em texto antológico:

"Só sei que aparecia um tipo em trajes de banho, numa espreguiçadeira, curtindo sua piscininha. Ao lado, a namorada de maiô. O locutor começa: "Que tal se você mudasse de namorada... arranjasse uma mais simpática, mais bonita, mais interessante... etc." E, num truque de computador, surge uma loiraça de biquíni contorcendo-se na frente do rapaz. Irresistível. Espetacular. O carinha se interessa.
"Ah, não", brinca o locutor. Você não vai abandonar a sua namorada, não é? Puf, a loira some e o rapaz volta à situação de início. Que decepção. "Mas você pode", festeja o locutor, "mudar de banco ou de seguradora! E a nossa empresa é tão espetacular quanto a loira desaparecida."
Fico chocado. Não quero ser moralista demais. O escandaloso do anúncio não é que se faça o elogio do adultério. O que faz de pior é tratar a situação "normal" do personagem -muito feliz ali com a namorada, que nada tinha feito de errado- como sinal de perda, de fracasso, de burrice.
É como se o anúncio dissesse: meu poder é tão grande, as tentações que manipulo são tão poderosas, que eu sei e você sabe que o certo é largar tudo e ir correndo atrás delas. O seu desinteresse pelos meus serviços -sua fidelidade, seu amor pela namorada- são pura hipocrisia. Muito bem, estou dando uma chance a você de provar para mim que não é otário nem hipócrita: afogue sua namorada na piscina, delete-a da memória e assine aqui este contrato. A pessoa que está do seu lado, sabemos, é apenas uma fornecedora de serviços não muito satisfatória se comparada à loiraça que, agora, você teme perder".

O texto completo está aqui.





terça-feira, abril 08, 2003
 


Caro diário

Hoje, ao acordar e ligar a TV, com a intenção de saber as horas, me imaginando atrasado para o trabalho, a primeira coisa que vi foi Thom Yorke cantando uma das melhores canções já feitas.

no surprises

radiohead

a heart that's full up like a landfill
a job that slowly kills you
bruises that won't heal

you were so tired, happy, bring down the government
they don't, they don't speak for us
i'll take the quiet life
a handshake of carbon monoxide
no alarms and no surprises
no alarms and no surprises
no alarms and no surprises* silent
silent
this is my final fit
my final bellyache with no alarms and no surprises
no alarms and no surprises
no alarms and no surprises please
such a pretty house
such a pretty garden
no alarms and no surprises
no alarms and no surprises
no alarms and no surprises please


segunda-feira, abril 07, 2003
 


All the Umbrellas in London

The Magnetic Fields

If I live through the night
I could be all right
It'll make a good song or something
I've been trying to give myself reasons to live
But I really can't think of one thing
I drive around
I walk around in circles
Cause I've got no sense of direction
I guess I've got no sense at all

All the umbrellas in London
Couldn't stop this rain
And all the dope in New York
Couldn't kill this pain
And all the money in Tokyo
Couldn't make me stay
All the umbrellas in London
Couldn't stop this rain

I don't cry anymore
I walk out the door
And I usually keep on walking
I may sit in a bar
Where the cocktails are
But I really don't feel like talking
I ride around
And let the darkness fall
Cause I've got a sense of perfection
And nothing else makes sense at all




quinta-feira, abril 03, 2003
 
nemo self portrait



 
Microsoft preps attack on Google

“We do view Google more and more as a competitor. We believe that we can provide consumers with a better product and a better user experience. That’s something that we’re actively looking at doing,” Bob Visse, director of marketing for Microsoft’s MSN Internet services division, said.

Hahaha!!!


 
Nowhere Man

Lennon & Mc Cartney

He's a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans for nobody.

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me.

Nowhere man, please listen:
You don't know what you're missing.
Nowhere man, the world is at your command.

He's as blind as he can be,
Just sees what he wants to see,
Nowhere man can you see me at all?

Nowhere man, don't worry.
Take your time, don't hurry.
Leave it all till somebody else lends you a hand.

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me.

Nowhere man, please listen:
You don't know what you're missing.
Nowhere man, the world is at your command.

He's a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans for nobody,
Making all his nowhere plans for nobody,
Making all his nowhere plans for nobody.


 
resista

Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar? Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar?








quarta-feira, abril 02, 2003
 
Antes de mandar tudo pro inferno, vou tentar seguir o conselho do grande Schopenhauer, mais uma vez, e repetir pra mim mesmo:

"Isto é Sansara: o mundo do prazer e do desejo, e portanto do nascimento, da doença, da velhice e da morte: é o mundo que não deveria ser. E isto aqui é a população de Sansara. O que melhor podeis esperar?"

E agora acho que posso voltar a trabalhar.


 
E segundo o atease...

Official promos released today [01-04-03]

Promos for Radiohead's new album 'Hail to the thief' are already handed out to the press. Needless to say, these copies contain the final mixed and mastered versions of the new tracks. We'll see how fast they will be converted to MP3 files.

How fast?


 
Singela mensagem enviada a este site pela Capitol Records:


Dear Mr. McGuire:

I am writing on behalf of our Capitol Records label. It has recently come to our attention that you have been offering for download, on your website http://www-personal.umich.edu/~bmcguir/mp3.html, copies of sound recordings containing the performances of Radiohead that are owned or controlled by Capitol Records. Specifically, you have posted on your website copies of the sound recordings entitled "2+2=5," "Sit Down, Stand Up," "Sail to The Moon," "Backdrifts," "Go to Sleep" "Where I End and You Begin," "We Suck Young Blood," "The Gloaming," "There There," "I Will," "A Punch-Up At A Wedding," "Myxomatosis," "Scatterbrain," and "A Wolf At The Door" performed by Radiohead.

We hereby demand that you:

1. cease and desist immediately upon receipt of this e-mail from offering for download the aforementioned recordings; and

2. provide me with:

(i) the name, address, telephone number, and e-mail address of the person or company from which you received or purchased the CDs or MP3s from; and

(ii) a representation that all unauthorized activity with respect to the MP3s ceased upon receipt of this e-mail and will not be resumed in the future; and

3. Return the CDs or MP3s to me forthwith.

Please immediately confirm that you will comply with these demands. Unless we hear from you by Thursday, April 3, 5:00 p.m. EDT, Capitol intends to pursue its other remedies.

This is written without prejudice to any of our rights or remedies, all of which are expressly reserved.

Sincerely yours,

David Helfer, Esq.
EMI Recorded Music, North America
150 Fifth Avenue
11th Floor
New York, NY 10011
Office: (212) 786-8107
Fax: (212) 786-8133



 
"Hey listen, Its not that it's not mastered........ It's not mixed! Some of it isn't even finished. comprendez?"

Nigel Godrich, sobre as canções do novo disco do Radiohead que foram parar na internet.

Mixed or not, estou achando ótimo. E as músicas não saem da minha cabeça.


 
2 + 2 = 5

radiohead

are you such a dreamer
to put the world to rights
i'll stay home forever
where two and two always makes a five
i'll lay down the tracks
sandbag and hide
january has april showers
and two and two always makes a five
it's the devil's way now
there is no way out
you can scream and you can shout
it is too late now
because you're not there
payin' attention
payin' attention
payin' attention
payin' attention
yeah i feel it, i needed attention
payin’ attention
payin’ attention
payin’ attention
yeah i need it, i needed attention
i needed attention
i needed attention
i needed attention
yeah i love it, the attention
payin’ attention
payin’ attention
payin’ attention
soon oh
i try to sing along
but the music's all wrong
cos i’m not
cos i’m not
i’ll swallow up flies ?
back and hide
but i’m not
oh hail to the thief
oh hail to the thief
but i'm not
but i'm not
but i'm not
but i'm not
don't question my authority or put me in the box
cos i'm not
cos i'm not
oh go up to the king, and the sky is falling in
but its not
but its not
maybe not
maybe not


 
Ás vezes acho que uma vida não é suficiente.


terça-feira, abril 01, 2003
 
Hail to the thieves

E o novo disco do Radiohead (duh!) caiu na rede. Pelo jeito não é a versão final. Mas, enfim, dá pra se ter uma ótima idéia. And it sounds great.

O Radar indica um link para um site italiano que disponibiliza todas as músicas de "Hail to the Thief". Pelo jeito ainda está funcionando.

Jonny Greenwood demonstrou bom humor ao comentar a notícia do vazamento dessa versão do disco, como se pode ler no atease:

" We're not angry really....shame it's not a package with the artwork and all, but there you go (...)
I hope the title makes sense now you've heard the music (...).Love to all thieves amongst you, see you on tour (more dates coming, oh yes, even maybe in HOMER's new home.....)".


 
Radar

Enquanto algumas pessoas reclamam da vida e afogam em números, outras criam coisas interessantes (embora, de vez em quando, também reclamem da vida). Como Gabi Trevisan, que, com alguns amigos, criou o Radar. Gabriel Attuy
escreve no editorial da revista eletrônica: "revista boa (ou ruim mesmo) de música está em falta". E emenda: "Como ficamos cansados de reclamar, resolvemos fazer alguma coisa". É isso aí.

Eu destacaria, a princípio, as colunas de (claro) Gabi , que acaba de publicar texto sobre a arte do bedroom dancing, e de Cauê Muraro que, em sua estréia, escreveu sobre Flash Dance e Nevermind.

Devo confessar que ainda não explorei muito o site. E devo dizer que não escrevi antes a respeito porque tenho ocupado meu tempo afogando em números. E reclamando da vida.